31º Capítulo

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Já faz horas que estamos maltratando os desgraçados e eles não falam nada, meu tio já sabe de onde eles vieram mas quer saber o que aquele bando de imundos quer com a gente mesmo ele já sabendo. Tava na cara que uma hora a máfia mexicana iria cobrar o que meu tio fez já que ele literalmente mandou a cabeça de um deles em uma caixa de presente pro dono de lá.

O capanga do meu tio deu o milésimo soco na cara do cara que já não tinha noção do mundo, to ficando enjoado desse teatro de tortura pra arrancar alguma coisa útil desses caras. Prefiro ficar olhando pra cara esnobe da Mariana, é bem mais agradável.

- Já se convenceu que eles não vão fala nada?

- É, esses são escravos fiéis - disse com tédio e se levantou.

Ele pegou a arma da cintura e apontou pra cabeça do parceiro do tal Martim.

- O que tá fazendo?

- Vamos mandar esse de presente, vai ser só uma resposta minha - ele atirou estourou os miolos do cara fazendo Martin despertar.

O coitado estava quase desmaiando de tanto que apanhou.

- E você em Martin? - se abaixou na frente dele que o olhou meio assustado - Achei que era meu amigo.

- Acha que ele entende você?

- Entende, se veio parar aqui é porque entende.

- No deberias haber hecho eso - ele murmurou.
"- Você não deveria ter feito aquilo."

Meu tio arqueou as sobrancelhas sem entender e olhou pra mim, balancei a cabeça negativamente indicando que também não estando, ele voltou a atenção pro cara pegando seu cabelo e puxando pra levantar cabeça do coitado.

- O que disse?

- No deberias haber hecho eso - falou mais alto.

- Por que? - perguntou e o cara riu enquanto escorria sangue de sua boca.

Levantei indo até eles dois e apontei a arma pra cabeça do desgraçado que me olhou.

- Ele perguntou o porque.

- Se eu fosse você respondia em Martin - disse rindo.

- Senhor - um dos capangas dele entrou no quarto desesperado.

Só aí eu já sabia que vinha merda.

- Que foi? - meu tio levantou.

- A senhora sumiu, pegaram ela no quarto em que estava hospedada.

Olhamos pro desgraçado que estava rindo no chão, então era disso que ele tava falando.

- Não falei pra olharem ela?

- Sinto muito - ele se desculpo.

Ele chegou perto do capanga apertando sua arma na mão fazendo o homem tremer na base.

- Bando de incompetente.

Sai com ele do quarto enquanto os outros ficaram cuidando do que sobrou vivo.

- O que vai fazer? - perguntei.

- Já que eles querem me provocar então tá bom.

- Sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer.

- É eu sei, mas foram pegar logo ela? - ele acendeu outro charuto - Até que ela era boa.

- Que nojo - falei entendo o sentido em que ele falou.

- Vamos até o México comigo, quero pagar na mesma moeda.

- Tá mas e a Mariana?

- Manda embora, Donatto leva ela em segurança..

Querida MarianaWhere stories live. Discover now