2º Capítulo

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Eles arrancaram aquele saco da minha cabeça enquanto me levavam para algum lugar, o outro homem que pegou uma loira começou a levá-la junto comigo. O corredor era grande e bem luxuoso, a coitada estava morrendo de medo mas sabia que não adianta se debater porque ele é o dobro do tamanho dela então o que restava era ir quietinha até o destino.

Do nada entramos em um quarto muito lindo e luxuoso. Esse lugar parece um palácio, tinha duas mulheres e vários vestidos bordados com pedras vestidos nos manequins no canto do quarto.

Deixaram a gente sentada em uma cadeira de frente as moças e uma penteadeira recheada de maquiagens.

- Deita a cabeça pra trás e fecha os olhos, fica assim até eu mandar - diz curta e grossa para nós duas.

Fiz o que ela pediu e ela começou a me maquiar. Fiquei sentada ali uns quarenta minutos na mesma posição esperando ela terminar a maquiagem.

- O que vão fazer com a gente? - a loira perguntou.

- Já devem saber.

- Porque as outras não estão aqui?

- Elas vai se arrumar em conjunto lá - a outra responde.

Fiquei quieta enquanto ela tirava suas dúvidas. Elas terminaram de maquiar a gente e foram escolher um vestido, me deram um vestido que era todo cheio de pedras prata e o fundo do vestido era tecido preto, o da loira era um bege com pedras douradas. Me deram um salto preto e um bege pra ela.

As mulheres saíram e a gente ficou um bom tempo ali esperando. Enquanto isso nos conhecemos melhor, o nome dela era Filipa, era do Canadá e tinha um filho de 16 anos.

- O que acham que vai acontecer com a gente - ela tá tão apavorada.

Tenho que dar um jeito de acalma-la antes que eu fique nervosa junto.

- Vai ficar tudo bem, preciso que fique calma.

- Não consigo.

- Ok - pego as mãos dela - Respira comigo - começo a fazer devagar e ela começa a me imitar - Isso, muito bem.

A porta abriu e dois homens veio até a gente, eles gentil como um cavalo puxaram a gente e nos empurraram pra fora do quarto. Assim fomos escoltadas por mais quatro caras com armas na mão indo pelo corredor imenso. Começamos a ouvir vozes e uma melodia elegante vindo de uma grande porta.

Entramos no salão e tava tudo com muita pouca luz. Tinha muitas vozes de homens e de mulheres misturadas em conversas e risadas, olhei pra frente e tinha uma pequena escada que subia até uma caixa de vidro. Uma caixa de vidro? Que merda é essa?

Eles subiram comigo e me colocaram dentro da caixa fechando a porta dela. Eu to me sentindo uma bijuteria, literalmente um produto.

- Senhoras e senhores - Uma voz ecoa no lugar me assustando - Bem vindos.

As luzes se acenderam deixando tudo muito claro e só conseguia ver gente, muita gente sentada em suas mesas redondas com suas taças de vinho. Eu estava naquela caixa de vidro parecendo um manequim com todo mundo rindo e conversando como se porra nenhuma tivesse acontecendo.

Olhei pro lado e tava a loira que se arrumou comigo, e do meu outro lado tava uma outra mulher negra, esplendidamente linda e super produzida mas com o medo estampado no rosto. Tinha um palco com o resto das meninas lá uma do lado da outra. A questão é, porque eu, a mulher e Filipa estamos parecendo um porta joia dentro de uma caixa de vidro com a maioria olhado pra gente feito pedaços de carnes.

Olhei pra Filipa e ela desesperada chorando e batendo no vidro.

- Bom já que a nossa querida ali tá tão empolgada - o cara diz e todos riem - Acho que podemos começar por ela, senhor Lex? Posso começar?

O cara afirma e ele sorri satisfeito.

- Lance mínimo: 50.000 dólares - o tal Lex levanta a plaquinha - Alguém da mais?

- 80 mil - moça diz.

- Dou-lhe uma, Dou-lhe duas..

- 100 mil pela loira.

- 100 mil pro senhor Lex, alguém da mais? - ninguém falou nada - Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três.. VENDIDO - ele bate o martelinho - Muito obrigado senhor, ela é toda sua.

Os homens tiram Filipa dali e levam ela do salão em pleno choro suplicando para que a deixassem em paz mas eles parecem não ligar pra nada que a gente faça.

E foi assim o evento inteiro, eu assistindo cada uma daquelas mulheres sendo vendidas pra aqueles nojentos sentados com sua taça de vinho e fiquei mais revoltada ainda com o fato de ter mulher aplaudindo e comprando outra mulher em um leilão, é ridículo você ver uma mulher achar lindo um leilão que está vendendo alguém de sua espécie. Do mesmo sexo que você. É tosco e nojento de se ver, e foi assim uma por uma saindo daquele salão.

Umas por 100 mil, ou por 50 mil outras até ao nível de ser vendida por 2 mil dólares. Como se fosse uma roupa, é surreal ver isso. Vontade de ir acabar com esse evento.

Faltava eu e mais três mulheres, eu aqui e as três no palco lá em baixo. O evento inteiro percebi o olhar de um homem moreno mas também o olhar de um cara mais velho que estava cercado de outros, ele conversava com seus amigos parecendo surpreso de me ver ali.

Era ele, Carlos Herrera o desgraçado que me fez vir aqui. Estudei cada detalhe desse cara.

- A próxima, Mariana Belini.. - O cara me anuncia e todos olham pra mim.

Graças a Deus não falou o nome da garota.

O homem moreno que me olhou o evento inteiro sorriu longamente e levantou de seu lugar já com a plaquinha na mão.

- Já temos um pretendente da compra, o senhor Kalebe e outro interessado é o senhor Herrera - ele diz, os nojentos acena e todos aplaudem - Lance mínimo: 100.000 dólares.

- 110 mil - o tal Kalebe diz com ganância.

- 200 mil - Carlos levanta sua plaquinha.

- 200 mil para o senhor Herrera, alguém da mais?

- 250 mil - Kalebe diz já se irritando.

- 400 mil pela moça - devolve e todos ficam surpresos.

- Está ficando interessante, alguém da mais?

- 600 mil dólares pela senhorita - Kalebe diz enquanto o cara ao seu lado chama sua atenção.

- 600 mil dólares meus senhores - o cara diz surpreso - Alguém daria mais? Dou-lhe uma, Dou-lhe duas, Dou-lhe..

- Um milhão de dólares - Herrera levanta da cadeira e todos não conseguem esconder a surpresa.

O sorrisinho de vencedor do tal Kalebe some e ele se senta de novo.

- Uau - o cara diz sem acreditar - Desculpa a pergunta mas não é muito dinheiro?

- Claro que é, ofereço um milhão pela senhorita Belini - ele diz como se fosse a coisa mais normal - Há não ser que o senhor Kalebe queira dar mais?

- Alguém da mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três VENDIDO. Pela a maior aposta que já tivemos está vendido - o cara diz satisfeito.

Eu não acredito que fui comprada por um milhão de dólares, pelo menos foi por quem eu queria agora quero ver como vai ser..

Querida MarianaWhere stories live. Discover now