41º Capítulo

61 5 1
                                    

MARIANA 

Depois do super agradável almoço com o Russo olhando pra minha cara e cada movimento que eu fazia, Victor ficou conversando com ele lá em baixo e a Beatriz me arrastou pra sacada dela pra não ouvir o grandioso assunto dos Reis. 

- Mas e aí menina quanto tempo - bebeu um gole do seu vinho - Me conta, como estão as coisas? 

- Na medida da possível tá tudo bem - rimos - A gente se aproximou bastante. 

- Bastante? - perguntou com um tom safado. 

- Bastante - respondi e ela abriu a boca surpresa. 

- Mentira? Eu falei brincando. 

- Eu não - disse rindo. 

- Aí que lindos - ela me abraçou. 

- Meu Deus, me senti uma criança que deu o primeiro beijinho agora - disse e ela riu me soltando. 

- Mas me diz, não te vi tão feliz quando chegou - debruça no parapeito da sacada - Victor sempre tem aquela cara fechada mas conheço quando ele não tá bem. 

Suspirei olhando o horizonte e ela fez o mesmo. 

- Vou te contar mas quero que me dê um conselho, fica entre a gente? 

- Pode confiar em mim. 

Me aproximei dela. 

- Victor me viu conversando com uns dos seus capangas, mas ele não é capanga. 

- Explica direto. 

- Caique me disse que a máfia tem a polícia nas mãos e eles querem virar esse jogo. 

- Quem é Caique? 

Bufei - O capanga Beatriz. 

Ela riu - Tá tendi, desculpa. 

- Ele é da polícia, tá infiltrado lá - ela me olhou incrédula - Me ofereceu uma oferta, se eu ajudasse eles a pegarem o Victor eu ia pra casa. 

- O que? 

- Eu sei, eu falei pra ele ir embora enquanto dava tempo mas Victor chegou antes que o assunto acabasse. 

- Não contou pra ele? 

- Não. 

- Mari, por favor não me diz que está pensando em ajuda a polícia.. 

- Tá louca? Não quero morrer. 

- Então conta pra ele a verdade. 

- Ele vai matar o cara. 

- Melhor do que ele descobrir que você sabia e escondeu isso dele, olha.. - ela pegou minha mão - Não deixa esse Caique fazer com que Victor perca a confiança em você. 

- Eu sei.. - sorri fraco. 

- Eu vou ver se a sobremesa tá pronta. 

- Vai la. 

Ela saiu me deixando ali sozinha. 

Respirei fundo pensando se deveria mesmo contar pro Victor a verdade e vendo de certa forma isso vai me ajudar de duas formas. 

Vou me livrar do policial e ainda Victor vai saber que pode confiar em mim. Peguei as taças de vinho e me virei pra sair mas parei quando vi Russo entrando na sacada. 

- Onde pensa que vai? - olhei sua mão avistando o prata brilhante da arma. 

- Levar as taças - Disse o fazendo rir em tom sarcástico. 

Querida MarianaWhere stories live. Discover now