Querida Mariana

6º Capítulo

Acordo com a claridade entrando no quarto, me sento na cama e tento reconhece o lugar onde estou. Engraçado quando a gente acorda o raciocínio não ajuda, olhei em volta com um dos olhos meio fechados pela incômodo da claridade.

A porta abre e uma moça com sua roupa de faxina e seu coque com uma rendinha preta por cima entra no quarto nas pontas dos pés e se assusta ao me ver sentada.

- Bom dia senhorita - disse e veio na minha direção.

- Bom dia.

- Senhor me mandou chamá-la.

- Acabei de acordar.

- Dormiu bem?

- Não dormi direito, perdida em pensamentos - digo e ela só sorri fraco.

Esqueci que ela não faz ideia do que aconteceu pra eu vir parar aqui, ela ficou parada me olhando e eu arqueei a sobrancelha com cara de "?"

- Ah claro - ela acorda do seu transe - Ele mandou dizer que vocês vão sair.

- Disse pra onde?

- Oh, não só disse que depois de resolver uma coisa vocês vão almoçar a casa do senhor Russo.

- Tudo bem então, obrigado viu.

- Por nada - ela diz e sai do quarto.

Pelo menos vou ver a Beatriz hoje, gosto dela e da Leila também. Foram as únicas que me trataram bem desde que cheguei, Dk tratou do jeito dele, bruto, e o Russo? bom.. eu odeio ele ao mesmo tempo que tenho vontade de mata quando vejo a cara do indivíduo.

Não entendi o fato dele sair e me levar junto, da até medo desses negócio de "resolve uma coisa" vindo dessa gente não deve ser coisa boa. Será que pra todo lugar que ele for vai me levar junto? Sei lá, talvez com medo de eu fugir.

Não gostei da ideia, só falta agora eu parecer namorada dele. Ele é lindo e perfeito mas ainda não muda o fato de que ele comanda a máfia que mandou matar meus pais.

Saio logo dos meus pensamentos antes que ele bata aí na porta perguntando se eu já estou pronta e eu ainda estar deitada, vou pro closet e pego um vestido rosa que é colado na parte de cima e tem a saia solta com um tecido ceda junto a uma renda por cima, peguei um salto bege com abertura pros dedos na frente e o salto dele é fino junto à sua sola de veludo vermelho sangue.

Coloquei tudo em cima da cama e me sentei na penteadeira, Beatriz comprou uma maleta completa de maquiagem pra mim. Disse que é bom estar arrumada. Eu amo maquiagem mas nunca boas condições pra comprar varias, no máximo era um rímel, batom e delineador. Na maleta tem tudo.

Eu não uso muita base então passei pouca, passei pó e passei só uma sombrinha marrom no olho e fiz meu delineado que eu adoro, tinha cílios postiços aqui então tentei colar. Até que conseguir e eu adorei vou usar sempre que poder. Passei máscara de cílios e um batom vermelhinho fraco na boca só deixar ela com vida e manteiga de cacau por cima. Me perfumei e passei desodorante, peguei uma bolsinha de mão e coloquei meu gloss dentro e um frasquinho pequeno de perfume, só pra falar que to com alguma coisa na mão.

Depois de ter dado um jeito na cara e o resultado ter me deixado bem satisfeita me levantei e fui por o vestido, tirei o sutiã porque não dava pra usar com esse vestido mas ele tinha um bojo fino na parte da frente. Coloquei ele sentindo o tecido confortável da saia, calcei o salto e me olhei no enorme espelho que tinha no closet. Meu cabelo tava um amassado bonito então só penteei com os dedos mesmo e desci que ele já devia estar impaciente esperando.

Essa casa quando esta dia fica tão linda, a luz do sol entra por todo canto e deixa ela tão iluminada e viva.

Terminei de descer a escada e fui na sala de jantar mas não tinha ninguém, a mulher que foi no quarto apareceu e sorriu ao me ver.