Capítulo 2 - Nova heroína?

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Fiquei horas tentando pegar no sono, mas nada funcionava. A ideia de me tornar alguém que possa ajudar os outros, salvar pessoas. Era algo que eu nunca imaginei cogitar.

Como eu não conseguia dormir, me levantei da cama e me sentei na escrivaninha. Comecei a desenhar meu possível traje.
Usei minhas cores favoritas, botei um capuz, partes do traje tinham estampa que parecem teias.
O desenho estava pronto. Abri meu guarda-roupa e procurei por tecidos, peguei alguns e outros catei do armário da minha tia. Acho que ela não vai sentir falta.
O resto da noite trabalhei na parte tecnológica do traje. Criei uma IA para mim, não conseguiria fazer isso sozinha.
Criei uma fórmula para produzir as teias de forma mais resistente, um lança teias e na partes dos olhos do traje botei uma lente que me permite enxergar em infravermelho.

Vi pela janela e já era dia. Olhei meu relógio e era 8:20 da manhã. A aula começa 8:30. Corri e mudei de roupa, escondi o traje na minha mochila e desci as escadas correndo.
Peguei uma maçã, já dando um beijo na bochecha da minha tia.

Corri até a escola. Hoje não me cansei rápido, acho que nem estou cansada. Se eu fizesse isso a 2 dias atrás eu já teria desmaiado na esquina de casa.
Deve ser coisa da aranha.
Os alunos já estavam entrando. Cheguei a tempo.
Sentei perto do Ned na aula de química.

– Como você está? – Digo sentando na cadeira.

– Estou bem. Você não conhece o Peter ainda certo? Peter, essa é a Katarina. Katarina, esse é o Peter. – Diz Ned nos apresentando.

– Peter, que bom te conhecer. O Ned fala tanto de você que até esqueci que ainda não nos conhecíamos. – Ned corou um pouco de vergonha. – Vocês  querem sair depois da escola? A gente pode ir naquele parque que abriu esses dias no centro.

– Eu topo, e você Ned? – Peter fala se animando.

– Eu também. A gente se encontra no portão da frente depois da aula. – Peter e eu concordamos.

Paramos de conversar porque o professor entrou na sala.
A aula foi meio chata como sempre hoje, mas até que passou rápido.
Sai da sala da minha última aula e segui até o portão da frente.
Os meninos vieram e fomos ao parque.

Nos divertimos bastante, o Ned quase vomitou na montanha russa e eu e Peter quase vomitamos de tanto rir do Ned.
Quando estava começando a escurecer já estávamos para sair do parque. Uns caras chegaram armados em umas vans pretas. Começaram a juntar as pessoas em uma praça no centro do parque. O Ned e o Peter foram puxados por dois caras enquanto um outro me levava. O homem que me puxava estava me levando para um outro lugar.
Ele foi para trás de uma cabana e me prendeu contra a parede.

– Você até que é bonitinha hein, que tal a gente se divertir um pouco antes de te levar junto com os outros? – O homem diz com um sorriso nojento no rosto.

Já imaginei oque ele queria comigo. Dei uma cotovelada no nariz dele e depois um chute na cabeça. Ele apagou logo depois do chute mas fiz questão de chutar seu saco mais duas vezes. Espero que ele fique com bastante dor quando acordar.

Tirei meu traje da mochila e vesti. Não  imaginava que iria usa-lo tão cedo, esperava treinar mais. Vai ter que servir o pouco que aprendi com vídeos no YouTube de artes marciais.
Terminei de me vestir e testei a teia pela primeira vez, não arrebentou, bom sinal!
Atirei uma teia na roda gigante e me pendurei nela, puxei e estava na roda gigante. Foi incrível mas não posso pensar nisso agora.
Atirei uma teia na arma de um cara e puxei para cima. Prendi a mesma na roda gigante. Logo depois enrolei o cara com a teia e o puxei para cima, pus uma teia em sua boca
Fiz isso com outros homens.
A polícia já estava no lugar, alguns repórteres tambem. Parece que eles estão tentando ser pagos para soltar as pessoas.
Sobrou uns sete homens, não tinha como fazer com eles oque fiz com os outros, eles estavam mais distantes. Eu teria que agir e lutar. Senti um arrepio da espinha com isso.
Desci me pendurando na teia e comecei a bater neles. Os caras atiravam contra mim mas eu conseguia desviar. Eu senti um arrepio forte na coluna, não era um arrepio na vdd, parecia uma energia passando por mim. Me virei e vi que um homem estava bem próximo.

Ele atirou e eu desviei. Peguei sua arma e bati com ela na sua cabeça. Peguei os outros com a teia e os enrolei nela.
A polícia chegou.
Mirei uma teia no prédio e sai.
Fui de volta a barraca de antes, já mudando de roupa. O homem que eu tinha chutado antes, ainda estava desacordado.
Me juntei ao grupo de reféns logo em seguida.
A polícia chegou até nós e fizeram várias perguntas.
Os repórteres também. Perguntaram sobre a mulher que atira teias.
Depois de tudo saímos de lá. Peter, Ned e eu fomos em uma sorveteria.
Acabamos esquecendo um pouco do ocorrido de mais cedo. Rimos bastante e agora acho que tenho um novo amigo.

Acordei com o despertador como sempre e me arrumei para a escola.
Tomei café da manhã com a minha tia e fui.
Cheguei lá e todos estavam falando sobre mim. Não sobre eu, Katarina, mas sobre a mais nova heroína.
Estão chamando ela de Spider Woman.
Eu tinha esquecido completamente disso. Peguei meu celular e olhei as notícias.

" Nova Heroína?
Ontem no parque de diversões no centro de NY, homens armados apareceram no final da tarde fazendo os visitantes de reféns. Uma mulher que soltava teias desarmou e deteve os homens. A polícia chegou logo depois e os levou para a delegacia. A gangue pode pegar até 15 anos de prisão pelo ocorrido de ontem.
Mas as pessoas não param de falar na nova heroína que apelidaram de Spider Woman."

– Nossa... – Disse pra mim mesma no corredor da escola.

A filha perdida de Tony Stark - Spider Woman Where stories live. Discover now