About Empress and Emperor [Ushijima Wakatoshi x OC]

Capítulo 27 - Fix me

Oi, preparadas para o último capitulo da fic?? Eu não!!

Boa leitura!

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De volta a Miyagi, meus olhos estavam mais do que inchados pelo choro constante que eu tive durante toda viagem, e até mesmo meu pai estranhou porque eu estava tão magoada, mas me apoiou do mesmo jeito em todas as minhas decisões. Eu não sabia como olhar no rosto das garotas, não sabia como iria dar aquela notícia a elas, a eles e principalmente a Ele. Eu ainda havia conseguido estragar meu encontro perfeito com o Omi-kun, que em nenhum momento me abandonou ou deixou de me ter nos braços, ele realmente conseguiu me fazer feliz naquele dia, naquele pequeno momento nosso. Mas nada parecia suprir o vazio que meu peito estava, nada poderia me completar naquele instante.

Assim que entrei no meu dormitório pela manhã, ele estava vazio e eu pude empacotar todo o necessário para levar de volta para casa. Kira não apareceu em nenhum momento enquanto eu arrumava as malas e meus pertences e agradeci por ser um dia normal de semana em que ela tinha aulas até mais tarde, eu simplesmente não sabia como encarar nenhuma delas. Da minha segunda família e companheiras de time. Não sabia encarar minha melhor amiga.

Me sentei na escrivaninha após empacotar e descer com tudo, e puxei uma folha de papel para escrever aos garotos e a ele.

"Caros meninos, meus meninos incríveis do vôlei.

Eu vou embora.

Voltarei para minha casa e para o meu lar, voltarei pelo meu coração e pela minha necessidade. Mas eu nunca vou tirar vocês da cabeça ou do coração. Meus pequenos kohais. Minha pequena família do vôlei.

Me dói ir embora, mas dói muito mais ficar. E eu só não soube como encarar cada um de vocês no dia de hoje. Me desculpem por ser uma covarde de marca maior.

Continuem subindo cada dia mais e brilhando, como as verdadeiras estrelas que eu sei que são. Seja no vôlei ou em outra carreira. Eu apoio cada um de vocês.

Eu vou ficar bem e não se preocupem, ainda me verão jogar pela seleção japonesa nas olimpíadas ou em competições oficiais.

Eu amo vocês e obrigada por me ensinarem como é bom ter amigos e ser amada."

Assim que sequei minhas lágrimas, a porta se abriu com tudo e todas as minhas companheiras de clube entram de uma só vez e Kira correu até mim, me dando um abraço apertado e deixando as lágrimas escorrerem.

"Hyura. Hyura." - sua voz embargada só fez minhas lágrimas ficarem mais grossas e todas as garotas se juntarem a nós num aperto.

"Oi meninas." - as cumprimentei, depois que fui solta e consegui controlar minha respiração.

"O técnico disse que você entregou o posto. Que saiu do clube e que saiu da escola. Hyura, o que está acontecendo?" - Kira falou tudo de uma vez e eu concordei com a cabeça.

"Você é de novo a capitã, guiará vocês de novo ao nacional." - sorri e as lágrimas brotaram nos meus olhos. - "Eu preciso ir embora."

"Você não precisa, você quer ir. Quer deixar todas nós." - Leona esbravejou e começou a chorar.

"Eu não quero deixar vocês. Eu só preciso me curar." - respondi e ela virou o rosto, escondendo as lágrimas. - "Eu mudei de vida, de país, de tudo. Eu sinto falta da minha casa a meses e a única coisa que me deixava firme em seguir em frente era vocês e o Ushijima." - alterei minha voz, mas depois me controlei. - "Eu estou me matando por dentro cada dia mais, estando aqui. Reprimindo algo mais forte."

"Para Hyura."

"Eu amo todos vocês, com a droga da minha segunda família. Mas eu vou morrer uma hora se ficar aqui e eu não quero morrer ressentida ou de tristeza." - expressei e todas estavam chorando. - "Por favor, me apoiem nisso. Me apoiem uma última vez."

"Tudo bem." - a Kira sentenciou no fim e me abraçou. - "Eu sempre vou te apoiar Hyura, porque é isso que companheiras fazem."

"Somos um time ainda. E você ainda é nossa capitã e sempre será." - Toora completou e secou as lágrimas.

"Sempre vamos te seguir. Imperatriz." - e assim fomos ao aeroporto e antes que eu embarcasse, chamei por elas.

"Entregue isso aos garotos, ok? Diga que eu amo eles e eu amo vocês." - abracei as mais uma vez e embarquei. Era hora de esquecer Ushijima, Sakusa, o Japão e voltar ao Brasil, minha casa. Hora de me consertar.