Nunca senti que precisasse de aprovações sobre meus atos, nunca precisei de aprovação sobre como eu jogo vôlei ou como lido com meus sentimentos e problemas. Nunca dependi de ninguém depois que entrei no Shiratorizawa e por mais que tivesse meu time e meus colegas, buscar sua aprovação nunca entrou nos meus planos. Jogo vôlei porque amo, porque meu pai me ensinou e me mostrou que jogar depende de nós e do que queremos. Se você é um bom jogador, jogue em um bom time.
Mas depois de uma semana do trato feito com a capitã, eu me sentia em uma corda bamba e que a qualquer momento cairia, nosso amistoso iria começar e eu não sabia porque estava assim. Sou bom, não estaria aqui se não tivesse valor algum, mas por quê?
Já estávamos na sexta feira, o penúltimo dia de treino pesado para o amistoso contra as garotas, todos estavam animados, não paravam de falar e rir. Achavam que o jogo já estava ganho, mas não acredito nisso, nenhum jogo está ganho até que o apito final toque e mesmo que repetisse isso todo final de treino, o ego dos bobões nunca diminui.
Resolvi correr mais cedo que os outros garotos, para pensar em tudo que estava acontecendo e que poderia acontecer, sai da quadra e fui caminhando até os portões do colégio pronto para dar uma volta pelos arredores da escola e melhorar um pouco meu humor para o treino de saques que vinha depois, mas parei meus passos quando vi a garota me olhando. Parecia até me esperar e antes que eu falasse alguma coisa ela sorriu e tombou a cabeça, fazendo meu coração disparar. Droga de músculo involuntário!
"Vamos correr juntos Ushijima-san. " – ela sorriu de novo e tive que me segurar para não corar vendo aquilo. Porque não conseguia agir como uma pedra perto dela? Pelo menos consegui manter minha expressão séria.
"Se você conseguir me acompanhar. " – tive que sair logo, antes que mais alguma coisa fugisse do controle, tudo que envolvia ela me deixava andando em uma corda bamba de emoções, não sabia agir e aquilo me assustava muito.
Quando dei por mim ela já estava do meu lado, acompanhando o ritmo com as pernas curtas e uma expressão pacífica. Era um pouco reconfortante ter alguém que conseguisse me acompanhar, não me sentia um robô, não era um monstro. Era só um humano e dedicado e ela também era. Nunca me senti assim, com o sentimento de familiaridade, Hyura parecia me entender mais do que mim mesmo e talvez em alguns assuntos nós fossemos iguais. Não consegui conter um sorriso e tive que virar meu rosto.
"Ushijimaa senpai!! Porque você virou seu rosto? Pode tropeçar assim." – aquela maldita só podia estar me provocando com aquele tom de voz, ela tentava fazer uma voz fofa que não combinava em nada com a personalidade que ela havia mostrado até agora.
"Nada. "
"Você é muito frio às vezes. " – ela tinha parado de correr e feito uma pequena pose de birra, com os braços cruzados e um biquinho nos lábios. EU ESTAVA PASSANDO POR UMA PROVAÇÃO OU ALGO ASSIM?
Pensei, mas assim que terminou a frase e passei a olhá-la, ela começou a gargalhar com os braços na frente da barriga. – " Você, por mais que pareça ser tão inalcançável, é tão normal quanto eu..."
"Aqui não é perto do Shiratorizawa? "
"O colégio do Ushijima Wakatoshi? Aquela que faz BAW e POW e tem uma cortada superforte? " – assim que meu nome foi mencionado, pude ver dois garotos com roupas de corrida, um era ruivo e parecia mais uma tampinha do que um adolescente e o outro era alto e moreno. Não pude me conter.
"O que querem comigo? " – os dois que estavam de costas viraram para trás com caras surpresas e nem pareceram notar Hyura parada ao meu lado. Eles tentavam falar alguma coisa, mas a gagueira não deixava até que respiraram fundo e se viraram para nós.
ESTÁ A LER
About Empress and Emperor [Ushijima Wakatoshi x OC]
Fanfiction[EM REESCRITA E REVISÃO] Ushijima Wakatoshi tinha uma vida escolar bastante tranquila, capitão do time de volei do Shiratorizawa ele nunca era intimidado, não possuía medos ou provações pelas quais muitos na adolescência passavam, e estava sempre a...