Harry Winston

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[N/A: Olha a gente aqui de novo! Curtam esse capítulo e obrigada, como sempre, pelo feedback incrível! Amo vocês!]

Uma semana depois, no sábado às seis da manhã, Natasha acordou com o despertador tocando. Steve nem escutou, estava apagado como uma luz, dormindo de bruços, abraçando o travesseiro. Tinha passado a semana inteira filmando, então estava morrendo de cansaço.
Nat ouviu o miadinho fraco de Liho do lado de fora da porta do quarto, e abriu. A gatinha a cumprimentou com a patinha fria na perna nua. As camisetas de Steve eram o melhor pijama possível, mas infelizmente não a cobriam inteira.

"Bom dia, meu amor." O apartamento era bem aquecido, e Liho estava de roupinha. Mesmo assim, um arrepio passou pelo corpo de Natasha. Mesmo com a chegada iminente do verão, continuava frio.

Colocando a comida da gatinha, voltou para o quarto, fechando a porta atrás de si e se enfiando sob as cobertas, puxando o braço de Steve de sob o travesseiro e se aconchegando junto ao peito nu dele.

"Hm..." ele disse, meio perdido pelo sono. "Tá tudo bem?"

"Sim. Só pensei que talvez prefiro que você me abrace ao invés do travesseiro." ela disse, contra a pele dele. Sorrindo, Steve a trouxe para perto, e Nat suspirou, contente. Desde que tinham se declarado, as coisas mudaram. Havia uma rotina estabelecida: Nat passava o dia inteiro com a mãe, e depois que Melina dormia, ela andava os dois quarteirões até a casa de Steve, e lá ficava até o dia seguinte, quando ele saía para filmar e ela voltava para a casa do pai.

Quanto à saúde de Melina, a cada crise ela piorava. Os dias bons estavam ficando cada vez mais raros. Não só o Alzheimer era precoce, a progressão da doença nela também era estupidamente rápida. Dizer que Natasha tinha passado a semana vomitando absolutamente tudo o que comia era dizer muito pouco. Yelena, após a série de exames que mostrava que ela ainda estava bem, estava um pouco mais calma e conseguia ser o cérebro pensante em toda aquela situação. Alexei ainda estava de coração partido. Melina se lembrava de muitas coisas das juventudes de ambos, mas às vezes se lembrava em detalhes do divórcio, e isso o magoava.

Ela sentiu os dedos de Steve acariciando as escápulas dela, que estavam mais aparentes do que em muito tempo, já que ela se sentia mal o tempo todo.

"Preciso ir." ela disse, com a voz triste. Ele não ia filmar naquele dia, então não tinha tanta pressa.

"Sua mãe só acorda às oito." a voz dele estava extremamente sonolenta. "Não quero que você vá ainda."

"Também não quero ir." Ela respondeu. Não só porque queria ficar com Steve, mas porque sabia que ao chegar em casa, seria um dia difícil. Fazia o possível para se manter forte pela mãe, mas não era nada fácil.

Acabou dormindo por mais uma hora e meia, e acordou com um beijo na bochecha.

"Hm." ela disse, levemente mal humorada pelo sono.

"São sete e meia." Steve disse, se levantando da cama bem disposto demais, comparado a Natasha, que continuava com um enorme bico e esfregando os olhos, como uma garota de seis anos sendo acordada para ajudar a mãe a passar aspirador na casa.

Ela se vestiu rapidamente e foi até o banheiro escovar os dentes com uma escova que tinha comprado para deixar ali. Se olhando no espelho, achou a própria aparência deplorável. Olheiras grandes se estendiam, e com o rosto magro, ela conseguia ver a leve assimetria de uma maçã do rosto para a outra. Apesar do resultado da cirurgia plástica ter ficado incrível e absolutamente ninguém além dela notar, aquilo era uma eterna lembrança do que tinha acontecido e por que ainda era tão difícil viver plenamente o que estava acontecendo entre ela e Steve.

Starboy - RomanogersWhere stories live. Discover now