Capítulo 3

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Lizzy

Abri meus olhos piscando algumas vezes até me acostumar com os feixes de luz que entravam no cômodo através das cortinas entreabertas. Com certa dificuldade sentei na cama e olhei em volta para o cômodo semiescuro. Meu cérebro ainda lento de sono me obriga a deitar novamente.

Levei minutos para finalmente tomar coragem e sair do edredom quente. Vou até o meu pequeno guarda roupa e pego uma saia lápis preta e uma blusa social branca. Hoje era meu primeiro dia na Leaderhigh e confesso que estou super nervosa. Depois do banho me vesti rapidamente não queria chegar atrasada logo no primeiro dia. Pego minha bolsa e saio do quarto. Desço para o primeiro andar da casa e vou direto para a cozinha.

Bom dia mãe.  Murmurei enquanto ocupo uma das cadeiras.

Bom dia meu amor. Liz hoje eu vou precisar sair com o carro tem problema se você for de metrô? Minha mãe diz terminando de lavar um pequena louça.

Tudo bem. Murmurei e despejo um pouco de leite no copo.

Ótimo. Alicia vamos! Ela grita e segundos depois Alicia entra na cozinha vestida em seu uniforme com as traças presa em um rabo de cavalo.

─ Bom dia. Alicia diz em um bocejo.

─ Bom dia. Disparamos nós duas ao mesmo tempo.

O papai podia me levar.
Questionei enquanto passava cream cheese na minha torrada.

Ele teve que sair mais cedo hoje o Marlon está de férias e seu pai ia cobrir o turno dele.

Entendi. Digo e minha mãe seca as mãos.

Então até mais tarde meu amor. Tenha um bom dia e espero que dê tudo certo lá. Minha mãe diz beijando o topo da minha cabeça.

Estou contando com isso mãe.

Você é inteligente e muito criativa duvido que não irá se sair bem. Ela me anima.

É verdade maninha você é sensacional no que faz. Alicia também me encoraja.

Obrigada gente pela força.

─ Imagina meu amor até mais tarde.

─ Até. Dito isso Alicia e mamãe saíam.

[...]

Sai de casa no horário cronometrado ainda nem eram nove da manhã e o sol já estava cálido. Sigo até a estação que fica a dois quarteirões de casa. Desci os degraus rapidamente entrando na área de embarque. Como já tinha o bilhete do metrô passei direto pela catraca eletrônica me livrando da pequena fila que se formava nos guichês. A essa hora o metrô já estava lotado e sigo até a minha plataforma. Enquanto esperava o trem, conecto meu fone de ouvido ao celular dando um play e a música Freedom da Beyoncé toca ao fundo me fazendo mover os pés. Meu avô respirava música e dança coisas essas que herdei dele. Aos treze anos já sabia tocar piano, violão e violoncelo, sem contar que meus professores sempre queriam que eu participasse das peças musicais da escola por conta da minha voz. Se não fosse o amor que tenho pelo design gráfico com toda certeza teria seguido a carreira artística. Minutos depois o trem para na plataforma e como já podia prever não havia nenhum assento vazio.

[...]

Quando cheguei à sede da empresa, fiquei por segundos parada olhando para o arranha-céu espelhado imponente que refletia o céu azul com poucas nuvens. Respirei fundo ajeitando a bolsa no ombro em seguida e sigo em direção as portas giratórias. O chão em mármore preto com riscas brancas refletia o lustre de cristais ao centro, as catracas eletrônicas eram de última geração e o balcão da recepção era de alvenaria na parte de baixo e de mármore branco marfim em cima. Me aproximo do mesmo.

Um Ceo para chamar de meu {Obra concluída}Where stories live. Discover now