Capítulo 12

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Lizzy

Em passos lentos me aproximo do apartamento que tinha visto no anúncio do jornal na semana passada. A rua era comprida com árvores que ladeavam toda a via.

A vizinhança parece bem tranquila apenas alguns carros trafegavam pelo asfalto novo. O ar fresco e ameno dessa tarde faz tudo ficar ainda mais apreciável.

Paro em frente a um dos apartamentos geminados na cor marrom claro com as janelas emolduradas em preto, o corrimão de ferro também preto ornam as escadas que antecedem a porta de madeira escura alta com uma aldrava clássica em dourado. Com muito custo consegui sair duas horas mais cedo hoje do serviço mas terei que pagar na semana seguinte para a insuportável da Lindsay.

─ Você deve ser a Lizzy Bennett? ─ Uma voz feminina ressou e me viro para ela encontrando uma senhora de cabelos grisalhos, baixinha e com um sorriso encantador.

─ Isso e você deve ser a senhora Goldfeder?

─ Exatamente prazer.

─ O prazer é todo meu.

─ Bom venha. Vamos conhecer o apartamento.
─ A senhora Goldfeder diz e sobe na frente.

Notei que haviam dez interfones pendurados na parede e me questionei por que dá aldrava então. Item de decoração talvez. A senhora Goldfeder abre a porta e entramos. A portaria era pequena apenas um sofá, uma mesa de centro e a do porteiro ocupavam o cômodo de paredes escuras. Seguimos até o elevador social que ainda era de madeira. Tudo aqui é bem simples com ar de antiguidade. Só espero que esse elevador sofra manutenções periódicas ou do contrário as escadas seriam minha escolha corriqueira.

─ Boa tarde August. O senhor de cabelos também grisalhos ergue a cabeça tirando os olhos da minúscula televisão em cima da mesa que mostrava claramente todos os andares e do lado de fora.

─ Boa tarde May.

─ Bom essa é a Lizzy ela alugou o meu antigo apartamento. ─ Ela diz pousando a mão sobre meu ombro.

─ Sim seja bem vinda Lizzy. ─ O senhor August murmura e levanta da cadeira para me cumprimentar com um aperto de mão.

─ Obrigada.

─ Bom nós vemos na volta deixa eu apresentar o apartamento para ela.

─ Fiquem a vontade.

─ Obrigada. Agradeço de novo e vamos para o elevador.

Cinco andares depois a porta do elevador é aberta e saímos de frente a um corredor escuro que só acende as luzes assim que saímos. O corredor tem as paredes escuras e o piso de azulejo é branco com bolinhas pretas e apenas dois apartamentos por andares. Chega a ser deprimente. Ela para em frente ao 123 abrindo a porta em seguida. O primeiro cômodo que temos acesso é a sala de estar que integrava com a sala de jantar. Ambas estão impecavelmente limpas e apenas alguns móveis compõe o cômodo um conjunto de sofá na cor bege claro, uma lareira rústica com detalhes de pedras claras, uma televisão pendurada sobre um painel e abaixo um raque, uma mesinha de centro redonda sobre um tapete marfim fofinho e mais ao fundo apenas uma mesa de jantar e um lustre ao centro. As janelas altas de molduras pretas permitem que muita luz entre no cômodo.

─ Bom como pode ver essa é a sala de jantar e estar e aqui fica a cozinha. Entramos no cômodo do lado da porta.

A cozinha era linda com os eletrodomésticos novinhos. Os armários brancos do jeitinho que imaginei.

Logo saímos da cozinha e vamos para o corredor que dá acesso aos quartos e o lavabo. Tudo estava perfeitamente aceitável mas o ápice da minha satisfação foi quando ela abriu a porta da suíte master. Meus olhos brilhando. A cama de casal era normal nada exuberante como a do Thomas mas para alguém que passou grande parte da vida dormindo em uma cama de solteiro é um avanço imenso. No cômodo havia além da cama, um pequeno closet que já imagino como vai ficar minha coleção de All Star. A estante de madeira embutida na parede branca. A janela ampla no estilo Bay Window possuí assentos com almofadas neutras verde água e outras quadriculadas na mesma cor. E para fechar com chave de ouro a senhora Goldfefer me mostra o banheiro na cor marfim.

Um Ceo para chamar de meu {Obra concluída}Where stories live. Discover now