Capítulo 5

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Thomas.

Alguns feixes de luz ultrapassavam as cortinas bege do quarto. Estico a mão até a mesinha de cabeceira pegando meu rolex dando uma olhada no horário e como imaginei atrasado. Levanto da cama e começo a me vestir em silêncio, enquanto sento na cama para calçar meus sapatos dou uma breve olhada por cima do ombro para Suzana que dormia pesado. Os longos fios loiros espalhados pelos lençóis enquanto ela mantinha o rosto enfiado no travesseiro. Caminho até a minha pasta que estava sobre a poltrona e a pego saindo do quarto em seguida. Saio do seu apartamento. Atravesso a rua indo até onde havia estacionando minha Mercedes Gle 63 preta ontem à noite. Abro a porta ocupando o banco do motorista, conecto meu celular ao bluetooth do carro assim se alguém me ligar não teria problemas nem riscos. Deixo uma das minhas playlist tocar aleatoriamente e dou a partida em seguida. Assim que cheguei no final da rua encontrei um pequeno engarrafamento na avenida principal que dá acesso a Manhattan.

Intermináveis minutos depois quando finalmente consegui sair do trânsito sou parado mais uma vez agora pelo semáforo que parecia levar uma eternidade para ficar verde. Olho pelo retrovisor uma fileira de carros se formou atrás de mim. Meu celular começa a tocar. Era uma mensagem da minha mãe.

"Quando você pretende vir até Londres estou com saudades?" ─ Depois que meus pais se separaram levou alguns anos até minha mãe se recuperar de todos os traumas que ela viveu. Mas quando ela conheceu o Larry eles se apaixonaram em pouco tempo depois se casaram. E depois que fui para Yale ela se mudou para Londres. Já fazia alguns meses que não a via realmente precisava arrumar um tempo e ir para lá.

" Em breve." ─ Respondi. Fiquei atento esperando sua próxima mensagem mas sou interrompido por buzinas e olho para o semáforo que já estava verde dou a partida seguindo em direção a Upper East Side um dos bairros mais nobres de Nova York.

Do Brooklyn até a minha mansão levou mais o menos meia hora. Estaciono meu carro em frente ao jardim assimétrico da casa e saio deixando minha pasta dentro do carro. Assim que pisei os pés dentro de casa fechando a porta atrás de mim levo um susto ao ver Nora parada como um dois de paus em frente as escadas que dão acesso a parte superior da mansão. Seus olhos castanhos escuros me encaravam aflitos enquanto ela retorcia uma mão à outra.

─ Bom dia senhor Marangoni.

─ Bom dia Nora. O que você quer?
─ Para ela estar a essa hora parada em frente ao hall de entrada da casa e não fazendo o seu serviço é porque deveria ser grave.

─ Desculpe incomodá-lo mas meu filho Joshua não está bem hoje será que posso ir para casa?

Eu até posso ser um homem frio às vezes mas não ao ponto de deixar uma criança doente sem sua mãe.

─ Pode ir e só isso?

─ Sim senhor Marangoni muito obrigada.

─ Disponha melhoras para ele.

─ Obrigada. ─ Ela me lança um olhar contente e sai.

Subo as escadas para o segundo andar indo direto para o meu quarto. Acendo as luzes e vou até meu closet. Pego um dos meus ternos e deixo em cima da cama e vou tirando minhas roupas em direção ao banheiro.

Enquanto a água quente caía sobre meus ombros e escorriam pelo meu corpo nu sem querer a imagem da bela jovem que vi ontem no elevador invade minha mente. Sua pele âmbar brilhava sob a luz fluorescente do elevador que contrastavam com seus olhos castanhos claros que me examinaram atentos cheios de desejo. Eu sei muito bem esse efeito que causo nas mulheres e pode apostar que sei muito bem como aproveitar isso.

[...]

Quando cheguei à sede da empresa estaciono na minha vaga e saio do carro pegando minha pasta no banco detrás, depois travo as portas e sigo para o elevador do subsolo. Quando cheguei no térreo tive uma pequena esperança de encontrar com ela de novo mas quando a porta abriu apenas dois homens bem vestidos entraram.

─ Bom dia chefe.
─ Eles me cumprimentam.

─ Bom dia. Ajeito minha pasta colocando-a na frente do meu corpo.

Dez andares depois saio do elevador e sigo até meu escritório assim que Leslie notou minha presença ela levanta da cadeira depressa.

─ Bom dia chefe. ─ Leslie murmura e me entrega meu café expresso.

─ Bom dia Leslie. O pego da sua mão.

─ Eu ja montei sua agenda hoje o senhor tem reunião com a Vanda King e depois com o senhor Petrov. Ela murmura enquanto me segue.

A Leslie é a personificação da eficiência. Nesses três anos aqui ela nunca deu uma bola fora e para ser minha secretaria tem que ser quase perfeita não tolero atrasos, não suporto bajulação e muito menos corpo mole.

Abro a porta do meu escritório e vou direto para a minha mesa de mogno, deixo minha pasta de couro em cima dela e pego o controle das cortinas apertando em sequência o botão deixando as cortinas cinza grafite correrem pelos trilhos dando luz ao lugar e revelando a parede de vidro que dá acesso ao centro movimentado da Times Square e a outros edifícios empresarias.

[...]

Depois de duas exaustivas reuniões eu voltei para o meu escritório e comecei a organizar algumas planilhas.

─ O homem dos negócios eu sei que você precisa faturar muito mas será que nesse seu tempo além de mulheres não tem pausa almoço.
─ A voz do Samuel ecoou dentro da minha sala e ergui meu rosto encarando o homem negro de porte forte e elegante.

─ Que horas são?

─ Quase duas. ─ Ele senta na poltrona reclinável à sua frente.

─ Eu tenho meia hora. Levanto tirando meu paletó.

─ Tom como médico eu tenho que te falar que trabalhar demais faz mal para a saúde. Todo dia você faz meia hora de almoço cara. Você é o chefe.

─ Beleza mais é só hoje.

─ É assim que se fala. Ele murmura e saímos do meu escritório.

O refeitório a essa hora já estava mais vazio e seguimos até a área de self-service. Me sirvo com um pedaço grande de carne assada, um pouco de arroz e salada enquanto o Samuka faz o próprio Grand Canyon. Escolhemos uma mesa ao fundo junto com o pessoal do RH.

Entre um papo aqui outro ali ergui meu rosto rindo de mais uma das piadas sem graça do Caius quando vi a morena do elevador entrar com outras duas funcionárias que já vi em algumas reuniões. Eram muitos funcionários para lembrar o nome de todos por isso eu guardo rostos e mesmo assim ainda pode ser que cruze com um deles e ainda assim não reconhecê-los. A saia azul marinho que ela usava contorna seus quadris com uma leve sinuosidade e a blusa social fechada delineava perfeitamente seus seios médios que pareciam bem firmes contra o tecido rosa claro. Seu andar é sexy e hipnotizante. Os seus cachos abertos dessa vez presos em um rabo de cavalo alto se movem de um lado para o outro. Ela gesticula com as mãos enquanto fala. Logo ela sorri de algo que a mestiça diz e elas vão direto para a área do self-service. Seus lábios cheios e bem delineados são uma tentação como queria tocá-los e sentir o gosto que eles possuem. Minha mente voa longe imaginando eles em uma parte bem específica do meu corpo que amaria presenciar.

Sou bastante cauteloso quanto ao meu envolvimento com funcionárias sempre existem certos B.O que podem ser evitados até hoje só me envolvi com duas inclusive uma delas já nem trabalha mais na empresa, a outra é a recepcionista ruiva do térreo, Raven, Helley algo assim não me lembro mais. Já faz tanto tempo. Mas mesmo assim toda vez que cruzo com ela seja nas reuniões, quando vou embora ou na confraternização da empresa ela se insinua jogando todo o seu charme. Eu fico tentado com certeza, ela é uma baita de uma ruiva gostosa mas desde a primeira vez que transamos ela já ficou no meu pé e essas mulheres pegajosas estou pulando fora e prometi a mim mesmo que ela seria a última mas olhando para a morena gostosa do elevador talvez ela possa ser uma exceção a regra.

Um Ceo para chamar de meu {Obra concluída}Where stories live. Discover now