Capítulo 20

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Com os olhos semicerrados ainda sonolenta vagarosamente tateio o lado esquerdo da cama que estava vazio. Viro meu rosto encarando o relógio em cima da mesinha de cabeceira. O relógio marcando quinze para às sete. Me espreguiço bocejando e em seguida escorrego minhas pernas para fora da cama quentinha. Vou até a janela dar uma olhada no tempo e como era de se esperar nessa época do ano muito frio. As ruas coberta de neve. Fecho as cortinas e ando até o pequeno closet. Pego entre o cabideiro minha calça jeans flare cintura alta, uma blusa de manga longa segunda pele branca é meu sobretudo vermelho. Deixo tudo em cima da cama indo depois até a sapateira pegando minha bota de cano curto preta. Look separado direto para o banho.

Meia hora depois estava pronta dou só mais uma olhadinha no espelho ajeitando minha boina vermelha e meu cachecol branco. Pego minha bolsa saindo do quarto em seguida. Assim que cheguei na sala um cheirinho de baunilha com café me faz espetar o nariz no ar e meu estômago roncar. Que delícia!

Entro na cozinha e sou surpreendida com um Thomas metido a chefe de cozinha. Quando vi a bagunça que ele fez na minha cozinha que levei horas para arrumar ontem minha vontade era de dar uns gritos nele. Como consegue ser tão bagunceiro.

─ Bom dia princesa? ─ Ele murmura enquanto mexe com o fuê uma massa branca no bowl roxo.

Tinha farinha por todo o balcão mas o ápice do meu tique nervoso nos olhos foi quando olhei para a minha pia dupla de inox. Louças e mais louças.

─ Só pra saber depois que você terminar de dar um de Master chef você vai limpar tudo isso né?
─ Murmurei apontado para toda a aquela zona que ele fez.

─ Bom primeiramente bom dia e sim eu vou limpar satisfeita agora? ─ Ele murmura indo até o fogão cooktop que fica em cima do balcão de mármore marfim.

─ Bom dia. Dou um selinho nele ocupando uma das banquetas da ilha.

─ O que está fazendo que precisou de metade das minhas louças e toda essa bagunça?

─ Bom eu morei sozinho no começo da faculdade e aprendi a me virar é uma das minhas especialidades.

" Além de fazer bagunça". Pensei.

─ Panquecas de baunilha. Suculentas. Macias. ─ Ele murmura de uma forma engraçada e começo a rir.

─ Quero só ver. Se...

Ele me interompe colando seu indicador nos meus lábios.

─ Primeiro prova está bem. Assenti.

─ Preciso do meu chá matinal. Levanto indo até a dispensa.

Depois de alguns minutos as suculentas e macias panquecas do Thomas estavam prontas e posso dizer que pela cara e o cheiro estavam tentadoras.

─ Agora se prepara para provar a melhor panqueca de Nova York. ─ Ele murmura nada modesto.

─ Isso não é uma pequena vingança por causa da comida japonesa né?
─ Pergunto apreensiva.

─ Claro que não ou talvez seja. Ele murmura ponderando.

─ Eu acho que não quero mais não.

─ Estou brincando Liz. Ele corta um pedaço com o auxílio do garfo e aproxima dos meus lábios. ─ Só prova. Abro meus lábios e mastigo devagar.

" E não é que são boas mesmo. Mastiguei saboreando, estava divina."

─ Então o que achou? ─ Seus olhos cheios de expectação.

─ É são boas. ─ Digo não muito entusiasmada.

─ Só isso? ─ Ele diz decepcionado.

─ Estou brincando estão fantásticas mas é sério você vai limpar essa bagunça.

─ Certo senhora cricri posso só terminar de comer?

─ Claro que pode.

Tomamos nosso café em silêncio, vez ou outra falávamos sobre alguma coisa aleatória e o Thomas roubava um beijo. Se essa não é a melhor maneira de se começar um dia não sei mais qual seria.

[...]

Thomas e eu entramos na empresa de mãos dadas mais uma vez só que hoje eu estava mais confiante. Deixei aquele medo bobo ir e aproveitar a companhia do meu namorado. É isso, mesmo que ele ainda não tenha me pedido oficialmente eu acredito que pela forma como estamos conduzindo. Conhecendo até nossa famílias só podia ser um namoro. Eu acho.

─ Te vejo na hora do almoço? Pergunto antes de chegar no meu andar.

─ Espero que sim.

─ Bom trabalho. Digo e lhe dou um selinho.

─ Ora, ora tivemos um avanço aqui essas pessoas não te intimidam mais?
─ Ele murmura com um sorriso no rosto.

─ Não mais.

─ Então vamos fazer isso bem direitinho. Ele sussurra e me puxa para o seu peito me dando um beijo quente. Me deixando desestabilizada, com as pernas bambas. Quando seus lábios se separaram dos meus levei segundos para voltar ao meu estado normal e de longe ouvi a campainha tilintar avisando que meu andar chegou.

─ Tchau princesa até mais tarde. Ele me desperta do meu transe e sorri.

─ Tchau lindo.

Todo mundo olhando pra nós me senti linda e poderosa. Ele me queria tanto quanto eu o queria e isso é o que basta não quero deixar que nada nem ninguém atrapalhe isso.

Um Ceo para chamar de meu {Obra concluída}Where stories live. Discover now