Cold

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A volta para Chicago envolveu meia dúzia de promessas de que voltariam para Nova York em breve. Todas as promessas eram de Savannah. A notícia de que o cérebro da economia do país tinha inaugurado um prédio em plena 5th Avenue estava em todos os jornais, o que agradava o mundo todo. Mas ainda assim precisaram voltar para casa. Logo que chegaram, Beatrice pulou no colo do pai, alvoroçada. Tinha ficado um final de semana longe de ambos, apenas acompanhada de Mike e June, então aquilo era o céu para ela.

- Mamãe, eu não queria ir à escola hoje não. - Beatrice reclamou, certo dia. Estava pronta para ir à escola quando reclamou. Savannah terminava de pentear o cabelo dela e de colocar uma tiara prateada sob o cabelo castanho e impecável da menina.

- Por que você não quer ir, amor? Você tem as suas amigas lá, não gosta mais delas? - perguntou, largando a escova na penteadeira. Beatrice hesitou, balançando as pernas - O que está acontecendo lá?

- Está bem... Tem umas meninas mais velhas que não me deixam brincar no intervalo. Falam que o pátio é delas.

- E ninguém vê isso? E a sua professora?

- Ninguém, mamãe. Tem o fiscal, mas ele fica vendo os meninos jogando futebol.

- Vai ficar tudo bem, eu vou resolver isso agora, está bem? - a menina assentiu, confusa com a mãe fazendo mil ligações.

Robert tinha ido trabalhar, então Savannah levou a filha à escola. A menina se agarrou ao braço da mãe quando três meninas se aproximaram, rindo baixo da menina.

- Oi, vocês são do segundo ano, não é mesmo? - Savannah perguntou, forçadamente doce. Tinha as mãos nos bolsos da calça preta social, os cabelos soltos e cacheados voando levemente, uma camisa azul marinho de seda e saltos negros.

- Sim, nós somos. Por quê? - uma menina loirinha perguntou, empinando o nariz. Savannah não tinha paciência com crianças além da filha.

- Soube que estão importunando a minha filha. Vou ser bem clara em relação a isso.

- Meus pais são muito influentes nessa escola. E eles estão logo ali. - apontou para um casal que vinha na direção dela, pisando forte.

- O que faz com a minha filha? - a mãe perguntou, puxando a filha para o lado dela. Savannah revirou os olhos, sorrindo de canto. Era curioso que ela tinha covinhas, eram perfeitas e perigosas.

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