Capítulo 13 - Sofia

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Eu não havia dormido nada e quando o Sol saiu, sabia que por mais que fosse difícil, eu teria que encarar Oliver depois de tudo o que havia acontecido ontem.

Já se passavam das oito horas da manhã e depois de me arrumar, vestindo uma saia preta, que ficava um pouco acima do joelho, uma camiseta branca básica, minhas sandálias e amarrar meus cabelos em um rabo de cavalo, chamei as crianças, para que se arrumassem também.

Estevan se arrumou sozinho, escolhendo sua roupa e indo se trocar no banheiro, enquanto eu ajudava Elena a vestir um vestido preto de bolinhas brancas que ela amava.

Enquanto penteava seus cabelos, alguém bateu à porta e logo em seguida a abriu. Era Oliver:

― Bom dia, papai! –Ela se levantou. Seus longos cabelos loiros balançavam enquanto ela corria na direção do pai.

― Bom dia, querida. –Ele se abaixou, abraçando a filha e lhe dando um beijo na bochecha.

Ele usava um jeans mais escuro do que o que estava usando na noite anterior e uma camisa jeans, cujas mangas estavam dobradas, deixando seus braços fortes e musculosos à mostra. Seus cabelos estavam molhados e penteados para trás, indicando que ele deveria ter acabado de sair do banho.

Depois de se levantar, Oliver voltou seu olhar para mim. Era impossível saber o que se passava em sua mente, seus olhos azuis eram um completo mistério.

Como que imediatamente, a imagem de nós dois nos beijando caiu como um raio na minha cabeça, senti minhas bochechas queimarem e tive a certeza de que deveria estar rosada como um camarão:

― Pai! –Estevan saiu do banheiro e também correu na direção de Oliver, lhe dando um abraço- Nós já vamos? –Ele perguntou.

― Sim, mas antes vamos tomar um café da manhã, vocês não podem viajar de estômago vazio. –Oliver disse, acariciando os cabelos do filho- Você vem conosco, Sofia? –Ele me olhou e eu apenas neguei com a cabeça baixa.

― Não, obrigada, eu estou sem fome.

― Você deveria comer algo. –Ele tornou a dizer, parecia preocupado comigo.

― De verdade, não precisa. –Disse, evitando olhar em seus olhos.

Mesmo sem aprovar minha decisão, ele desceu para o salão com os filhos.

Sentada na cama, fiquei pensando no quanto aquilo tudo estava sendo difícil. Eu mal conseguia olhar para ele e tudo o que eu mais queria no momento, era ir para a minha casa.

Momentos depois, um funcionário do hotel, bateu à porta com algumas frutas, pães, geleia e leite em uma bandeja:

― O senhor Beaumont me pediu para trazer isto para a senhorita. –Ele disse quando abri a porta.

Acabei pegando a bandeja, mas haviam tantas coisas ali que não consegui comer nem a metade. Eu menti que não estava com fome, apenas para não ter que me juntar a Oliver na mesa. As coisas já estavam estranhas o suficiente.

Depois de pegarem nossas bagagens, fomos para o carro. E diferente de ontem, Oliver se manteve em silêncio absoluto, enquanto dirigia em direção ao aeroporto. Assim como eu, que apenas olhava pela janela, desejando que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível. O único barulho que havia no interior do carro, era emitido pelas crianças, que pareciam animadas enquanto jogavam em seu tablet.

Por sorte o piloto já nos esperava no aeroporto, não sei se conseguiria passar mais algum tempo ao lado de Oliver.

Dentro do jatinho, acabei me sentando nas últimas poltronas, enquanto ele se sentou no mesmo lugar de antes, mais a frente, junto com os filhos.

A Babá dos meus FilhosWhere stories live. Discover now