i r r e s p o n s i b l e

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S/n Griffin

Acordei tonta. Em poucos segundos eu me lembrei do que havia acontecido. Vasculhei ao redor da sala mas não encontrei ninguém. Me levantei com um tanto de dificuldade e assim pude sentir que estava descalço. Meus pés entraram em contato com o chão frio, mas foi só questão de tempo até eu me acostumar. Me coloquei de pé e caminhei até a porta. A ferida doía, mas não tanto quanto antes, talvez fosse o efeito da anestesia que não havia passado bem. Não ouvi sinal de ninguém quando saí no corredor. Parecia vazio.

— Mas que merda! — Suspirei andando em direção a entrada da nave. Estavam lá fora. Não todos, mas estavam lá. — Onde estão os outros? — Coloquei a mão por cima do curativo e me apoiei na parede assim que senti aquela merda doer.

— Deveria estar descansando! — Payton veio até mim.

— Não foi isso que perguntei.

— Está tudo bem, ok? — Ele suspirou e fechou a cara.

— ONDE ESTÃO OS OUTROS? — O empurrei.

— Ei, ei, ei! — Louis entrou no meio. — Está tudo bem, s/n! Os outros saíram para uma busca.

— Uma busca do que?

— Precisamos saber exatamente para o que Chloe queria nossa tecnologia. — Payton explicou.

— NÃO! NÃO PRECISAMOS! — Apertei os olhos e reprimi um gemido de dor. — Eu...— Esfreguei a mão nos olhos, indignada. — Eu disse para não fazerem nada que eu não faria! POR ACASO EU MANDARIA ELES EM BUSCA DO DESCONHECIDO?

— Fica calma, tá legal? — Emily se levantou de onde estava sentada. Ela carregava uma garrafa de vinho. — O tal Thomas foi com eles.

— Ah que maravilha! — Ri sarcástica. — Vocês mandaram alguém que conhecemos ontem. PARABÉNS. MEUS PARABÉNS! — Suspirei caminhando para fora. Travei meu caminhar assim que percebi o que acontecia. — Onde a Lucy está?

— Por que protege tanto essa garota? — Carey questionou.

— Ela foi com os outros. — Louis falou. Respirei fundo tentando não me irritar.

— Vocês mandaram uma garota que acabou de perder o filho de oito meses e fez uma cirurgia para retirá-lo...para uma exploração na floresta? — Me virei para eles. — Aonde vocês acham que estão? Isso aqui não é brincadeira, tá legal?! Não é um jogo de sobrevivência. Estamos realmente em situação de vida ou morte, porque não conhecemos mais o mundo onde estamos! Não podemos confiar em nada e nem ninguém.

— Calma! Fica calma! Para de surtar um pouco. — Louis me repreendeu. — Foi a Lucy que de ofereceu para ir. Ela é quase tão teimosa quanto você.

— Vai ficar tudo bem. Nada vai acontecer. Relaxa. — Emily alcançou a garrafa de vinho. A reprovei com um olhar. Passei por ela dando um tapa na garrafa. Apenas ouvi a mesma se espatifar no chão.

— Estão achando mesmo que é uma brincadeira divertida. — Caminhei de volta para dentro. — Vamos ver como se saem cada um por si.

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S/n tá ficando chata?

por que vocês acham que s/n se importa tanto com a Lucy?

2/6

✓┊𝐀𝐑𝐂𝐀𝐃𝐄, 𝙻𝙾𝚄𝙸𝚂 𝙿𝙰𝚁𝚃𝚁𝙸𝙳𝙶𝙴Onde histórias criam vida. Descubra agora