2.0- A little hero

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UM ANO DEPOIS...

— Bom dia tia Grifinn. — Théo entrou na sala onde eu estava amarrada por correntes.

— Bom dia pequeno. — Sorri com as forças que me restavam.

— Eu ia trazer água, mas como você vai...bom...achei melhor não se molhar com ela. — Ele sorriu. — Eu trouxe um bolinho que roubei na mesa. — Ele fez uma careta e logo me alcançou o mesmo. — Preciso ir antes que me vejam aqui. — Por fim me abraçou e saiu correndo. Mal alcançava a maçaneta da porta.

Comi o bolo o mais rápido possível antes que aqueles monstros chegassem. Foi bem a tempo, logo entraram na sala. Eles me soltaram das correntes e puseram o típico pano em minha boca. Eu deveria me preocupar, mas já estava acostumada com o tratamento de choque.

Eles me arrastaram para fora da minha sala e me levaram até a outra. Me amarraram na cadeira e prepararam seus equipamentos, como se eu fosse um animal de verdade.

— Comece! — Alya mandou.

— Meu nome é S/n Griffin. Tenho dezessete anos...estou sendo punida por ser uma vadia filha da puta e nunca mais deverei quebrar as regras. — Repeti as palavras que tive tempo para decorar, já que visitava essa sala meio seguido.

Eles colocaram a máquina na minha cabeça e logo senti a eletricidade percorrer por casa mínima parte do meu corpo. Mordi o pano com força

— Repete! — Alya tirou o pano da minha boca.

— Meu nome é S/n Griffin. Tenho dezessete anos...estou sendo punida por ser uma vadia filha da puta e nunca mais deverei quebrar as regras. — Repeti. Ela enfiou o pano na minha boca de novo. E mais um vez ligaram a máquina. Dessa vez reprimi um grito.

— Mais uma vez. — Alya repetiu a sequência.

— Meu nome é S/n Griffin. Tenho dezessete anos...estou sendo punida por ser uma vadia filha da puta e nunca mais deverei quebrar as regras. — Falei agora com lágrimas escorrendo.

A loira enfiou o pano na minha boca por fim.

— Dêem três seguidos. — Ela falou para os caras e deu as costas saindo da sala. Assim foi feito. Torturaram-me por mais um longo dia.

[...]

— Tia Grifinn... — Théo entrou correndo na sala. — Você precisa ser rápida e forte. — Ele me alcançou uma chave e ficou pulando no lugar, em nervosismo, para que eu andasse logo. — Não temos muito tempo. Você precisa encontrar seus amigos lá fora. — Ele chacoalhava suas mãozinhas.

Soltei as correntes e Théo mexeu dentro do seu casaco.

— Toma. — Ele me alcançou um walkie-talkie. Peguei o mesmo da mão dele e tentei me levantar do chão.

— Vamos tia Griffin. Os homens vão vir. — Ele esfregou os olhinhos.

— Tudo bem, Théo. Levantei.

— Agora corre. — Ele me puxou pela mão, para fora da sala. Os caras vinham correndo ao longo do corredor e então eu e Théo corremos para o outro lado. — Quando você salvou seus amigos...— Théo suspirou por mal correr com duas pequena pernas. — Ficou um dos cartões no chão. — Ele me entregou. — Você só precisa entrar na sala e agora que eu tô grande eu cuido do resto. — Ele riu. — Mas que aventura!

— Por que está fazendo isso? — Perguntei. — Não pode ir comigo.

— Eu sei tia Griffin. Mas seu lugar não é comigo e sim com seus amigos. — Ele me puxou até sua altura, depositou um beijo em minha bochecha e me abraçou logo depois. — Eu amo você tá bom?

— Eu também amo você, Théo.

Abri a sala e entrei para a mesma. Logo Théo a trancou e ficou me olhando sorrindo. Tudo parecia um mar de rosas, até eu ver o pequeno caindo de joelhos no chão.

— Não! — Ruborizei ao entender o que tinha acontecido. Os homens vinham correndo atrás. Como podem atirar em uma criança? As lágrimas caíram involuntariamente.

— Tá tudo bem tia Grifinn. — Théo apertou o botão com seu pequeno dedo. — Está tudo bem. Nem todo mundo consegue ser um herói. É por isso que eles são bem pouquinhos. Por isso eu nunca devo ter conhecido nenhum.

— Você foi um herói, Théo. — Sorri. — Você foi o meu herói. Eu amo você. — Ele sorriu e logo apagou. — Meu bebê...— doía mais do que a última vez. Théo havia sido minha única fonte de amparo nesses últimos tempos. — MEU BEBÊ! — Esmurrei a porta vendo os seguranças de aproximando.

— S/n? — Uma voz feminina falou ao walkie-talkie. — Aqui é a Avani. Lembra de mim? Bom, eu e Théo viemos bolando esse plano a um tempo. É...eu acabei de abrir os dutos de ar, então não tenho muito tempo. Só quero que diga para Payton que ele foi um cara incrível enquanto esteve aqui. Por favor, fale de mim pra ele.

— Avani... Não! — Pedi. — Fecha os dutos!

— Já está feito. Vai encontrar seus amigos. — Ela desligou e logo a porta em cima se abriu. Eu nem acreditava. Subi ainda com dificuldade, mas saí dali, e me senti a pessoa mais vitoriosa do mundo por isso.

Fechei aquela tampa e me sentir na grama, por não conseguir andar direito. Eu mal me lembrava de como era aqui fora. Théo teria amado vir comigo.

Dia 419. — O walkie-talkie falou do nada. Lacrimejei desacreditada ao ouvir tal voz. — Espero que esteja bem. Não tem sido fácil por aqui, mas não vou desistir de você. Eu jamais faria isso. Se você pode me ouvir...Por favor responda. Espero que não tenha ido assim... não assim...

— Eu não fui a lugar algum! — Falei de volta.

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Só vim avisar que vai sim ter um final meloso, mas ainda assim acaba hoje

o Theo—😭

✓┊𝐀𝐑𝐂𝐀𝐃𝐄, 𝙻𝙾𝚄𝙸𝚂 𝙿𝙰𝚁𝚃𝚁𝙸𝙳𝙶𝙴Where stories live. Discover now