1.0- Sacrifices for the ones you love

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[...]

Às vezes precisamos fazer sacrifícios por quem amamos. Eu não tive a oportunidade de dizer, mas amava Louis Partridge, e embora tenha demorado pra aceitar isso...eu sabia desde o início.

Meu peito doía de uma forma angustiante. Eu sabia que a partir do momento em que aquela porta se fechasse, uma avalanche viria para cima de mim, mas eu precisava lutar por eles. Eu não queria que acabasse assim.

Continuei caminhando até a sala que Théo havia me falado. Entrei e fechei a porta. Tinha muitos aparelhos tecnológicos ali. Peguei alguns walkie-talkies e enrrolei na barra da blusa. Logo saí de volta. Espiei pela porta e o corredor estava limpo. Assim corri de volta, da forma mais discreta possível.

Voltei para meu quarto e joguei tudo em cima da cama. Ouvi um barulho no banheiro e julguei ser Louis. Sim, era. Eu não queria falar com ele agora, porque sabia que iria chorar. Eu tentava reprimir aquela coisa que estava sentindo, mas não descia. Na minha garganta parecia ter um nó e eu mal conseguia respirar direito.

— Oi. — Louis saiu com os cabelos molhado do banheiro. — Conseguiu? — Ele perguntou e eu assenti apontando para cima da cama.

Respirei o mais levemente que pude e consegui me normalizar.

— Distribua para alguns. Certifique-se de que você terá um. — Engoli seco. — Eu também vou ficar com um.

— Você está bem? — Ele se aproximou.

— Sim. Por que não estaria? — Eu ri.

— Porque você fica brincando com os dedos assim quando tá nervosa. — Ele apontou para as minhas mãos. Eu sequer havia percebido.

— Parece obcecado. — Brinquei e ele riu.

— Já deve estar escurecendo. — Insinuei já que não tinha visão lá de fora. — São sete horas já.

— Posso ficar aqui de novo? — Louis fez uma cara de cachorro abandonado e eu ri.

— Pode. Eu vou tomar um banho. — Murmurei entrando para o banheiro.
T

ranquei a porta e me escorei na mesma, caindo em lágrimas.

Eu sei que as vezes precisamos abrir mão de algumas coisas, mas eu nem sempre estive preparada pra isso. Meu pai me criou com a ideia de que um líder daria sangue e alma pelo povo, mas tudo o que eu queria era um colo pra deitar e inundar o mundo de tanto chorar enquanto contava meus problemas e recebia um carinho na cabeça. As coisas não funcionam assim, e agora eu perderia todos os meus amigos para que eles se encontrassem. Eu precisava ser forte.

Não quero me vitimizar, mas dói. Eu vou ir até o fim com isso mesmo que me quebre por inteira.

Suspirei assim que não tinha mais nada pra chorar. Assim entrei para a banheira e desejei com que ela me engolisse e cuspice em um mundo cor de rosa.

[...]

— Boa noite meu anjo. — Louis beijou minha testa.

— Louis...— Eu até tentei. Ele lançou seu olhar para mim rapidamente. — Me acorde as cinco por favor. — Ele refez suas expressões faciais. Burra!

Ficamos quietos por um bom tempo. O suficiente para eu já ter dormido.

— Eu amo você. — Louis cochichou passando seus dedos entre meus cabelos.  — Amo muito. Espero que me desculpe por ser um babaca. Vai dar tudo certo agora. Vamos ser feliz. Vai dar certo. — Ele murmurou baixinho, me fazendo encher os olhos de lágrimas. Ainda assim não deixei com que sequer nenhuma caísse.

✓┊𝐀𝐑𝐂𝐀𝐃𝐄, 𝙻𝙾𝚄𝙸𝚂 𝙿𝙰𝚁𝚃𝚁𝙸𝙳𝙶𝙴Where stories live. Discover now