1.0 - 𝘄𝗵𝗼 𝘁𝗼 𝘁𝗿𝘂𝘀𝘁?

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A mulher aplicou anestesia e depois costurou o meu braço, e eu bem tinha percebido que precisava de pontos. Logo ela pôs um curativo e falou um monte de baboseira sem sentido. Ela me convidou para conhecer o lugar em que estávamos.

A loira deu as costas e saiu. Lancei meu olhar para o garotinho que estava ali e ele balançou a cabeça em negação. Seus olhos azuis pareciam tão amedrontados.

Antes de seguir Alya, peguei um bisturi que estava em cima de sua mesa. O escondi na cintura da calça que usava e caminhei junto dela.

— Esse bunker foi criado na intenção de proteger todos da radiação. A brilhante ideia veio de Michael Griffin. Seu pai. — Ela finalizou parando em frente a um quadro do mesmo na parede. — Ele foi um grande homem para a sociedade.

— Por quê ele faria isso? — Perguntei sem entender.

— Para tentar proteger os que ficaram. Não era algo certeiro, mas a ida de vocês para o espaço sim. — Ela continuou caminhado. O barulho de seus saltos ecoava pelo corredor claro e vazio. — Tivemos muita sorte. Somos a segunda geração. Quase a terceira. Temos algumas pessoas aqui ainda que venceram conhecer o seu pai, mas a maioria não.

— Por que usam aquelas roupas?

— É para nos proteger da radiação. Nascemos e crescemos aqui, portando qualquer interação com o mundo lá fora seria mortal. A radiação que estava em vocês não era prejudicial aos seus corpos, mas para nós - mais frágeis - sim. — Amansou deu olhar. — Quer trocar de roupa para ver seus amigos? Venha. — Continuou andando e eu também.

Caminhamos até uma das várias salas ali. Entramos e ela abriu um imenso closet com várias peças de roupas.

— Fique a vontade para escolher qualquer roupa. — Ela sorriu. — Te espero do lado de fora. — Eu assenti e a observei sair da sala.

Escolhi roupas simples mas colaborativas. Uma camiseta preta de manga longa e golas altas, uma calça jogger também preta e uma bota coturno tratorada sem salto. Escondi o bisturi novamente e segui ao encontro da loira.
Ela me levou até algum tipo de salão de festa onde não estavam somente meus amigos, mas sim muito mais pessoas.

— Fique a vontade. — Alya disse antes de sair de volta. Apenas a observei partir.

Logo achei Louis e Lucy conversando em um canto afastado. Não estavam todos os outros ali, mas a maioria sim. Thomas, Emily, Jack e Cylia brincavam em um canto. Millie, Finn, Caleb e Noah conversavam sentados em um grupo, nos sofás que estavam ali.

Me aproximei de Louis e Lucy, porque eram os que estavam mais perto.

— S/n. — Louis me abraçou rapidamente e soltou um suspiro de alívio. Olhei sem reação para Lucy que ria atrás de Partridge. Logo correspondi seu abraço com receio. — Pensei que eles tivessem te matado.

— Estamos preocupados com esse lugar. — Lucy olhou ao redor. — Parece perfeito demais para mim.

— A quanto tempo estamos aqui? — Perguntei.

— Três dias.

— Eu fiquei apagada por três dias? — Olhei apavorada. Eles assentiram.

— Pensamos em ir te procurar nesse tempo, então demos uma boa analisada em muita coisa pra saber como fazer isso. Como por exemplo...o quanto essas pessoas são estranhas. — Louis olhou com cara feia para o pessoal.

— Parecem normais pra mim. — Dei de ombros.

— Confia neles?

— Eu não disse isso. — Esclareci. — Eu só estou cansada de tentar sobreviver, acho que deveríamos aproveitar e relaxar.

— É sério isso? — Lucy e Louis me olharam indiferente.

— É claro que não. — Observei ao redor. — É o seguinte. — Me aproximei deles. — Tem velas por cima da mesa de comidas e uma toalha de pano. — Assim que falei eles olharam. — Também tem alarmes de incêndio aqui e normalmente eles levam cerca de 3 minutos para pararem de tocar.

— E o que tem?

— Temos três minutos para sairmos daqui sem ninguém perceber. Precisamos saber onde estamos. — Concluí.

— Em que momento você teve tempo para observar tudo isso? — Lucy fez uma careta. — Eu estou aqui a três dias e não tinha percebido os alarmes de incêndio.

— E se der errado? — Louis perguntou apavorado.

— Eu tenho um bisturi na barra da calça. Cerca de oitenta por cento das pessoas aqui usam colar no pescoço, é só usar pra sufocar. Mas não vai dar errado.

Louis e Lucy ruborizaram me olhando.

— Eu tô começando a ficar com medo dela. — Lucy olhou para Louis. Revirei os olhos indo até a mesa. Derrubei uma das velas sem dar muita percepção e foi em pouco tempo que a chamas tomaram conta. O local virou um caos assim que o alarma disparou e a água começou a cair. Louis, Lucy e eu imediatamente saímos de mansinho.

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eu amo o jeito que a s/n é inteligente e também o jeito que ela é surtada e simplesmente acaba com tudo em cinco segundos

eu tô amando esse trio ༎ຶ‿༎ຶ

o Louis com medo da s/n ter morrido é tudo pra mim—

tô feliz sabendo que as crônicas de Nárnia vai ganhar novos filmes e uma série ಥ‿ಥ

amanhã tenho aula e tô com cinco trabalho pendentes

Enem é tão importante assim?

✓┊𝐀𝐑𝐂𝐀𝐃𝐄, 𝙻𝙾𝚄𝙸𝚂 𝙿𝙰𝚁𝚃𝚁𝙸𝙳𝙶𝙴Where stories live. Discover now