E eu quero beijar você, fazer você se sentir bem Estou tão cansado de dividir minhas noites Eu quero chorar e eu quero amar Mas todas as minhas lágrimas foram desperdiçadas Em outro amor, outro amor Todas as minhas lágrimas foram desperdiçadas Em outro amor, outro amor Todas as minhas lágrimas foram desperdiçadas.
▹ Another Love |Tom Odell
[1.874 palavras]
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Não consigo acreditar no que vi, não posso e não quero! Adrien é diferente, não deve ter feito isso à toa. Chloé gosta de brincar com as pessoas, com os sentimentos delas. Aquela garota deve ter induzido ele a fazer isso, ou algum mal-entendido está acontecendo aqui.
— Precisamos fazer alguma coisa Nino, pense! — Alya me pediu olhando com a ansiedade corroendo pelas unhas.
Toda vez que fica nervosa, ou algo foge dos eixos, ela escolhe roer as unhas até que elas estejam só a carne-viva. Já tentei ajudá-la a mudar isso, até porque depois sou eu que fico a escutando se lamentar por elas, mas ela se mantém na mesma mania.
— Já sei, vou falar com o Adrien de novo e tentar descobrir o que está acontecendo realmente. — sugeri afastando seus inquietos dedos de sua boca.
Elas já estavam bem pequeninas, assim como todos os outros dedos que já roeu. Conheço as suas manias tão bem quanto os seus hábitos ruins, e Marinette também sabe, mas pela maneira que a Dupain-Cheng anda ocupada, Alya costuma conversar mais comigo.
— Certo! — disse prontamente. — Depois você me diz como foi, ok? — deu-me as costas antes de respondê-la.
— Ah, obrigada Nino, você é meu herói. Acho que seria bem melhor. — alego vendo que ela me encara de relance com as sobrancelhas erguidas. — Não? Ok. Pode deixar. — sorrio encerrando o plano.
Ela gargalha.
Traçamos nossos caminhos por direções opostas. Enquanto ela ia até a estação de metrô, e de lá iria direto para sua casa, eu vou em direção à mansão dos Agreste. Vou tirar essa história a limpo! Aperto o botão vermelho perto do enorme portão metálico, a secretária Nathalie me atende com sua voz monótona e calma, mas os portões continuam lacrados.
— Sou o Nino Lahiffe, preciso falar com o Adrien... Ah, sobre uma tarefa do colégio. — minto, disfarçadamente conto a Alya, pelo celular, que consegui entrar na fortaleza protegida.
Os rapazes brincam que Adrien mais parece a Rapunzel, a princesa presa numa torre, mas infelizmente tenho que concordar com eles. O garoto fica preso dentro de casa e só sai para fazer sua aula de esgrima ou tirar fotos como modelo. Seu pai é como a mamãe Gothel, que não permite que ele saia ou faça algo que ele não tenha projetado.
Viver assim é tão... Sufocante.
O Gorila, apelido que Adrien deu ao motorista da família – e seu guarda-costa – me encarou de canto quando entrei na mansão, e antes de começar a subir o lance de escadas seu olhar rígido se aperta bem mais desconfiado.
