Pegue tudo, arranque nossas memórias da parede, todas as coisas especiais que comprei Elas não significam mais nada para mim. Mas para você, elas eram tudo que éramos Elas significavam mais do que cada palavra Agora eu sei exatamente pelo que você me ama, hmm.
▹ Diamonds | Sam Smith
[2.039 palavras]
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Nathan me chama estalando os dedos em frente ao meu rosto.
— Marinette? Marinette, acorda!
— Hã... Ah sim, só estava me relembrando. Parece que foi há um século atrás. — sorrio, esfregando as pálpebras.
Ele retribui com um sorriso de canto, estávamos naquela bolha de aconchego e conversas estranhas quando percebo mais à frente, no chafariz da praça, um modelo tirar fotos junto de seu fotógrafo chamado Vincent.
Adrien Agreste.
O loiro nos reconhece de longe e nos cumprimenta com seu chapéu combo na cabeça, feito por mim em um concurso escolar de melhor criação criativa. O meu chapéu combo. Aquela apresentação veio com a célebre presença de Gabriel Agreste... Claro, não foi exatamente com a presença dele e sim com Nathalie e seu tablet nas mãos e o rosto imparcial do designer nele.
Eu o ignoro. Desvio o olhar me encontrando nos oceanos tranquilos de Nathan que me encarava surpreso, o modelo percebe e espirra por causa dos pombos que pousavam no chão, sua alergia contra esse animal é bem forte. Isso prejudica algumas fotografias e resulta no fotógrafo bastante chateado.
— Não, não e não! Você! — Vincent aponta o indicador para o modelo em reprovação. — Vá tomar um antialérgico imediatamente! Ah, temos pouco tempo para tirar essas fotos, seu pai irá ficar tão frustrado. — dizia o homem que segura a câmera dramaticamente.
— Certo, não se preocupe. Eu já volto. — responde o garoto em um misto de cansaço e alívio. Ter alergia à penas não ajuda muito quando vai tirar fotos justamente em locais públicos, para a sorte dele eu fiz penas sintéticas.
— Nathaniel, vamos para outro lugar, que tal uma sorveteria aqui perto? — sugiro rapidamente, quase me engasgo com minhas próprias palavras no processo, e seguro sua mão me levantando.
— O quê? Por quê? — pergunta sem ao menos se mexer de onde sentava, minhas tentativas de tirá-lo dali foram nulas.
— Oi gente! Atrapalho algo? — cumprimentou o loiro devidamente com seu jeitinho simpático.
— Oi... — dissemos em uníssono.
Nathan foi mais educado, mas não desmentiu a antipatia em seu olhar, diferente de mim que tentava disfarçar o nó na garganta a todo custo. Meu rosto refletia o que eu guardava também, é difícil esquecer o que aconteceu hoje cedo, já Nathaniel está impassível, ele é bom em esconder os seus sentimentos. Fico me perguntando quais pensamentos devem passar por aquela cabeça.
