Capitulo 31 - Emily.

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Capitulo 31 – Emily.

Burra, burra, burra!

Como eu sou burra.

Entro no chuveiro me condenando por ser tão idiota.

Isso nunca ira dar certo.

Como eu posso pensar nesta possibilidade tendo um Ogro da maior espécie ao  meu lado.

Por mais que tente isso já é um caso perdido.

Ele nunca saberá entender o que passei e a cada vez que algo não sair como ele quer ira passar as coisas na minha cara?

Como eu vou conviver com alguém bruto assim.

De que adiante me dizer tantas coisas lindas e derrepente me tratar como lixo.

Olho-me no espelho e vejo que terei que passar uma boa maquiagem antes de descer porque com certeza Cecília e a minha mãe iriam perceber minhas olheiras.

Saio do banheiro ainda pensando nas palavras dele.

Assusto-me com a imagem de uma Cecília com cara de poucos amigos sentada na cama.

-Oi – ela diz, mas não espera minha resposta – o que aconteceu pra o meu irmão estar naquele estado e você com essa cara de “o mundo esta acabando”. E não é a “Dona Cecília” que esta falando, mas sim a irmã do Vitor e sua cunhada, eu acho. Desembucha logo Emily.

-Dona Cecília...

-Cecília. Me chama de Cecília, cunhada.

-Cecília. Em primeiro lugar eu não sou sua cunhada!

-Ainda – ela me interrompe.

Suspiro e continuo.

-Não sei o que ele te disse, mas eu definitivamente não me interesso em saber como ele esta neste momento. Ele é um Ogro e não sei como me permiti me envolver com ele. Um imbecil de marca maior, um louco que vai me levar junto para o sanatório logo, logo, se eu não me mantiver distante. Droga, eu sou uma burra de me deixar levar por ele...

Só então olho para ela e percebo o sorriso em seu rosto.

O que eu estou falando.

Ele é meu chefe.

E ela a Irma dele.

Que é chefe da minha mãe.

-Calma, o Ví já me contou por cima o que ta rolando entre vocês. E eu estou radiante com essa historia. Desculpa-me o modo como falei com você. Mas eu subi a escada e ele estava sentado no chão do corredor chorando e isso abala minhas estruturas.

-Ele estava chorando...

-Estava. Tentei falar com ele e ele só me disse que tinha feito merda e entrou no quarto dele. Então me diz o que aconteceu?

-Não quero falar sobre isso Dona... Quer dizer Cecília.

Sorri sem graça.

Ela me olha com cara do tipo “Só saio daqui depois que me disser” e desabafo.

-Nos estávamos conversando e discutimos, mas não me pergunta por que.

-Emily, eu não quero me meter no que quer que esteja acontecendo entre vocês. Mas eu queria que soubesse que ele abdicou do direito a viver a própria vida e ser feliz quando mais novo, pra se dedicar a minha mãe e a mim. Quando ele achou que tudo estava bem e começou a tentar ser feliz e ter uma família só dele a desgraça foi maior ainda. Eu sei que ele não é um santo e sabe como ninguém ser tão delicado quanto um elefante. Mas ele só é duro assim com as pessoas porque a vida foi muito dura com ele.

-E comigo ela foi fácil Cecília?

-Eu sei que não, mas você sempre teve pessoas ao seu lado pra te ajudar e ele nunca teve ninguém para se apoiar, pois ele era o apoio da família em todos esses momentos. Ele tinha que ser forte. E quando ele precisou de apoio e minha mãe foi ao seu encontro pra ajudar ela sofreu o acidente e tudo piorou...

-Isso não da o direito dele me falar o que quer...

-Não, não da. Mas mostra que ele não é perfeito. E que da mesma forma que ele esta tentando te apoiar e aceitando cada consequência desta relação de vocês. Você também pode entender os motivos dele ser tão duro e tentar ajuda-lo a se tornar mais humano. Eu nunca vi tanto amor nos olhos do meu irmão Emily. Quando ele te carregou escada abaixo eu senti a paixão que há entre vocês. Os dois foram machucados pela vida. Não ache que a sua dor é maior que a dele. O ajude-o a ser melhor.

Ela se levanta e me abraça.

Fica de frente para mim e segurando minhas mãos nas dela me diz:

-O amor que eu vi nos olhos do VÍ, era refletido nos seus. A cura da dor dos dois esta nesse amor. Mesmo passando por tudo isso que você passou essa semana, vi felicidade nos seus olhos enquanto almoçávamos. E não me lembro de quando foi que eu vi o Ví tão bem como hoje ao seu lado. Não deixa essa chance passar. Pode ser a única chance dos dois encontrar a felicidade.

Ela me da um beijo no rosto e sai do quarto me deixando em lagrimas.

Será?

Ai meu Deus o que fazer?

Eu não sei como ler os sentimentos dele.

E ouvir o que ela me dizia fez meu coração bater tão forte que pensei que da sala daria para ouvir.

Se o que ela me diz é verdade, e ele realmente gostar de mim tanto assim, pode ser que de certo.

Ou será que é melhor nem tentar, me apaixonar e viver um amor louco e impossível que só me fará sofrer.

Ai que duvida cruel!

Porque meu Deus, tudo comigo tem que ser mais difícil?

Respiro e vou me arrumar pensando nas palavras da Cecília.

Penso nas palavras do Vitor.

Que merda!

Penso, penso, penso...

Ah, quer saber?

Já tomei minha decisão.

E seja o que Deus quiser.

Saio do quarto, decidida a dar um rumo em tudo que esta acontecendo.

Desço a escada e vejo minha mãe e Cecília no sofá.

-Cadê o Vitor? – pergunto assim que coloco o pé no ultimo degrau da escada.

-Ele saiu filha, você esta bem?

-Sim mãe. Mas, ele saiu pra onde essa hora?

-Não sei onde ele foi, mas ele passou com uma cara de poucos amigos e disse que não vai jantar em casa hoje.

Ouvir aquilo que a Cecília disse só me fez ter mais certeza da minha decisão.

De hoje não passa, isso ira se resolver.

Nem que eu tenha que montar uma barraca na porta do quarto dele.

***************

Agora será que vai?!?!

Emily decidida e um Vitor revoltado. 

O que será que vai dar... Ja volto com a resposta.

Bjussssss

PS: estrelinhas sempre bem vindas e seus comentarios me inspiram meninas.

Uma Chance a FelicidadeWhere stories live. Discover now