Capítulo 47 - Emily

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Capitulo 47 – Emily

** Emily **

O começo de uma nova vida...

O sorriso cúmplice de minha mãe revelando "sem querer" que na verdade estava deixando a minha princesinha arrumadinha.

Para nós levarmos, nosso pacotinho de felicidade pra casa...

Enquanto trocávamos este olhar cúmplice e a Carol tentava repreender minha mãe por revelar a surpresa, escuto o celular do Ogro tocar.

-Pega aqui no bolso pra mim, morena.

Ele fala com as mãos cheias de sacolas e malas.

Não imaginava que havíamos trago tantas coisas...

Mas, receio que a maioria seja o fruto de um certo Ogro louco que cada dia que vinha os visitar trazia sacolas e sacolas com tudo que via nas lojas e achava que poderíamos gostar.

-Numero desconhecido.

Falo ainda em meio ao sorriso de lembrar o quanto meu Ogro esta "fofo" nos últimos dias...

-Atende pra mim, por favor.

-Alô...

Foi só o que consigo falar antes do meu mundo desmoronar de vez.

-Mas olha se não é a Gatinha linda, que prazer em ouvir novamente essa voz mansa e gostosinha... Saudades dos seus gemidos... Mas essa saudade não vai durar muito, estou na casa Red Comet, joga em algum GPS e vem. Nem preciso dizer que você deve vir SOZINHA. Afina você já sabe o que sou capaz de fazer com alguém do seu tamanho, imagina com uma coisinha tão pequena quanto essa mini delicinha de boquinha rosada neh... Se você não aparecer dentro de uma hora nunca mais vai ver essa coisinha pequena, e ela terá muito que te agradecer pelo futuro de merda que ela vai ter por sua culpa... Mas se aceitar fugir comigo, você podera criar e dar uma vida perfeitinha pra ela, enquanto eu me distraio com você.

Desespero, agonia...

Esses momentos se repetem em minha cabeça e as palavras dele não param de se repetir...

E volta a lembrança de minutos atras, mas que parecem ter anos que acontecerão.

Aquela mesma sensação da boate, de ouvir as palavras dele e não conseguir impedir que nada aconteça.

De não conseguir me mexer nem pensar...

Um torpor no corpo, que me toma com um medo terrível do que esta por vir.

Não consigo parar de pensar que eu deveria estar sozinha... Mas como...

Não consigo pensar e as palavras saem da minha boca sem parar, já não sei se são apenas murmúrios meus ou as orações da minha mãe que escuto...

Quando digitei o nome do local no celular do Vitor não sei o que estava pensando...

Quero a segurança dele ao meu lado, mas conheço o modo como ele age em desespero e não sei se ele deveria estar aqui ao meu lado.

Não consigo pensar.

E de repente desperto de meus devaneios com uma freada brusca em um lugar escuro e estranho...

Não tenho tempo de entender onde estou, quando sou surpreendida pelo Vitor me rebocando pra dentro do lugar.

Não sei em que momento vim parar aqui, mas me vejo de frente a um palco e só então consigo reconhecer a loira no palco.

Helena.

Ela esta com dois homens.

Ela... Esta com dois homens fazendo...

Coloco as mãos na boca.

-Que caralho é esse?

Quando escuto Vitor gritar, olho ao redor e me dou conta do lugar que estou.

Tento dar um passo para trás e fugir dessa cena que me faz ter visões de um passado sombrio, as lembranças de vários homens a meu redor me tomam e no desespero me viro para sair correndo.

Bato de encontro a um homem que segura meus ombros e quando olho para cima perco totalmente o chão.

-Você... - é a única coisa que consigo dizer ao reconhecer aquele meio sorriso que me encantou tanto no meu aniversario, mas que me atormenta nas noites quando fecho os olhos e lembro para onde me levou.

-Oi gatinha, bem vinda ao meu mundo. Alias, já que você esta aqui agora será seu mundo também neh... Me segue caladinha e pode deixar que o meu amigo ali, vai cuidar do seu acompanhante. Por sinal, acho que me lembro de avisar que você deveria estar sozinha, certo?

Senti apenas uma segunda mão me arrastando pelo outro braço enquanto ele me levava para a lateral do palco.

-Vou te mostrar que não é uma boa idéia me desobedecer...

Dou uma ultima olhada na direção do Vitor e vejo-oele ser arrastado por três homens. Ele me olha com aquele olhar de fera enjaulada enquanto vejo um dos homens com algo prateado na mão o empurrar.

-Meu Deus... – sussurro em desespero.

-Aqui Deus não entra minha Gatinha, aqui será o inicio do seu inferno...

Aquela gargalhada arranca de mim a ultima esperança de felicidade.

As lagrimas me tomam.

Não consigo subir os degraus, e sou jogada no chão.

-Boa noite senhoras e senhores... E agora, um show especial pra vocês, vamos encenar um estupro aqui no palco com essa gatinha linda e deliciosa, mas eu garanto, no final ela vai gostar...

Aplausos e gritos de euforia me despertam.

E só então me dou conta que estou no palco caída.

E a minha frente, na primeira cadeira esta o Vitor sentado com um homem em cada lado, atrás dele o cara com a arma, sorrindo e me mostrando que esta pronto para atirar caso eu não obedeça ou o Vitor tenha alguma reação.

-Você vai ser uma boa menina hoje Gatinha, ou seu namoradinho vai sair daqui, em uma caixa de madeira, enquanto levo sua filhinha embora... E te deixo aqui, inteirinha, pra curtir o resto da sua vida essa sensação BOA, de ser culpada pela morte dele e o futuro dela...

Enquanto ele sussurrava em meu ouvido via meu mundo desabar.

Gargalhando ele estende a mão para o lado e ajuda a loira a subir no palco. Enquanto mais dois marmanjos a seguem.

Não são os mesmos que estavam com ela antes, mas não consigo pensar em nada.

Apenas sinto a tapa no rosto e a pele arder.

-Helena!

Me desespero com o grito do Vitor.

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Oieeeeee

Voltando apos um loooongo tempo.

Motivos milhares.

Incluindo o fato de ter perdido o acesso a minha conta,

havia desistido e do nada consegui acessar apos anos de ter excluido o aplicativo da minha vida...


Mas com o mesmo carinho de sempre estarei finalizando o livro.


Ebaaaaa... 

A todas meu muito obrigada pelo carinho e espera. 

Beijão....


Uma Chance a FelicidadeWhere stories live. Discover now