Capitulo 37 - Emily.

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Capitulo 37 – Emily.

Acordo confusa e sentindo falta de algo na cama.

Ao me virar descubro que estou sozinha no quarto e uma rápida olhada na janela constato que à tarde já esta acabando e que a noite se aproxima.

Uma leve batida na porta e quando olho minha mãe entra com uma bandeja nas mãos.

-Já esta acordada filha, que bom, trouxe um lanche para você. Depois do almoço acabei me perdendo no tempo ajudando a Cecília a arrumar as malas e quando ela partiu acabei cochilado no sofá. Se não fosse o Vitor ser tão atrapalhado não teria acordado tão cedo.

-A Cecília foi embora?

-Sim filha, o Senhor Antonio ligou avisando que viria buscá-la hoje. E que não ficaria aqui, que ela deveria estar com as malas na porta esperando por ele. Não sei muito bem o porquê, mas uma vez ela me contou que o santo dele não bate com o do Vitor, creio que por isso não quis nem entrar.

-Entendo. Mas porque disse que o Vitor é atrapalhado e te acordou?

Ela abaixa o olhar e suspira antes de me encarar e começar a dizer.

-Ele derrubou umas caixas e papeis que estavam dentro da gaveta e armário da estante da sala, enquanto procurava a carta que aquela mulher doida trouxe e que a Cecília havia escondido.

Na mesma hora que as lembranças voltam e que entendo a importância destas cartas me sento na cama e olho com mais atenção nos olhos da minha mãe.

-E ele achou as cartas?

-Sim filha. E está trancado no escritório há quase uma hora. Segurei-me por um tempo depois fui à cozinha preparar um lanche pra ele. Chamei na porta, mas ele disse que não estava com fome. Voltei à cozinha e deixei tudo encaminhado e quase pronto pra o jantar. Mas não agüento mais. Algo me diz que assim que você terminar este lanche é melhor ir falar com ele e saber o que esta acontecendo naquele escritório.

Naquele momento descobri que tenho a capacidade de engolir um pão quase inteiro, por que mastigar nem lembrei na pressa de correr até ele.

Levantei-me e sai com o coração na mão me dirigindo ao escritório.

Passei na cozinha e peguei o lanche no microondas que minha mãe havia feito para ele.

Parei de frente a porta e respirei fundo antes de bater.

Não sei o que me espera lá dentro, mas creio que aquela tempestade que estava pressentindo esta prestes a desabar na minha cabeça.

Bato na porta e ele não responde.

Aguardo.

Bato novamente e ele grita.

-Não estou com fome, sei onde é a cozinha. Deixa dentro do microondas depois eu pego.

Acho que a tempestade chegou.

Modo Ogro ativado.

Bato novamente.

-Vitor. Sou eu. Abre por favor.

Ele não responde e fico ali parada pelo que me pareceu ser quase um ano.

Quando já estava pensando em pedir um bolo de aniversario em comemoração pelo tempo ali plantada, escuto a trava da porta.

Ele abre a porta e me encara com uma cara péssima e testa franzida.

-Morena não estou com fome. Podemos conversar depois? Esse não é um bom momento.

Apesar da cara amarrada ele não me parece tão mau como havia imaginado.

Uma Chance a FelicidadeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora