Capítulo 40 - Emily.

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Capitulo 40 - Emily.


Só eu sei a dor que carrego em minha alma.

Só eu sei o quanto me doeu dizer aquelas palavras pra ele.

Só eu sei o quanto meu coração se despedaçou ao ouvir o silêncio que minhas palavras causaram.

Meu mundo ali se destruiu totalmente.

Ali naquelas palavras destruí a felicidade que tanto sonhei.

A felicidade que encontrei ao lado dele.

Fico ali destruída na recepção deste hospital enquanto aguardo a internação.

Não seria fácil segurar o meu Ogro rebelde na recepção por muito tempo.

Sei que os próximos dois meses serão decisivos para minha princesa.

Não posso permitir que ela sofra.

Não posso correr o risco de ter um parto prematuro e tornar ainda mais difícil a chegada dela a este mundo.

Nunca poderei esquecer os dias, noites, semanas, meses de amor que vivi naquela casa escondida.

Nunca esquecerei de olhar o lago da janela do quarto abraçada a ele.

De sentir ele me abraçando por traz enquanto admirava aquela paisagem linda.

Sentir seu cheiro enquanto enterro meu rosto em seu pescoço antes de dormir.

Hoje sei que a felicidade existe.

E mesmo que ela não esteja reservada pra mim, sei onde ela mora.

Nas minhas piscinas azuis, as mesmas que me mostraram o amor e o carinho escondido em um homem duro e sofrido.

Um homem que se abriu para o amor.

Que se abriu para viver esse amor comigo.

O mesmo que me fez sentir medo me fez saber o que é estar protegida.

O mesmo que me fez sentir raiva me fez saber o que é alegria.

O mesmo que me fez saber o que é ciúmes me fez saber como é bom ser especial e única.

Nunca poderei explicar como, onde e quando o amor nasceu em mim ou nele.

Ele simplesmente surgiu com uma força tão grande que derrubou as armas que nós dois havíamos erguido para fechar nossos corações e não correr o risco de sofrer novamente.

E ali naquela ligação todo este mundo perfeito veio a baixo.

Destruído.

Acabado.

Não sei quem sai mais ferido nesta batalha.

Uma batalha sem vencedores.

Uma batalha perdida para os dois.

Uma derrota.

-Emily Chagas!

O chamado da recepcionista me arrasta de volta a realidade.

-O Dr. vai atende-la. Siga-me, por favor.

Sigo calada pra o meu endereço nos próximos dias, semanas e se tudo der certo meses.

Minha mãe apenas empurra a cadeira de rodas me levando.

A Carol apenas carrega minha bolsa com uma cara de poucos amigos.

Até agora ela ainda não entendeu muito bem o que aconteceu, mas como a amiga que é, entende e sabe que neste momento eu apenas preciso de companhia.

Uma Chance a FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora