Uma Chance a Felicidade

Capitulo 12 - Vitor

Capitulo 12 – Vitor.

Percebi que ela estava desacordada quando parou de gemer de dor a meu lado.

Aquilo me desesperou e nem sei a qual velocidade chegamos ao pronto socorro.

Só sei que pra mim durou uma eternidade.

Lembrei-me da gravidez da Ana e de todo perrengue que sofri com ela quase perdendo a nossa pequena.

Doía-me lembrar, mas me doía mais ainda olhar pro lado e ver a Emily ali vivendo a mesma situação. Sozinha.

Porra ela tá grávida!

O que a Cecília estava pensando?

Será que ela sabia?

E cadê o pai dessa criança?

Será que ela estava fugindo dele, por isso o olhar de medo...

Nem sei mais o que pensar...

É agoniante esperar aqui fora sem saber o que acontece lá dentro.

Uma enfermeira me chama e pede pra segui-la.

Ela me leva a uma recepção onde me pedem pra fazer a ficha da Emily.

Vou até o carro e pego a bolsa dela, que peguei antes de sair em disparada.

Nossa, se não tomar cuidado vou perder um braço aqui dentro... Ela carrega de tudo menos os documentos...

Uffff... Achei uma carteira.

Abro pego o RG e entrego a recepcionista.

Enquanto ela preenche os dados que faltam, olho dentro da carteira – eu sei é ridículo, mas não resisti – e vejo algumas fotos.

De um senhor e uma senhora, que devem ser seus pais.

E de um rapaz... Deve ser o pai da criança.

Sinto vontade de rasgar a foto, o imbecil a deixou sozinha, e grávida.

Volto pra sala da espera da emergência e após um algum tempo – que me pareceu uma eternidade - o medico me chama.

-Acompanhante de Emily Chagas? – me levanto e ele me pede pra segui-lo.

Leva-me a uma sala grande com vários leitos e me indica o que ela esta.

-Ela ainda esta desacordada? – pergunto.

-Não, demos apenas um calmante, ela esta dormindo. Ela e o bebê estão bem, não se preocupe. Vamos leva-la pra fazer um ultrassom, como ela disse que ainda não fez nenhum o chamamos para que possa acompanhar e ver seu filho. Já volto. – ele sorri e sai sem me dar à chance de corrigi-lo.

Vou até ela e pego em sua mão. Ela abre os olhos de mel e me olha.

-Me desculpe, eu não... – antes que ela continue a interrompo.

-Shhhh... Não se preocupe. Apenas vamos nos concentrar em cuidar do bebê e depois conversamos. – ela tenta sorrir, mas seus olhos estão tão tristes que não correspondem.

Continuo segurando sua mão e ela volta a fechar os olhos.

Mesmo com os olhos fechados uma lagrima escorre no canto.

Toco seu rosto pra seca-lá porque sei a dor que deve estar sentindo com o medo de perder o bebê.

Ela abre os olhos e me encara, mas antes de dizer qualquer coisa o medico chega com uma enfermeira e uma cadeira de rodas.

- Deixa comigo. - falo

E antes que ela tente se levantar, me vejo com ela no colo a colocando na cadeira, percebo que a camisola do hospital que ela usa esta mostrando muito de suas pernas e a cubro com o lençol.

O medico e a enfermeiro se olham e sorriem.

Quando chegamos à sala de ultrassom a pego novamente no colo e a coloco na maca cobrindo suas pernas novamente.

-Meu nome é Dr.Ramires, como já falei esta tudo bem com você e o feto, mas vamos fazer um ultrassom transvaginal apenas pra confirmar meu diagnostico. Coloque as pernas no suporte Emily – ele se vira e abre um preservativo. Sei como é este exame, pois sempre acompanhava a Ana.

Mas me senti incomodado vendo que outro homem iria tocar nela.

E no momento em que olho pra ela, ela apenas olha pro Dr. Ramires, esta pálida, com os lábios tremendo, ela suspira alto tentando se controlar e diz:

-Não pode ser pela barriga mesmo, eu não... Não... Não gosto de ser tocada...

Se achei que o choro do dia do beijo havia sido desesperado, era por que não tinha visto este.

Ela simplesmente não se controla e chora, soluça, se engasga e me teta se levantar quase caindo da maca.

Eu corro e a seguro, a puxo pra que sua cabeça encoste em meu peito e apenas a abraço.

O medico olha de pra mim e pra ela como que me perguntando o que acontece.

Eu simplesmente a abraço.

Que Porra é essa?!

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Estrelinhas, estrelinha e mais estrelinhas amorecos... bjus