Capítulo 39 - Vitor Parte I

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Capitulo 39 – Vitor.

Minha paciência literalmente acabou quando perguntei pela milésima vez e a veada da atendente da recepção me disse que iria verificar e continuou com a aquela bunda murcha sentada no caralho da cadeira e não moveu nenhum dedo para realmente ir buscar alguma informação da minha Morena.

Dei um murro na mesa em que ela estava sentada e falei.

-Dá pra ser agora ou ainda terei que esperar muito pra você ir ver se tem alguma informação pra me passar?

-Senhor Carvalho...

-Senhor uma porra! Ou você vai agora ver o que esta acontecendo ou eu mesmo vou. Mas te garanto que a porra do seu emprego estará certamente em risco.

-Um momento, por favor.

Ela disse enfiando o rabinho no meio das pernas e se dirigindo para as portas que a pouco minha morena tinha entrado e que me impediram de acompanhá-la.

Meu coração desde este momento bate com uma dor terrível.

A dor de quem está preocupado com a maior e única razão dessa droga de vida.

Fecho os olhos e apoio o cotovelo na parede branca. Apoio a cabeça nas mãos e ali respiro pesadamente para tentar me acalmar.

Não entendo o porquê essa agonia e angustia no peito.

Tudo vai dar certo, tudo tem que dar certo.

Neste momento me sinto amarado.

Dividido entre querer ficar aqui com minha morena e constatar que tudo esta bem com ela e nossa princesinha.

E sair correndo pra arrancar a Cecília dos braços daquele bandido filho de uma puta arrombada.

Caralho isso ta foda de mais.

Não sei qual será meu próximo passo, nem consigo pensar em nada que não envolva muita porrada e sangue daquele miserável.

A única coisa que me segura e me controla neste momento, é saber que a minha morena precisa de mim ao lado dela.

Se ela não estivesse comigo no momento em que terminei de ler aquela merda toda, na certa neste momento estaria desgovernado matando aquele imundo sem alma.

Nina, minha Nina. Sempre será minha Nina.

Nada ira mudar o amor que senti e sempre terei por ela.

Minha pequena.

O que me alivia nesta parte da porra da historia toda, é saber que EU fui o melhor pai que ela poderia ter.

E que mesmo que ela tenha ficado pouco tempo entre nós, eu consegui afastá-la dessa merda toda e fazê-la feliz.

Já da Ana não sei o que pensar, ela sofreu igual uma cachorra sarnenta em chuva de acido, mas ainda não consigo pensar se tudo que ela passou não foi merecido.

Sei que a maioria das coisas que ela fez tem justificativas, mas caralho!

Eu também tô vivendo essa merda toda agora e nem por isso penso em fazer mal ou me tornar alguém como ela.

Se ela tivesse me contado, se ela tivesse se tornado alguém melhor ao invés de se deixar contagiar pela cólera, se...

São muitos "se" na minha cabeça, e nada da porra da atendente voltar.

Viro-me para a porta já decidido a dar um murro no segurança que impedia minha passagem e invadir ala de emergência.

Quando a porta é aberta e a atendente aparece sendo seguida pela D. Josi.

Uma Chance a FelicidadeWhere stories live. Discover now