Me chama de...

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Hello!

Eu não costumo escrever avisos, mas hoje é necessário. Haverá uma cena que pode ser gatilhos para alguns, pois se trata de um ataque de pânico. Aos que se sentirem incomodados, antes e depois da cena haverá o sinal (*!!*), assim podendo pular para o resto. Por mais que a cena influencie na fic, dá para continuar sem ela.

Tentei escrever de uma forma realista, mas foi a primeira vez que escrevi algo assim, então se não acharem boa ou muito fora da realidade, por favor avisem.

Espero que gostem do capítulo


Mas o sangue em minhas mãos
Me assusta até a morte
Talvez eu esteja acordando hoje

(I'll be good - Jaymes Young)

Quando viu Sam e Bucky saírem correndo, Annabelle pensou em ligar os faróis para mostrar que estava ali, porém uma atitude do Barnes chamou sua atenção o suficiente para que decidisse observar sem ninguém percebesse, pelo menos por uns segundos.

Bucky olhou para trás, parecia procurar por alguma coisa. Sam bateu em seu ombro, tentando levá-lo em direção ao carro, porém o soldado apenas se desviou e manteve-se onde estava, erguendo o pescoço para poder enxergar o que quer que ele procurasse. Teria alguém ido atrás dos dois?

Annabelle ligou o carro assim que pensou nessa hipótese, e o barulho junto com a luz dos faróis atraiu a atenção da dupla, que saiu correndo até o veículo. Bucky foi o primeiro a chegar e se sentou ao seu lado, enquanto Sam novamente se sentava no banco de trás. Um segundo depois de terem fechado as portas, a moça saiu da vaga e começou a dirigir apressadamente, preocupada com a possibilidade que passou por sua cabeça.

― Alguém seguiu vocês? ― Perguntou, virando minimamente o rosto em direção a Bucky, não querendo deixar de prestar atenção nas ruas.

― Não. ― Bucky respondeu, arfando.

― Então por que ficou parado na rua?!

A moça não sabia dizer se estava preocupada, surpresa ou irritada. Teria que ter um motivo muito bom para Bucky ter feito isso.

― Ele ficou te procurando. ― Sam respondeu, cruzando os braços.

― Cala a boca. ― Bucky retrucou assim que o amigo contou, envergonhado ― Você viu a gente e ficou quieta?!

― Você estava procurando por mim?

Como resposta, Annabelle recebeu apenas o silêncio. Dessa vez, nem mesmo Sam respondeu a pergunta, embora já tivesse dito antes. A moça segurou a vontade de respirar fundo, estranhando que Bucky fosse assim com ela. Ninguém nunca havia sido desde que entrou naquele mundo, isso era novidade. Ninguém a esperava, ou chegava com todos ou se virasse sozinha. Não sabia como reagir perante a isso... Estranha, talvez. Um estranho que não era exatamente ruim.

Ele se preocupava com ela, mesmo depois de tudo que Samuel havia dito aos dois. Isso parecia significar muito, porque sabia que muitos não fariam ao se darem conta de que o inimigo falava a verdade. Bucky não sabia nem mesmo seu nome, e não se importava.

O quão ruim seria falar? Talvez morra sem ninguém saber... Se morresse, seria bom que alguém contasse a verdade para sua mãe, algo que ela nunca teve coragem de fazer.

Suspirou. Com tudo que aconteceu, sua mente ainda dava voltas até chegar em seu passado, de uma forma ou de outra. Só que dessa vez envolvia algo bem presente em sua vida.

Déjà Vu • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now