Tem alguém que quer te ver...

559 55 6
                                    

Bucky jurava que, quando tudo aquilo acabasse, se sentiria bem. Mas, na verdade, nunca se sentiu tão angustiado. Já haviam se passado cinco dias do ataque ao Capitólio, e tudo parecia tão caótico quanto o seu início.

Quando as coisas pareciam ter se acalmado no prédio, encontrou Sam com o traje de Capitão América que havia recebido de Wakanda, mas não viu nenhum sinal de Catalina. Quando seu amigo lhe disse que ela havia dito que iria atrás de Saxon, sentiu um aperto no peito.

Se ela não tivesse acabado com aquilo, então ainda estaria lutando ou... Não queria pensar na última possibilidade.

Entretanto, esta foi praticamente jogada em sua cara quando a viu caída no chão, inconsciente e com uma poça de sangue ao seu lado. Só viu que Saxon se encontrava em uma situação parecida quando se abaixou, a chamando enquanto segurava seu pulso, tentando sentir qualquer sinal de vida.

Não havia sentido, e isso só o deixou mais desesperado ainda. Catalina não, não com tudo que ela precisava resolver, não depois de tudo que ela fez...

Bucky gritou, chamou por Sam e depois por qualquer outra pessoa que estivesse perto. Um grupo de policiais ouviu e foi até lá, o atendimento a partir daí foi rápido, mas o Barnes foi obrigado a se afastar, sentindo-se completamente atordoado.

Steve, Catalina... Não poderia acreditar que isso estava acontecendo. Todos ao seu redor continuavam morrendo, e ele era sempre obrigado a ver.

― Ela vai ser levada imediatamente para o hospital, mas você deve ficar aqui. ― Um dos paramédicos avisou, pegando Bucky de surpresa por ver alguém ao seu lado.

― O quê? ― Sibilou, e então olhou para trás.

Catalina era levada em cima de uma maca, e já havia até a máscara de oxigênio em seu rosto enquanto um outro paramédico tentava estancar o sangue.

― Ela... Ela tá viva? ― Bucky perguntou, gaguejando em nervosismo.

O paramédico apenas assentiu com a cabeça, aparentemente não podendo garantir que ela fosse ficar bem, mas para Bucky, isso já era um sinal positivo que não foi capaz de notar, talvez seu nervosismo o tenha feito errar ao tentar sentir o pulso dela.

― Precisamos do nome dela...

― Catalina. ― Respondeu rapidamente, sem sequer pensar se estaria fazendo o certo. ― Catalina Amalla, é o nome dela.

O paramédico apenas assentiu com a cabeça, e sem perguntar mais nada, saiu com os outros paramédicos. E então, Bucky sentiu os joelhos fraquejarem e caiu no chão, aterrorizado.

Desde então, tudo havia sido uma correria. Bucky tinha que convencer a todos de que era inocente, e embora tivessem testemunhas e provas, não deixou de ser complicado. Também foi impedido de visitar Catalina, pois ela estava na UTI e ele não era da família. Soube que ela chegou a ter duas paradas cardíacas, e isso o atormentou por cada dia até que soubesse que a situação estava se estabilizando.

Porém, só saiu dali quando era necessário. E justamente por isso, quando uma mulher tão desconhecida quanto desesperada apareceu na sala onde estava, ele foi o primeiro a vê-la.

Nunca havia visto foto alguma, mal ouvira a voz dela, mas sabia de quem se tratava. Era a mãe de Catalina.

― Você sabe onde posso falar com algum médico? Eu preciso mesmo entrar! ― Falou, embolando as palavras enquanto seus olhos lacrimejaram.

― Logo... ― Começou, sem saber bem o que dizer. ― Logo um médico vai aparecer, mas pode bater na porta da UTI.

Ela assentiu com a cabeça, mas parecia não saber se esperava ou não, assim como Bucky não sabia o que fazer.

Déjà Vu • Bucky BarnesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora