"Uᴍᴀ Bᴇʟᴀ Aʙᴇʀʀᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ." - LawLight (Death Note)

Capítulo #17

O jardim era um dos aspectos favoritos de Light na casa de L. Ele não gostava muito de botânica no grande esquema das coisas, mas desenvolveu um novo gosto por ela depois de passar tanto tempo no jardim de Lawliet.

Cada vez que ele entrava no quintal era como se ele pulasse direto para as páginas de O Jardim Secreto , seus arredores um maravilhoso caleidoscópio de cores vivas, bem como aromas frescos e florais enchendo seu nariz.

Por mais impressionantes que as plantas fossem, porém, Light não era um grande fã da sujeira que vinha com elas.

"Por que você está me obrigando a fazer isso?" ele suspirou profundamente, em suas mãos e joelhos enquanto agressivamente arrancava ervas daninhas do solo.

“Eu não estou obrigando você a fazer nada,” L respondeu friamente.

Ele estava trabalhando muito mais que Light, sua camisa branca habitual salpicada de sujeira e seu rosto brilhando com uma fina camada de suor.

“Eu apenas te disse que o jardim precisa ser cuidado e você se queixou que não queria que eu te deixasse em paz, então você veio aqui para ajudar. Você não se lembra? Foi há quinze minutos, espero que você não esteja tendo um curto circuito apenas por causa do calor.”

Light olhou para L e bufou:
“Você é tão mau comigo! Eu poderia sair agora mesmo se quisesse, sabia? ”

L cruzou os braços e olhou para Light. "A saída está bem ali."

Eles se encararam desafiadores por um momento, ambos sabendo muito bem que Light não iria a lugar nenhum, mas se perguntando quem iria ceder primeiro.
No final, foi Light.

Sempre era Light.

"Tudo bem..." ele resmungou e voltou ao trabalho, suas luvas de proteção até o cotovelo. "Mas você e eu sabemos que você só está fazendo isso porque Watari não está em casa para poder fazer isso sozinho."

Com isso, L abriu um sorriso irônico. "Você pode estar certo. Mas é importante que façamos isso, senão as ervas daninhas impedirão o crescimento das íris. ”

Ele tirou a luva e passou o braço pela testa exposta para se livrar da transpiração. A franja grossa que normalmente ficava na frente de seus olhos tinha sido puxada para trás e com um laço de cabelo ele prendeu as mexas que cobriam sua nuca.

Raito quase teve um ataque cardíaco quando o viu fazer isso pela primeira vez, gritando com o quão fofo L era com um rabo de cavalo, ao qual L se irritou.

Light pegou sua garrafa de água e se recostou, admirando as flores imaculadas em questão.

"Por que você gosta tanto de íris?" ele se perguntou em voz alta.

Desde que Light esteve na casa de L, as íris sempre estiveram presentes.

O local mais frequente em que apareciam era a cozinha, em um vaso translúcido que ficava no meio da mesa de vidro, mas às vezes Light encontrava algum no banheiro ou em cima do piano de cauda.

Ele nunca pensou em perguntar por que antes, mas olhar em volta para a grande variedade de lindas flores que viviam no jardim, de repente despertou seu interesse.

L inclinou a cabeça pensativamente, sorrindo levemente para as pétalas de violeta na frente dele. “Suponho que a resposta simples seja que azul é minha cor favorita.”

“E a resposta não tão simples?” Light cutucou ansiosamente enquanto bebia profundamente de sua garrafa, grato pela bebida que matou sua imensa sede sob o sol.

Claro, o final de novembro não era uma época particularmente quente do ano, mas Light não planejava fazer trabalho manual ao meio-dia e, portanto, estava vestido inadequadamente para a ocasião.