but they lie, and they lie, and they lie

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Sábados que Harry não tinha clientes pela manhã eram os melhores, pelo menos na opinião de Louis, já que significava que ele e Harry poderiam ficar de preguiça pela manhã. Ele acordou e não sentiu a claridade incomodar seus olhos, mas sentiu braços em volta de si. Suspirou contente ao sentir o peito nu de Harry contra suas costas, sentindo o calor vindo do mais novo.

Se desvencilhou do abraço de Harry cuidadosamente e se levantou, viu Georgia se mexendo no pé da cama e abrindo os olhos verdes para olhá-lo. A chamou baixo e saiu do quarto com a gata atrás de si. Não passava das nove e meia da manhã, Louis se espreguiçou e foi até a cozinha, os miados de Georgia o acompanhando.

Colocou comida para a gata pedinte antes de analisar o que tinha nos armários e na geladeira de Harry. Pegou algumas coisas, pensando em fazer um café da manhã para levar para o cacheado. Parou por um segundo e pensou que ele provavelmente estaria com uma ressaca, então fez uma nota mental de pegar um analgésico para o namorado.

Cozinhar não era o forte de Louis, mas ele é esforçado — e ele faria de tudo por Harry. Ele decidiu que não faria nada elaborado, com medo de queimar coisas e Harry acordar com o alarme de incêndio. Ele decidiu fazer, primeiro, um café — Harry precisaria de um —, então ligou a cafeteira chique de Harry e torceu para estar colocando a quantidade certa de café — ele colocou a quantidade que ele via Harry colocando.

Enquanto o café passava na cafeteira, ele fez um chá para si. E decidiu que faria um queijo quente para Harry, tinha a quantidade perfeita de gorduras e carboidratos que ele precisaria pós uma noite de bebedeira. Preparou os sanduíches sob os olhos verdes de Georgia, sentada no balcão que ele costuma sentar e observar Harry cozinhar.

Quando tudo estava pronto, ele colocou em uma bandeja e foi andando cuidadosamente até o quarto. Harry ainda estava dormindo, dessa vez ele estava de bruços, a cara enterrada no travesseiro e os cabelos bagunçados em volta, Louis parou por um momento e admirou as tatuagens que já eram tão familiares para ele. Colocou a bandeja com cuidado no pé da cama e foi até o lado de Harry.

Correu a mão delicadamente pelas costas largas do maior, sentindo a pele macia sob sua palma. Ouviu um grunhido de Harry, que pestanejou algumas vezes antes de finalmente abrir os olhos, as esmeraldas encontrando um sorriso de Louis. No entanto os olhos dele logo se fecharam de novo, a mão subindo para a testa.

— Puta que pariu, minha cabeça — reclamou, a voz rouca e sonolenta.

— Eu te fiz café da manhã, depois que você comer, você toma um analgésico. Não faz bem tomar remédio de estômago vazio, amor.

As covinhas de Harry apareceram quando ele sorriu, se mexendo para levantar da cama.

— Ei, nem precisa sair da cama — apontou com o queixo para a outra ponta da cama.

— Oh, café da manhã na cama? — se sentou na cama. — Nem sei o que eu fiz pra merecer isso.

— Você é você, oras — disse, pousando a bandeja no colo de Harry. — Eu também queria agradecer por ontem e pedir desculpas, eu não devia ter começado a brigar com você, acho que eu só queria arrumar algum problema e não pensar no que aconteceu com o meu pai.

Se sentou cuidadosamente no lado vazio da cama. Harry pegou sua mão, deixando um beijo de leve sobre a parte de cima.

— Tá tudo bem, eu percebi assim que você falou que contou pro seu pai — entregou a caneca de chá de Louis. — Aliás, como você tá?

— Acho que eu tô melhor — sorveu o chá. — Sei lá, eu adiei tanto contar isso, acho que eu pensei que ficaria mais fácil com o tempo ou que ele fosse compreender. Uma parte de mim achava que ele ia só me abraçar e dizer que tá tudo bem — balançou a cabeça, rindo de si. — Como eu fui idiota de pensar isso.

epiphany \ l.s.Where stories live. Discover now