but we know where we belong.

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Louis se aproximou da recepção e perguntou sobre seu pai, sendo informado que o médico já apareceria para conversar com ele. Se sentou ao lado de Harry em um dos bancos da recepção, encostando a cabeça no ombro do cacheado enquanto eles aguardavam. Não demorou até que o médico aparecesse e o casal se levantou para conversar com ele.

— Olha, Louis, seu pai está bem — tranquilizou. — O que ele teve foi um mau súbito, como eu já havia informado antes. E ele por si só não é perigoso, mas a gente precisa investigar a causa dele, pra garantir que não é nada grave.

Louis assentiu, esperando o médico terminar o seu parecer.

— Por isso ele precisou ficar em observação, fizemos diversos exames. Seu pai tem uma arritmia cardíaca, mas felizmente descobrimos a tempo e não é nada grave, tratável com remédios e sem necessidade de cirurgia. E a boa notícia é que seu pai já vai poder ir pra casa.

— Graças a Deus.

— Eu já assinei a alta dele e nesse momento a enfermeira deve estar cuidando de tudo para que ele possa ir.

Louis e Harry agradeceram e o médico sorriu simpático antes de pedir licença e se retirar. Louis conseguia sentir a ansiedade crescendo em si novamente, provavelmente Harry também conseguia sentir, porque passou o braço sobre os ombros do namorado e o apertou contra si.

— Obrigado por vir aqui e por me apoiar — disse baixo. — Obrigado por tudo.

Harry não precisou responder, apenas deixou um selinho nos lábios de Louis.

— Preciso admitir que eu estou nervoso — disse o mais novo. — Finalmente vou conhecer meu sogro.

— Harry! — Louis riu. — Você já conhece meu pai.

— Mas ele me conhece como "aquele garoto Styles que bebe desde os dezesseis anos, é cheio de tatuagens, fuma, tem amigos questionáveis e eu odeio ele", embora eu não beba desde os dezesseis anos — adicionou rapidamente. — Agora ele vai me conhecer como "o garoto Styles que bebe, fuma e namora o meu filho escondido por quatro anos".

— Tá querendo enganar quem dizendo que não bebe desde os dezesseis? Eu já te vi bebendo com dezesseis anos — apontou para o namorado com os olhos semicerrados.

— Eu bebo desde os quatorze — deu de ombros.

— Eu não sabia disso — exclamou.

O mais novo deu de ombros novamente.

— Como você acha que eu bebi tanto whisky sábado passado e ainda permaneci em pé? São anos e anos de prática.

As risadas de Louis o mantinham quente por dentro e ajudavam com o próprio nervosismo. Manteve o abraço em Louis por mais um momento, até que avisou que iria buscar o carro, deixou um beijo nos cabelos de Louis e saiu em direção as portas. Ponderou por um momento se deveria fumar um cigarro e decidiu que iria fumar, mas só porque estava nervoso.

Puxou o maço de cigarros do bolso e acendeu um deles no momento em que saiu pelas portas automáticas. Tragou o cigarro enquanto caminhava lentamente até o carro, pensando nos possíveis desfechos. Ele torcia e pedia para toda e qualquer força superior que Mark não reagisse do pior jeito possível. É claro que ele estaria lá para Louis, mas ele preferia que seu garoto não passasse por isso. O mundo já é ruim o suficiente, não ter o apoio de quem deveria te apoiar incondicionalmente é terrível.

Tragou uma última vez, jogando o cigarro longe e entrando no carro. Olhou para o seu caderno sobre o painel do carro e o pegou, escrevendo embaixo da última coisa que tinha ali:

epiphany \ l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora