we started just two hearts in one home,

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No fim das contas, não precisaram fugir de fininho do bar — embora seus corações adolescentes estivessem implorando-os para que eles fizessem exatamente isso. Louis foi abraçado por seus colegas em uma despedida decente e ouviu elogios a respeito de Harry e reclamações por não tê-lo apresentado antes. Por fim, como Louis já havia imaginado, Harry encantou a todos, sendo simpático e prestando ávida atenção  nas conversas em que era inserido.

Saíram em direção ao restaurante que Harry havia feito as reservas e eles claramente destoavam do ambiente, vestidos em jeans, camisetas e, para completar, Vans e Dr Martens nos seus respectivos pés. Mas eles não se importavam. Secretamente, eles até gostavam da atenção, não porque eles claramente não estavam vestidos para o restaurante chique, mas sim porque todo mundo podia ver que eles estavam juntos.

Se sentaram como casais típicos em restaurantes, um de frente para o outro, taças de vinho adornando a mesa enquanto eles analisavam o cardápio e debatiam sobre o que iriam pedir. Quase como um primeiro encontro, mas quase cinco anos depois. Viver um relacionamento livre era muito melhor do que eles poderiam sequer ter imaginado. Harry pediu uma massa com molho de cogumelos para si e uma massa com molho de queijos para Louis.

— Eu sei que você comentou que a Jess ia ver se conseguia te transferir — Harry começou, pausando por um momento para dar um gole no vinho —, mas eu acho que você deveria deixar a Northstar para trás.

— E o que eu vou fazer? — perguntou, franzindo as sobrancelhas. — Virar dona de casa?

— Você poderia fazer o que você sempre quis fazer — sugeriu simples. — A gente vai se mudar, é a oportunidade perfeita para correr atrás do que você realmente gosta, invés de passar a vida trabalhando com qualquer coisa só para ganhar um dinheiro.

— Mas...

— Eu não tô te obrigando a fazer nada, você sabe. Eu só quero que você pense sobre, só isso. Você sempre falou que tinha vontade de ser professor, só tô falando para você não deixar isso virar um arrependimento — deu de ombros. — Acho que vale a pena pensar sobre isso.

— Você tem razão, eu vou pensar — suspirou. — Quando vamos para Londres?

— Sinceramente? — perguntou e esperou Louis acenar para continuar. — Eu estou disposto a ir assim que a gente juntar todas as suas coisas. No momento que estiver tudo dentro do meu carro, a gente pode ir.

— Mesmo se for de madrugada?

— A qualquer hora.

— Então a gente começa assim que a gente sair desse restaurante — definiu, sorrindo para Harry. — Mas será que a gente pode ir amanhã de manhã? Eu quero me despedir do Niall e do Liam.

— É claro, meu amor.


Fiéis as suas palavras, Harry e Louis saíram do restaurante e foram para a casa de Louis. Arrumaram tudo tentando fazer o mínimo de barulho. Louis viu seu armário esvaziando e malas e sacolas se enchendo, viu ele e Harry fazendo viagens e arrumando um jeito de colocar tudo no carro de Harry. Observou seu quarto esvaziando, suas coisas sendo movidas e, ao mesmo tempo que ele se sentia feliz por estar dando esse passo com Harry, era inevitável ter esse sentimento melancólico de estar dando adeus à sua cidade natal.

Sentiu os braços de Harry o envolverem por trás, o cacheado apoiando o queixo sobre sua cabeça e apertando os braços em sua cintura.

— Eu sei como você se sente — Harry disse baixo. — Eu me senti assim quando eu me mudei para cá.

— Mas você odeia aqui. Eu não odeio Londres.

— Eu não odeio aqui. Não mais — disse. — Doncaster me deu o amor da minha vida, como eu poderia odiar?

epiphany \ l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora