CAP 12

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Any Gabrielly

Assim que a porta se abre relevando um corredor amplo com algumas portas Josh sai do elevador retirando um molho de chaves do bolso e abrindo a porta, o sigo até entrar em seu apartamento. É um apartamento amplo em tons de cinza e preto, alguns quadros de bandas de rock estampados na sala a deixam diferente, as paredes tem algumas marcas, marcas de coisas que foram quebradas nela. Eu as conheço, meu pai deixava nossas paredes assim após brigar com minha mãe.

-Fique a vontade, só vou pegar algumas roupas e tomar um banho rápido.

Ele diz e assinto.

Assim que sai do meu campo de visão analiso seu apartamento mais minuciosamente, claramente ele mora sozinho, apenas um prato e um copo na pia, sem mesa de jantar, uma ampla TV com um vídeo game plugado. Caminho até a janela e percebo que por trás da cortina preta uma ampla parede de vidro mostra a cidade iluminada, mesmo com a chuva ela fica linda daqui de cima, as luzes de diferentes cores parecem vaga-lumes de diferentes cores, as luzes dos carros se movimentando em linha reta. A vista sem duvidas é de tirar o fôlego, o nascer do sol deve ser divino ao ser admirado daqui de cima.

-Voltei.

Ele diz me assustando, levo a mão ao peito de susto.

-Desculpe, não queria assustar você.

Ele diz secando seus cabelos com uma toalha preta.

- Você gosta bastante da cor preta.

Digo enquanto minha mão pousa sobre uma pantera de porcelana da cor preta ao lado do seu sofá.

-Transmite meu humor.

Diz e sorrio.

-Eu não vejo você desse jeito.

Digo e ele me olha.

-Como você me vê?

Ele questiona e não sei explicar, só sei que não vejo como as pessoas o vê.

-Eu não sei explicar, sinto que tenho uma visão mais aberta sobre você do que as pessoas de fora.

Respondo e ele se apoia no braço do sofá secando seus cabelos loiros.

-Interessante. Ninguém nunca me disse isso, sempre disseram que eu era um retardado que precisava de acompanhamento psiquiátrico.

Ele diz ao jogar a toalha sobre o sofá.

-Se você fizesse isso na minha casa, minha mãe mataria você.

Digo me referindo a toalha, ele olha para a mesma e ri.

-Vantagens de morar sozinho.

Diz ao se levantar.

-Você não tem namorada?

Eu e minha curiosidade falando mais alto.

-Desculpa, se não quiser responder eu entendo.

Me desculpo e ele ri.

-Sem problemas, eu não namoro.

Diz simples ao pegar a tolha e estender na cadeira.

-Quer beber algo?

Ele pergunta indo até sua cozinha e assinto.

-Água, suco... gim?

Ele pergunta e sorrio.

-Uma água está bom.

Respondo e ele sorri.

-Você mora sozinho nesse apartamento gigante?

ToxicWhere stories live. Discover now