CAP 50

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Any Gabrielly

Eu não sei explicar mas sinto algo estranho com aquele cara que atendi, ele se sentou em uma mesa no canto do café. Sozinho e afastado de todos, ele parece analisar o local minuciosamente com um olhar estranho. Pare Gabrielly, não é você quem diz para não julgar o livro pela capa? Então não pense bobagens!

Retomo o que estava fazendo isso é: anotar pedidos e servir eles logo depois, estou atarefada aqui e meus colegas de trabalho sumiram, Dave teve a cara de pau de pedir cinco dias de folga pois sua mãe estava doente, ele nem tem mãe mas o nosso chefe vulgo dono do café permitiu, até a senhora Olga que é Sega sabe que ele não tem mãe.

-Eu quero um dia de folga depois disso, e se Dave negar eu esfrego o rosto dele nesse piso!

Exclamo irritada para Carla, minha colega de trabalho, não trabalhamos todos os dias juntas pois nossas folgas se intercalam e por isso não nos vemos muito.

-Ele já me deve por ter cobrido seu turno semana passada.

Carla diz logo depois revira os olhos me fazendo rir.

-Então me deve quatro turnos, cubri ele quatro dias semana passada, até na minha folga, se continuar assim ele irá trabalhar no dia de ação de graças e no Natal.

Carla ri da minha observação.

-E no ano novo também!

Carla grita já dentro do cozinha.

Me viro para ver o movimento e se algum cliente precisa de algo e vejo que o cliente vistoriado sumiu, ele não pagou pelo o que pediu e espero que tenha ido ao banheiro ou algo parecido. Continuo meu trabalho vendo o dinheiro que foi calculado pelo comutador em minha frente, com isso sabemos qual dia da semana é mais lucrativo e precisa de mais funcionários quando sinto algo gelado nas minahs costas.

-Tira as mãos do computador.

A voz é grossa, conheço essa voz. É o cara de touca.

-Fique quietinha.

Sua voz agora é calma, se não estivesse com um cano de uma arma apontada nas minnhas costas eu diria que era um terapeuta.

-Se gritar eu atiro e mato todos aqui inclusive, a senhorinha fofa sentada em sua frente.

Minha mão gela e meu estômago embrulha.

-Ok.

Só o que consigo dizer, afinal, estou com um cano se uma maldita arma nas minhas costas.

-Eu quero que você se mova lentamente até a cozinha sem dar suspeitas ou caso contrario a arma está destravada e meu dedo pode escorregar e fazer um grande estrago nesse corpinho que por sinal é lindo.

Legal, além de ser feita refem de um maluco ainda tenho que ouvir suas cantadas podres.

-Vamos.

Ele preciona o cano em minha costas e começo a caminhar para trás lentamente, fico surpresa por ninguém perceber que algo de errado está acontecendo aqui.

Entro na cozinha encontrando Carla de costas para a porta retirando uma fornada de muffins do forno. Ela não percebi nossa chegada pois está concentrada em por os muffins sobre a prateleira de metal que colocamos a mostra para os clientes.

-Any você me ajuda a...

Quando se vira ela para e me olha confusa, não podemos trazer ninguém de fora do café para cá.

- Você sabe as regras Any, não é permitido trazer ninguém aqui.

Exclama com as mãos na cintura.

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