CAP 32

2.6K 217 45
                                    

Josh Beauchamp

Enquanto Any dorme com sua cabeça sobre meu peito fico pensando, a insônia se faz presente não me permitindo ter uma noite de sono comum como qualquer ser humano tem. Ponho uma das mãos atrás da cabeça enquanto a outra está na cintura de Any a mantendo colada a mim.

Nesse momento nenhum dos meus fantasmas me assombram, me perturbam me causando dores de cabeça. Minha mente relaxa como se estivesse em um campo repleto de flores, pela primeira vez na vida me sinto assim e a primeira vez que sinto algo ao ter alguém em minha cama, já havia me relacionado com outras pesosas mas nunca me senti assim, completo.

Ponho minha mão sobre a sua que está espalmada em meu peito e acaricio as costas da mesma. Como alguém pode quebrar o muro que construi em volta de mim com tanta facilidade? Como isso foi de um pacto de amizade para isso, eu não sei explicar mas eu estou gostando, Any me faz bem, me faz sentir que não sou o cara que todos moldam por ai.

[...]

Acordo com um som que conheço, o despertador de Any. Olho para a mesma que dorme de bruços virada para a janela, desligo seu despertador e fico a observando enquanto dorme, estou com pena de acorda-la pois sei que está cansada mas é preciso. Me aproximo e beijo suas costas, ela resmunga e se mexe mas não acorda.
Afasto uma mecha de seu cabelo que está caída em seu rosto e ela se move.

-Any, você precisa acordar.

Digo depositando um beijo em seu ombro.

-Mais cinco minutos por favor.

Choraminha me fazendo rir.

Resolvo deixar ela dormir mais um pouco e me levanto, lavo meu rosto e esvovo meus dentes, vou até a cozinha e preparo o café da manhã, eu não costumo comer em casa mas hoje vou ter esse privilégio. Faço um café e tento montar uma mesa decente com frutas, leite, café e biscoitos, é o que tenho. Estava preparando alguns sanduíches quando sinto seus braços envolverem meu tronco e sorrio. Any deposita um beijo em minhas costas enquanto termino de fazer os sanduíches.

-Estou imprecionada.

Diz ao se sentar na ilha da cozinha pois não tenho mesa.

-A festa é amanhã.

Lembra me fazendo resmungar.

-Tem como não ir?

Pergunto e ela ri.

-Queria mas não podemos.

Responde tomando um gole do seu café.

-Pelo menos não irei ficar sozinha.

Diz simples.

Tomamos nosso café e arrumamos as coisas, Any ficou com a louça enquanto eu guardei as coisas, temos um tempinho antes de irmos trabalhar e quero aproveitar. Paro atrás de Any afastando seu cabelo para o lado beijando seu pescoço, envolvo minhas mãos em sua cintura colando suas costas em meu peito.

-Eu não quero ir trabalhar.

Choramingo pondo minha testa em seu ombro a fazendo rir.

-Também não queria mas amanhã é Sábado, pense positivo Beauchamp.

Como meu sobrenome falado por ela fica sexy?

A viro fazendo um pouco de espuma cair em meu peito, me aproximo de seu corpo enquanto seus olhos encontram os meus. Retiro a esponja da sua mão a jogando na pia e desligando a torneira, seus olhos me encaram sem dizer nada. Seguro sua cintura firme contra meu corpo sentindo a atração que temos.

-Josh, vamos nos atrasar.

Diz quando olha no relógio.

-Droga!

Digo me afastando a fazendo rir. Nos arrumamos e deixo Any em seu trabalho.

No fim do meu turno volto para meu apartamento e o porteiro me informa que tenho visita, ele disse que não conhece o cara e disse que era urgente. Pego o elevador me perguntando quem seria o cara, deveria não ter subido, o cara que tenho a obrigação de chamar de pai está parado com os braços cruzados encostado ao lado da minha porta, assim que me vê se desencosta da parede e caminha até mim.

-O quê você quer?

Pergunto ríspido e seu olhar impassívo é repugnante.

-Preciso de dinheiro, sua mãe precisa de remédios, calmantes.

Diz como se isso fosse culpa minha, como sempre.

-Ela recebi o salário por trabalhar em casa, o dinheiro da para os remédios e ainda sobra uma boa quantia. Ela não precisa de dinheiro, você precisa de dinheiro para sustentar seu vício.

Digo ao caminhar até a porta e girar a chave na fechadura.

-Filho de piexe, peixinho é.

Me viro para encara-lo tentando me controlar.

-Eu compro as bebidas com o MEU dinheiro. Eu não dependo do dinheiro dos outros para sustentar meus vícios.

Específico o MEU e ele ri ironicamente.

-Quando usava do meu era bom né.

Diz e o sangue começa a ferver.

-Eu era uma criança!

Respondo e ele ri alto.

-Eu com aquela idade trabalhava como um doente.

Diz como se fosse desleixo meu.

-Desculpa se no seu tempo era assim, eu estudava para ter futuro pelo qual você queria comandar. Já chega de gastar minha saliva com você, tenho mais o que fazer do que perder meu tempo com você.

Abro a porta entrando e batendo com a mesma em sua cara.

Jogo as chaves em cima da mesa e caminho até o meu armário onde estão as bebidas, ou eu bebo ou tenho uma crise de ansiedade, entre as duas opções eu escolho beber. Não pego copo nem nada, pego uma garrafa de gim intocada e a abro, bebo direto da garrafa como se fosse água. A ardência é incomoda mas não é nada insuportável.

Any Gabrielly

Eu não sei explicar mas uma coisa me diz para ligar para Josh, um aperto no peito se instala e sinto que preciso falar com ele. Pego meu celular e ligo para seu telefone, uma, duas, três chamadas e nada, sinto que algo está errado e preciso irá até lá.

Meu turno acabou e em vez de ir para casa vou para o apartamento de Josh, eu não sei explicar essa conexão, é tão intensa. Parece que sinto o que ele sente, eu sei é estranho mas isso me preocupa, eu já vi que Josh é explosivo pelas marcas em sua parede e algumas cicatrizes nos nós dos dedos.

Subo já que Josh deixou avisado que permitiria minha entrada sem tocar o interfone, pego o elevador e a cada minuto que passa parece que o andar nunca chega. Após parecer uns cinco minutos que fiquei nesse elevador ele se abre, corro para sua porta e bato nela, não ouço reposta então bato novamente.

-Pode entrar.

Sua voz é enrolada, entro me surpreendo com o que vejo.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

ToxicWhere stories live. Discover now