Capítulo 7

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Galera mil desculpas msm por ter desaparecido desse jeito e não foi honesto da minha parte fazer isso, mas pra tranquilizar vcs eu vou SIM continuar escrevendo e dando continuidade as minhas obras.
Muito obg por vcs que me esperaram, a vida dessa autora aqui deu uma virada de 360° e por isso tive que deixar a escrita de lado com urgência. Amo muito vcs e irei logo adiantar 5 capítulos de cada obra minha por esses dias, para tentar amenizar um pouco meu atraso kkk
  Amo vcs, bjs e boa leitura♡♡♡
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{POV. Anna Elis}

  Enquanto eu andava pelo corredor, já digitava o número de Elena em meu celular. Dois toques na chamada e ela já atendeu, combinamos dela me substituir de novo na biblioteca hoje. Desse jeito, vou ter que dividir meu salário com ela.

{Ligação On}
- E aí, ela chegou? - Elena dispara assim que atende, já sabendo o porquê da minha ligação.
- Sim, e eu não sei o que pensar. - Digo entrando em meu ateliê.
- Como assim?
- Ela não é nada do que pensávamos, não parece nem um pouco piriguete e não me deu tanto medo. - Explico.
- Mas por que ela te daria medo? - Minha melhor amiga soa confusa.
- Porque ela é uma... - Então percebo que quase ia falando o que não devia. - Porque ela vai ser minha madastra, geralmente madastra são más, né?
- Cuidado com o estereótipo, Elis, você ainda tem que evoluir muito, sabia? - Minha amiga brincou e eu solto uma risada breve. - Bom, se ela não te deu medo, então isso seja um bom sinal, né?

  Elena sugere mas não lhe respondo pois ouço barulhos estranhos no corredor, e abro a porta rapidamente para saber do que se trata. Vejo Lúcia passando juntamente com outro de nossos empregados, levando as malas de Kariênina para o quarto que fica no final do corredor. Estranho aquilo, pois o quarto de meu pai fica do outro lado da casa.

- Elis, ainda está aí? - A voz de minha melhor amiga me desperta.
- Estava olhando o corredor, estão levando as malas dela para o quarto de hóspedes no final do corredor. - Explico.
- Nossa, que estranho, tio Paul não parece ser o cara que espera para transar só depois do casamento. - Elena brinca e eu reviro os olhos. - Talvez eles sejam só o tipo de casal morderno que gosta de cada um ter seu espaço. - Sugere.
- É, pode ser. Só sei que isso está cada vez mais estranho. - Suspiro. - Como está aí na biblioteca? - Mudo de assunto.
- Calmo, como sempre. Madame Susani nem repara que não é você quem está aqui, desde que os livros estejam no lugar certo. - Ela conta e eu sorrio.
- Obrigada por me ajudar com isso, amiga, nos vemos amanhã. Beijos. - Me despeço.
- Beijos, coisa linda. - Então desligo.
{Ligação Off}

  Meu olhar então foca na tela incompleta a minha frente, o quadro que trabalho desde ontem e não consigo mais focar em outra coisa, estava tão conectada nele ontem a noite que só me lembrei de jantar quando já era madrugada, ainda bem que nossa cozinheira sempre deixa um pouco para mim guardado no microondas.
  Coloco meu avental novamente e vou as as tintas que preciso usar, deixadas logo ali perto. Meu ateliê nada mais é que um enorme quarto, consegui o montar para mim com um pouco de dinheiro da herança de minha mãe que Paul adiantou quando eu tinha 14 anos, é um salão enorme, cheios de telas brancas, outras já pintadas, outras com esbolsos que não gostei, papéis de esboço espalhados, latas e mais latas de tintas e pincéis espalhados, admitido que como pintora não sou tão organizada.
  Quando estou com uma tela na cabeça não tenho tempo para organização, apenas pintar e pintar, é isso que ainda me faz queimar de felicidade. O fogo da magia da pintura é o que me faz queimar um pouco por dentro, em meio a esse mundo frio que convivo.
  Há janelas enormes ao redor, me dando uma enorme luminosidade, eu mesma pintei as paredes de branco pois odeio esse visual escuro que toda a casa tem, minha mãe adorava cores escuras e até isso eu também não herdei dela.

Corpos em Chamas: A vingança de Anna Kariênina (Romance Lésbico)Where stories live. Discover now