prólogo

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ATENÇÃO: se você não gosta desses shipps, não teime em ler essa história, quero evitar confusões desnecessárias, desde já, agradeço pela compreensão.

Fleur me encara, registro em seus olhos azuis algo que se assemelha à pena. o dia está quente, somos apenas dois pontos azuis perto de tantos alunos vestidos iguais a nós. ela abre a bolsa, e mexe lá dentro, retira um pequeno livro intitulado: un guide de défense contre les arts sombrespor fim, diz: 
— você sabe que não precisa retornar, Seth. seu pai vai entender. — nos sentamos em um dos bancos de pedra do jardim, eu balanço à cabeça. alguns dos alunos que terminaram os N.O.M.s como nós dois estão rumando para fora, se sentando nos bancos e sobre a grama bem aparada do jardim de Beauxbatons. conversas animadas em francês preenchem o local. 
— ele quer que eu termine meu sétimo ano lá, me disse que não é seguro que eu fique longe dele, e que a comunidade bruxa londrina sabe da minha existência. — minha amiga meio-veela folheia o livro que tirou da mochila algumas vezes antes de se voltar para mim. 
— Seth, sei que você passou por um trauma horrível em ogarts, mas isso foi há muito tempo, veja só o homem que tu se tornaste. e também, devo lembra-lo que ninguém além de mim, e do seu pai sabe quem você era antes de deixar aquele lugar. para todos os efeitos, você estudou aqui a vida toda. ninguém serrá capaz de reconhece-lo. — e ela estava certa, mas apesar de saber todos esses prós, não parava de imaginar tudo que poderia acontecer de ruim. o nome Dumbledore na comunidade bruxa de Londres tinha um peso que poucas pessoas seriam capazes de suportar, um dos motivos pelo qual o meu pai me mandou para longe. no momento, eu tinha uma noção básica do que estava acontecendo em Londres. um bruxo das trevas chamado Voldemort estava aterrorizando as pessoas, tanto bruxas como os non-maj, e aos poucos estava tomando o poder com a ajuda de seus aliados. 
meu pai, pelo tom das cartas que recebi o ano todo, estava realmente preocupado com a minha segurança. agora que todos sabiam da minha existência, e sabiam em qual país, e escola eu estava… ele teme que bruxos das trevas que apoiam esse tal de Voldemort queiram fazer algo contra mim. 
eu realmente não estava ligando para isso. meu desejo era começar a dar aulas como professor de poções em castelobruxo ou em qualquer outra escola das Américas ou aqui mesmo em Beauxbatons assim que me formasse. em nenhum momento fiz planos de voltar a morar no meu pais de nascença. 
— eu realmente não sei o que fazer, Fleur. não quero voltar para lá, ter que enfrentar os meus fantasmas. sei que não vou ser justo com ninguém, é mais provável que faça da vida de cada um que me fez mal um inferno na terra, ou quem fez mal ao Severus, no caso. — olho ao nosso redor, pessoas de outros anos estão começando a encher o local, primeiranistas reunidos em grupos discutem as respostas das provas, segundanistas estão se divertindo enfeitiçando algumas flores para que elas cantem. as conversas em francês são como música para mim, é um lembrete de que estou distante de quem me fez mal, que estou seguro, de que tive uma segunda chance. 
— eu sei, não estou pedindo para que você esqueça, peço que apenas foque no seu pai. ele é a sua família, e te ama muito também. vi isso nas férias em que passei com vocês. vamos, Alvo Dumbledore podde ser excêntrico mas é o melhor pai que já vi. — Fleur amarra o longo cabelo loiro em um coque apertado, retira uma boina azul da bolsa, e a coloca na cabeça. assim como eu, seus olhos azuis vagueiam pelos alunos. quando me olha, um sorriso desabrocha no rosto bonito. não quero enche-la mais com esse assunto, por isso, tento distrai-la. 
— o seu inglês está melhorando muito, quase não noto mais o sotaque francês de antes. — ela revira os olhos, e ainda sorri quando me responde: 
— ter um amigo inglês me ajudou muito, assim não vou precisar sairr da França para morar na Inglaterra. agora vamos entrar, estou com fome. 
ela guarda o livro na bolsa, e nos levantamos. alguns dos nosos colegas acenam em nossa direção quando passamos. os rostos banhados pela luz do sol. 
— vou sentir falta desse calor! em Hogwarts faz muito frio. — faço uma careta, e estremeço ao pensar que terei que me adaptar ao frio outra vez. 
— não seja um bebê chorão, você consegue aguentar um ano. e eu prometo que vou te escrever toda semana, logo estaremos juntos outra vez. — ao dizer isso, passa os braços ao redor dos meus ombros, e me sacode de leve, então me empurra para dentro. me esqueço desse assunto quando chegamos ao hall principal, que diferente do de Hogwarts é dividido em várias mesas rodadas de vidro transparente forradas por lindas toalhas de seda, onde os estudantes se sentam para comer, sem divisão alguma de casa ou idade, outra coisa boa, não existem casas aqui. o teto é totalmente de vidro, e a luz do sol se infiltra por ele, por algum motivo, ela não nos deixa queimados. 
— Oi, Fleur e Seth! — Lohan Dubois nos comprimenta de uma mesa em que está sozinho, e acena para nós nos sentarmos com ele. Fleur me puxa, e quando nós dois nos acomodamos nas cadeiras, Lohan começa a falar em francês: 
— esses exames foram horríveis! tenho certeza que vou tirar uma nota ruim. queria ter a metade da inteligência de vocês! — solto uma risadinha ao escutar isso, Dubois é filho de um importante auror do Ministère français de la Magie. o conheci no ano em que cheguei à escola, recém transformado em um Dumbledore, e com um conhecimento quase nulo da língua francesa, Dubois assim como Fleur teve a paciência de me ensinar francês, ambos já falavam inglês na época, mas ainda não dominavam a minha língua, ou seja, as duas partes se ajudaram. 
— ora, Dubois! você é ótimo em Herbologia e em feitiços. — tento consola-lo enquanto passo geleia no meu pão. ao meu lado, Fleur enche de batidinhas os ombros de Lohan, que enterra as mãos nos cabelos cacheados, os olhos castanhos estranhamente saltados para fora numa expressão de pânico me fazem lembrar de algum personagem de uma série dos non-maj.
— você diz isso porque desde sempre teve boas notas! — me responde em inglês, dou de ombros, é verdade. eu precisava manter o nome dos Dumbledore, fazer jus a ele. então não aceitava nada menos que perfeito. 
— você precisa relaxar, ok? — falo enquanto mordo meu pão. Fleur concorda comigo, e começa a se servir. nosso trio de amigos é o mais estranho possível, Fleur taxada como a garota bonita e perfeita da escola, Dubois como o filhinho de papai, e eu, um estrangeiro. ninguém esperava que três pessoas tão diferentes como nós iriam acabar se tornando amigos. ainda sinto um pouco de culpa por não ter contado ao cacheado o meu segredo. mas não estava pronto… acho que peguei trauma de confiar tão intensamente em qualquer outro macho da espécie humana. mas Dubois era diferente, ele não era um babaca com visões horríveis sobre o mundo. 
— vocês dois, parem de falar sobre isso! falem sobre algo mais legal como por exemplo: Quadribol ou o que quer que seja! — uns garotos do sétimo ano que estão sentados numa mesa perto da nossa, estão praticamente babando ao olhar para Fleur. ao mesmo tempo que eu, Dubois faz uma careta, e fala algo inaudível que me parece ser: babacas pervertidos.
pego um pequeno pote de manteiga, retiro minha varinha das vestes e murmuro um feitiço. o pote sai voando, e se espatifa em cima dos garotos que pareceram acordar de uma hipnose.

— eu nunca pensei que o professor Dumbledore tinha uma família, quero dizer... o filho dele deve ter a nossa idade! — Marlene murmura ao lado das amigas e os marotos que estavam sentados perto da garota se olham, Sirius murmura entre dentes: 

— esse cara nem chegou mas já odeio ele. — James concorda enquanto risca a pena no pergaminho, Remus que estava lendo um livro nega com a cabeça. 

— ele não tem culpa de ter nascido com o nome que tem, imagino que é por esse motivo que o diretor escondeu ele do mundo, e preferiu manda-lo para longe. não podemos odia-lo só porque as garotas não param de falar dele... 

— Remus, nós entendemos! para com esse sermão. — James levanta a cabeça para olhar o loiro. o garoto se encolhe, lembrando de tudo que aconteceu anos atrás. depois da morte de Severus Snape, os marotos se tornaram mais reclusos, culpados por tudo que fizeram a ele, e por verem como a morte dele afetou a colega deles, Lilian Evans. haviam parado de fazer brincadeiras com as pessoas, e prometeram que não iriam odiar mais ninguém de forma gratuita. 

a cabeça de Remus se vira de forma involuntária para Evans, que está sentada nas primeiras cadeiras. a cabeleira ruiva encolhida ao lado da amiga Dorcas. 

— só espero que ele não seja metido. 

— filho de Dumbledore? duvido, mais fácil que ele seja tão excêntrico quanto o pai dele do que metido. — Remus responde, e os três concordam. 

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