capítulo 7

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esse capítulo não ficou tão bom quanto >eu< desejava. mas saibam que foi escrito com muito amor por essa autora. bebam água, seus lindos, lindas e lindes. e assim que puderem, vão se vacinar. eu sei que muitos de vocês já tomaram a primeira dose da vacina, mas em muitos cantos já estão dando a segunda. mesmo depois de vacinados, tentem se cuidar ao máximo. ok? amo todos vocês e quero ver todos bens e saudáveis. é isso. o significado da primeira frase é: a casa é minha, cabe a você sair. ( eu acho que é isso, meu francês está meio enferrujado).
prometo que o próximo capítulo vai ser melhor que esse. sério. 😭💅

- la maison est à moi, c'est à vous d'en sortir. - falo enquanto abro o tinteiro e pego uma pena para escrever para os meus amigos, dessa vez, meu pai precisou ficar no porão resolvendo assuntos da ordem e como amanhã finalmente irei para Hogwarts, nós três, eu, Tio Abe e meu pai, achamos melhor aproveitar o tempo que temos juntos.

meu tio me olha com uma sombracelha arqueada, mas meu pai, que até então estava anotando em pergaminhos e separando-os em ordem, sorri, reconhecendo o que estou dizendo.

- Tartufo - respondo ao bruxo. - é uma comédia de Molière, um non-maj, e é uma das mais famosas da língua francesa. sua primeira encenação foi em 1664 e foi quase imediatamente censurada por non-majs devotos à igreja, que no texto foram retratados como dissimulados e hipócritas. Fleur me disse que muitos bruxos franceses amaram essa peça, tanto que é conhecida na comunidade bruxa de lá até hoje, não é incrível?

meu tio assente, parece um pouco confuso, mas vejo interesse genuíno em seus olhos. uma das coisas que mais gosto nele é que não importa do que eu esteja falando, ele sempre irá escutar com interesse e paciência. uma característica que ele compartilha com o meu pai.

- eu acho os non-majs fascinantes, e Seth, mesmo que não admita, sei que também os acha. - Tio Abe se vira para olhar meu pai, os dois, apesar de terem restabelecido uma relação harmônica, ainda tem suas discordâncias. nessa >briga< em particular não tenho coragem de me meter. por causa de tudo que aconteceu com a minha tia, Tio Abe não consegue confiar em non-majs e eu, bem, também tenho meus traumas com eles. mas eu sou louco por qualquer tipo de conhecimento, e a história bruxa está tão enraizada com a história dos non-maj que torna impossível evitar esse mundo.

coloco minha mão livre sobre a mão calejada do meu tio, sua postura tensa relaxa. seus olhos se voltam para mim e ele diz numa voz calma:

- fale mais sobre a peça. - e eu falo, de vez em quando, ambos, meu pai e Tio Abe entram na conversa, com comentários inteligentes da parte do meu pai e comentários sarcásticos, mordazes e engraçados pela parte de Tio Abe, ficamos três horas conversando e trabalhando. antes de ir, meu tio me abraça e me deseja boa sorte - agradeço, mesmo sabendo que as probabilidades são zero de eu ter um dia bom amanhã, viajando em um trem cheio de adolescentes fofoqueiros.

mas sinto meu coração mais leve na hora de dormir, meu pai decidiu que iria dormir em um colchão no chão do meu quarto. tive que me segurar para não revirar os olhos, ao mesmo tempo que me senti feliz por ele estar ali.

- pai? - pergunto, estou deitado sob a minha cama contemplando o teto iluminado pela luz da lua.

- sim? - sua voz soa brincalhona.

- acho que estou com medo. - admitir isso me deixa tímido, mas não consigo guardar segredos da pessoa mais importante da minha vida. da minha própria família.

- não tenha medo, e eu sei que dizer isso não vai fazer com que o seu medo suma magicamente, mesmo no mundo da magia. - ele acrescenta e então faz uma pausa.

Seth Dumbledore Onde as histórias ganham vida. Descobre agora