capítulo 21

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não tenho o que falar sobre o meu sumiço, mas prometo que voltei com tudo agora. e irei postar capítulos semanalmente. amo vocês, menines, meninas e meninos. bebam água, ok? ❤

— eu me odeio. — murmuro em voz alta, estou sentado em uma poltrona na sala dos professores, estes, no momento, estão em suas aulas. meu pai está folheando alguns livros perto de uma estante de madeira da cor negra. 

— Seth, você deve saber, ou, acho que deveria saber que seus atos têm consequências. pare de ficar se lamentando. — reviro os olhos, e me inclino para frente, afim de ficar mais perto do fogo crepitante da lareira. cruzo os braços, e bufo. 

— não entendo o motivo desses três serem tão obececedos por mim. — me viro na direção da onde meu pai, se encontra escorado, lendo algo em um livro, que pelos símbolos do título, é tailandês. com um baque, ele fecha o livro, e me olha com as suas sombracelhas erguidas em descrença. 

— filho, para um Dumbledore, você é extremamente lento nessas questões. — com apenas um simples movimento da mão, meu pai faz com que uma poltrona cor de creme apareça do lado da minha. 

— que questões? o fato deles serem uns perseguidores? — meu pai se senta, e me lança mais um daqueles olhares de pura descrença. 

— descubra sozinho. — sua voz diz que ele não está aberto a mais discussões, por isso, mudo de assunto e pergunto o motivo de estarmos ali, e o motivo dele não ter me deixado ir à aula. 

— você iria ter aulas conjuntas com a grifinoria hoje. quis evitar que um homicídio acontecesse. — faço uma careta diante dessa revelação, e me sinto internamente aliviado por não ter ido. 

— pai, o que eu faço? — jogo minha cabeça para trás. 

— primeiro, tente relaxar, e segundo, azare James caso ele tente alguma gracinha no dia em que vocês saírem. — rio com a piscadinha que ele me dá.

— não sabia que o grande Alvo Dumbledore é um pai ciumento. — brinco, meu pai estica o braço e bagunça o meu cabelo, os olhos azuis iguais aos meus brilham de contentamento. 

— posso não parecer, mas sou um homem conservador. James, ou Merlim sabe quem, vai ter que batalhar para conquistar minha aprovação. você é o meu filho, Seth. e só irei aceitar um genro ou nora que realmente te ame. — nós dois caímos em um silêncio confortável, é impossível não ficar derretido, toda vez que temos esses momentos de pai e filho. 

é nesses momentos que agradeço ao universo por tudo que ele me fez passar, se não tivesse passado, não teria encontrado uma família verdadeira em meio aos Dumbledore. não teria me tornado de novo uma pessoa feliz. 

naquela noite, resolvo me sentar bem no fim da enorme mesa da sonserina, local onde alguns primeiranistas se sentam. eles me lançam olhares curiosos entre uma garfada e outra, mas depois de notarem que não vou lhes causar problemas, acabam esquecendo da minha presença ali.

como em silêncio, lançando olhares ocasionais por cima do ombro em direção à mesa da grifinoria, onde os marotos estão, faço uma careta leve ao notar o jeito porco que James e Sirius comem, pelo menos Remus está comendo como um ser humano normal. este último, depois de uns minutos, me nota olhando-o. suas bochechas coram, e ele acena para mim, devolvo seu aceno. e me viro de volta para a minha comida. suspiro.

— esses três ainda vão me causar muitos problemas.

— três? — sufoco um grito quando Regulus se senta ao meu lado de supetão, me assustando um pouco. encaro-o, e reprimo um sorriso. ele está com duas marinhas Chiquinhas no cabelo. está insuportavelmente parecido com Sirius, até mesmo a energia caótica que o irmão tem, está em Reg.

— não é nada. — respondo.

— claro que não é nada, não é à toa que você estava olhando para as suas ervilhas como se quisesse mata-las com o poder da sua mente. — o sarcasmo em sua voz me faz rir. não posso medir em palavras o quanto senti saudades dele e do jeitinho único que ele tem de ser. Reg é e sempre será o meu melhor amigo.

por um segundo esqueço que para Regulus eu sou um total desconhecido, e faço um carinho em seus cabelos. mas então me dou conta do que estou fazendo, e tiro minha mão de cima dos fios sedosos e negros.

— desculpa, é a força do hábito. eu fazia isso com os meus amigos em Beauxbatons. — e fazia mesmo, os franceses são bem mais calorosos do que os ingleses em questão de afeto entre amigos.

— tudo bem, eu gostei, então isso significa que você me considera seu amigo? — Regulus apoia sua cabeça nas mãos, e fica parecendo uma criança de marinhas chiquinhas.

— você me considera? — retruco. mas antes que possa ter uma resposta satisfatória, escuto um barulho de confusão se iniciando na mesa da grifinoria, sincronizadamente, cabeças se viram para ver a cena.

e o que vejo me faz ficar descrente. Remus, Sirius e James estão em pé, suas expressões estão tensas, parecem conversar entre si. noto que os dois estão segurando Sirius com as mãos, como se estivessem tentando mante-lo parado.

— meu irmão… — é tudo que Regulus consegue dizer antes que uma bomba de bosta, vinda de não sei onde, pouse perto de nós no chão. pego Regulus pelo pulso, e juntos, subimos na mesa da sonserina, sendo seguidos por outros sonserinos que correm para longe, só temos 30 segundos antes que exploda, estamos na metade da mesa quando a bomba explode, alguns azarados são pegos pela explosão. comidas e sucos voam, nos sujando. os outros estudantes das outras casas permanecem quietos em suas mesas, enquanto o caos reina na sonserina.

— bastardos. só não estão nos ajudando por sermos da sonserina. — falo indignado, os professores se levantam e marcham na nossa direção. vejo meu pai vindo na minha direção, ele para à minha frente e Reg, o qual eu ainda estou segurando pelo pulso.

— Seth, você está bem!? — faço que sim, e aponto na direção dos alunos que não conseguiram escapar da explosão.

— vá ver se alguém se machucou, pai. você é ótimo curando ossos quebrados, e feridas superficiais. — ele assente, e assume uma expressão séria.

suspiro, e me viro para Regulus. 

— você está bem? — é tudo que consigo perguntar, ele assente. ótimo, solto seu pulso. e pulo da mesa da sonserina. trinco os dentes, e marcho na direção da mesa da Grifinoria. eu sei exatamente quem soltou a bomba de bosta. seria impossível esquecer desse tipo de bomba, não quando eu fui alvo constante dela quando era Severus. 

sinto minha visão se avermelhar por causa da raiva. quando os três surgem no meu campo de visão, quase rosno. os três dão passos para trás conforme vou me aproximando. 

quando paro em frente a eles, cerro os punhos. 

— Seth! — a voz de Sirius soa preocupada. não meço os meus atos no segundo seguinte, o rosto de Sirius vira para o lado com a força do tapa que desfiro contra ele. 

— você é um idiota, cachorro. — saio do salão principal cego de raiva. quero arrancar meus cabelos, não consigo entender o motivo de Sirius ter feito isso. uma coisa infantil dessas. merda. 

lembranças da época em que era Severus surgem diante dos meus olhos, elas me machucam. meus olhos ardem, mas continuo andando.

Seth Dumbledore Where stories live. Discover now