Alison Walters é a melhor bailarina do Instituto St. Davencrown e sabe disso. O grupo de dança que lidera na escola é tudo para ela, mas com o passar dos meses do seu último ano letivo, o medo de deixar tudo o que conhece para trás se torna uma bola...
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Eu estava ligeiramente impressionada ao observar a maneira ágil com a qual Zaden soltava o cinto de segurança da coleira peitoral de Loki usando apenas um braço, quando então Zara surgiu do meu lado, pigarreando discretamente:
— Eu apenas vim dizer obrigada — ela balbuciou, com seus olhos levemente inchados pelo choro cintilando em gratidão sincera. — Não só por ter me ouvido e me aconselhado como também por não ter tirado sarro de mim por eu ter me metido numa encrenca desse tamanho só para tentar impressionar um garoto. Passei todo o trajeto de volta para casa pensando sobre o quanto devo ter parecido patética.
— Você não pareceu patética — discordei, erguendo uma sobrancelha para ela. — Você só agiu pateticamente. Existe uma pequena diferença entre os dois.
— Nossa, isso com certeza aliviou bastante a cratera gigantesca na minha dignidade — Zara fez uma careta.
Eu ri, apertando o ombro dela brevemente em um meio abraço.
— Não se preocupe, Zara. Enquanto estivermos vivas, vamos sempre nos arrepender em algum momento da forma como agimos em certas situações, pensando em milhões de decisões melhores que podíamos ter tomado ao invés daquelas que realmente tomamos. Por exemplo, o seu irmão frequentemente tem essa sensação — apontei para Zaden, que tentava desenrolar a guia de Loki dos seus tornozelos. O cachorro parecia eufórico por estar em terra novamente.
Zara estreitou os olhos.
— Sério?
Confirmei.
— Pode apostar que sim. Zaden sempre fica se martirizando quando não consegue pensar numa resposta boa o suficiente para sair por cima de mim quando nós dois trocamos farpas. Ele simplesmente não aceita que eu sou melhor — sorrio, tendo total consciência de que ele está escutando cada palavra do que estou dizendo.
Zaden me olha com o canto do olho, um sorriso claramente provocativo esticando seus lábios.
— Sabe, Alis, você deve usar o seu nome para quando estiver falando de coisas a respeito de si mesma — ele refutou, caminhando até onde Zara e eu estávamos depois de ter finalmente se desenroscado da guia de seu cachorro, que abanava o rabo em um ritmo frenético aos seus pés.
Estalei a língua, me virando para Zara:
— O ego inflado do seu irmão não deixa ele admitir que sempre perde para mim.
Zaden bufou.
— Eu não perco sempre. Nós dois ficamos meio a meio.
— Ah, por favor — zombei. — A única coisa que você faz melhor do que eu é cantar, tocar guitarra e irritar seres humanos.
— E você é a melhor em ser a maior fã de cada uma das minhas habilidades — ele rebateu, com uma expressão permeada de presunção.
Dei uma risadinha, me inclinando na direção dele com os braços cruzados.
