CAPÍTULO 45

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Saber que agora eu finalmente poderia sair por aí apresentando Alison como minha namorada para quem quer que fosse me deixava em um estado além da euforia

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Saber que agora eu finalmente poderia sair por aí apresentando Alison como minha namorada para quem quer que fosse me deixava em um estado além da euforia. Eu não conseguia explicar muito bem a emoção; ao mesmo tempo que um peso parecia ter sido retirado do meu peito, uma felicidade esmagadora tomava conta de mim – era êxtase, em sua forma mais pura. Quando fiz o pedido, mal estava sendo capaz de controlar a tremedeira nos segundos de espera que se passaram enquanto eu torcia para que ela me dissesse "sim". E quando Alison não só aceitou como também me chamou para dançar com ela, a única coisa que se passava pela minha cabeça era o fato de eu ser literalmente o cara mais sortudo do mundo inteiro por tê-la em meus braços. Fiz o meu melhor para não deixar óbvio, mas minhas mãos ainda estavam tremendo quando a levei para dançar no terraço de vidro do restaurante.

A sensação de tocá-la livremente, de segurar sua mão e sentir sua pele contra a minha, com o privilégio de olhar em seus olhos e observar de perto aqueles lábios cheios se curvando em um sorriso que eu sabia que era só para mim... Aquilo simplesmente não tinha preço, porque a verdade é que eu nunca soube o que é ser apaixonado por outra pessoa que não ela. Nunca quis estar em um relacionamento com ninguém além dela. Nunca existiu sequer uma competição. No passado, em muitos momentos me vi sentindo vergonha e raiva de mim mesmo por continuar me importando com uma garota que havia me rejeitado e deixado de lado sem nem pensar duas vezes, mas o sentimento guardado em meu coração tornava impossível a tarefa de odiá-la. O tempo todo, a cada olhar, a cada palavra e a cada suspiro que compartilhamos um com o outro, eu estava apenas esperando por ela.

E como a espera tinha valido a pena.

Durante nosso percurso de volta para casa, os braços de Alison envolvem minha cintura em um aperto quente e firme, e seu corpo descansa contra minhas costas tão perfeitamente que é quase como se possuísse um encaixe feito sob medida. São quase seis horas da tarde quando paro a moto no meio-fio em frente a casa dos Walters, e quando Alison desfaz seu abraço em meu corpo e desce da minha garupa, sinto como se estivesse deixando ir embora uma parte fundamental de mim mesmo. Assisto atentamente ela retirar o capacete prateado da cabeça e passar a mão pelo cabelo para corrigir quaisquer fios que tenham escapado da sua trança, cada um desses movimentos seguido por uma mudez que eu conhecia muito bem.

Um sorriso involuntário nasce em meu rosto. Falar dos próprios sentimentos sempre requeria uma boa parcela de silêncio por parte de Alison, e eu duvidava muito de que ela tivesse consciência do quão adoravelmente linda ficava enquanto organizava seus pensamentos antes de expressá-los em voz alta.

— Sobre hoje, eu... — Alison começou, encarando determinadamente o capacete em suas mãos antes de erguer os olhos para os meus. — Eu só queria que você soubesse que foi o dia mais feliz que tive em muito tempo. E não foi por causa do parque ou do restaurante legal que você levou horas pesquisando para conseguir encontrar — provocou ela, a sombra de um sorriso brilhando brevemente em seu rosto antes que por fim dissesse: — Foi porque você estava lá, Zaden. Os meus dias são sempre melhores quando tenho você comigo. Como eu sou meio idiota, acabo não falando o suficiente o quão feliz você me faz, então queria me certificar de que você soubesse dessa vez.

Suspiros de uma garota nem um pouco interessada em vocêDonde viven las historias. Descúbrelo ahora