Capítulo 3

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A casa de Tom fica bem próxima da costa, e me surpreende saber que fica a menos de uns quatrocentos metros da minha. Ele diz para virar em uma garagem fechada. Só consigo ver uma longa rua à minha frente, não consigo ver nenhuma casa.

- O código é 020981. - ele me informa.

- Uau! Você confia em mim para me dar o código do seu portão? - estou tentando manter as brincadeiras entre nós para mascarar meu nervosismo por estar seguindo para a sua casa.

Será que ele vai me convidar para entrar?

- Você ficaria surpresa com o que eu seria capaz de confiar a você, Meredith. - eu olho para ele novamente e o vejo franzir o cenho. - Na verdade, até eu ficaria surpreso.

Ignoro seu comentário e entro pelo portão, virando à esquerda, quase engasgando ao ver a linda e moderna casa à minha frente. Não é imensa, é simples, mas a vista é deslumbrante, e a casa branca, por sua vez, é nova, com linhas básicas, grandes janelas, com belas hortênsias verdes e azuis revestindo à frente da casa e arbustos podados em frente a garagem.

- Nossa, Tom, sua casa é linda.

- Obrigado. - o orgulho está de volta em sua voz, e é evidente que ele ama sua casa.

Sorrio para ele, compreendendo perfeitamente aquele sentimento.

Eu estaciono, deixando o lado passageiro virado para a porta da frente e nem sequer me mexo para tirar o cinto de segurança.

Tom imediatamente salta, e, para a minha surpresa, dá a volta no carro até a minha porta e a abre para mim.

- Por favor, entre. - ele estende a mão para mim, mas eu fico inerte.

- Eu tenho que ir.

- Eu realmente adoraria que você entrasse. - ele sorri daquela forma charmosa, e eu me sinto suavizar. - Deixa eu te mostrar a vista. É tudo que quero fazer, prometo. - seus olhos brilham de forma maliciosa, e eu simplesmente não posso resistir a ele.

Eu não quero resistir.

- Não estou te atrapalhando em nada?

- Não. Sou um homem livre, Meredith. Entre. - fecho a porta do caro e pego sua mão. Uau! A eletricidade de seu toque ainda está lá, e meus olhos se arregalam quando encontram os dele. Seu sorriso desapareceu, e ele está olhando intensamente para os meus olhos. Leva minha mão até seus lábios, fecha a porta atrás de mim e me guia sem me soltar, como se eu pudesse fugir a qualquer momento.

Não consigo não apreciar a forma como seu jeans se ajusta em seus quadris, moldando seu belo traseiro. Seu suéter preto está para fora da calça e delineia os músculos de seus ombros e braços de forma perfeita. Sinto vontade de abraçá-lo por trás e mergulhar meu nariz em suas costas, inalando seu cheiro, e de beijá-lo bem no meio de suas omoplatas.

Ser tão bonito deveria mesmo ser ilegal. Não havia dúvida que ele cuidava bem de si mesmo. De repente, eu sinto que ele está fora do meu alcance. Dou nota dez para a aparência dele, mas para mim, se eu tiver sorte, dou um sete; isso, é claro, depois de eu ser lustrada e polida em meu salão de beleza favorito.

Sem mencionar que existe celulite na minha bunda e ela também é avantajada. Sei que não sou gorda, mas não sou uma supermodelo magra como a Verônica. E, até agora, isso nunca tinha me incomodado.

Tom destranca a porta e se vira para mim, a expressão em seus olhos me diz que ele não está olhando para os meus defeitos. Parece estar bem satisfeito com o que vê, e uma esperança começa a se espalhar por mim.

- Bem-vinda, Meredith. Fique a vontade. - eu o sigo para dentro do local e não consigo parar de sorrir ao olhar para sua casa magnífica. A sala é grande, o teto com pé direito alto e paredes pálidas no tom de azul. A parede de trás é toda de vidro, e a vista é para a praia de Brighton. A mobília é grande, azul e branca com toques de verde. Eu poderia simplesmente me enroscar em seu sofá de dois lugares e ficar olhando lá para fora o dia inteiro.

Back to You - Tom HiddlestonWhere stories live. Discover now