Capítulo 10

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Já é tarde quando eu e Verônica chegamos em casa. O filme de ação que assistimos ― com ninguém menos que Vin Diesel ― era exatamente o que eu precisava para escapar da realidade por algumas horas. E eu acabei cedendo e indo fazer compras com Verônica depois. Como eu, Meredith Geller, poderia dizer não para sapatos novos? São meu vício.

― Aquele Louboutin vermelho que você encontrou é demais! ― Verônica e eu estamos tirando as sacolas do porta-malas da minha Range Rover.

― Eu sei. Me apaixonei por ele. Não sei quando vou poder usá-lo, mas não consegui resistir. ― Pego a sacola dos sapatos e me encaminho para a porta da frente.

Paramos abruptamente quando vemos o que está nos esperando na entrada.

Dúzias de buquês de rosas, em diferentes modelos, tamanhos e cores, todas cobrindo a varanda, os degraus da frente, toda superfície possível. O cheiro é maravilhoso. Deve haver cinquenta dúzias de rosas aqui, no mínimo.

― Ah, Meredith! ― Os olhos de Verônica se arregalam e seu rosto fica todo emocionado.

Não consigo evitar ficar um pouco emocionada também.

― Uau! ― É tudo o que consigo dizer, além de me sentir aliviada. Talvez ainda não tivesse terminado? Caminhamos até os degraus, tomando cuidado para não amassar nenhuma flor, e vejo um envelope grudado à porta, com meu nome escrito nele.

― Aqui! ― Verônica o descola e o entrega para mim. Está escuro demais para enxergar direito, então entramos em casa e largamos nossas sacolas. Verônica começa a pegar os buquês.

― Onde devo colocá-los?

― Hummm, eu não sei. Espalhe-os pela casa. ― O sorriso dela é enorme.

― Ele é um pouco louco, hein, garota?

― Sim, ele é. ― Sinto meu próprio sorriso se alargar e olho para o envelope, abrindo-o cuidadosamente.

"Querida Meredith,

Aqui está uma rosa por cada vez que pensei em você hoje. Gostaria que conversasse comigo e me deixasse explicar por que não te disse quem eu sou, e estou profundamente arrependido que tenha descoberto por sua amiga. Tenho muito a explicar, e espero que me dê uma chance de te compensar por isso. Por favor, me ligue quando ler este bilhete.

Seu, Tom."

Ah, sim, ele é um sedutor. Coloco o bilhete em meu bolso e ajudo Verônica a colocar todas as flores para dentro, espalhando-as pela casa. Parece que haverá um funeral ou um casamento no meio da minha sala de estar, mas isso me faz sorrir.

― Viu? ― Verônica sorri. ― Eu disse que ele é louco por você.

― Ou só é louco mesmo.

― Acho que você deveria ligar e agradecer a ele.

― Sim, mamãe. ― Reviro os olhos. Trancamos a porta assim que o último buque é trazido para dentro e eu olho ao meu redor. ― Pode levar algumas para o seu quarto.

― Você nem precisa falar duas vezes. ― Verônica pega um buquê com cada braço e vai para o segundo andar com suas compras.

Pego meu telefone, que ficou desligado o dia inteiro, meus sapatos novos e um lindo buquê de rosas vermelhas, com pérolas grudadas em suas pétalas, e vou para meu quarto. Tiro minhas sandálias, coloco o vaso no criado mudo e os sapatos novos em sua casa nova, no meu closet. Voltando às flores, não consigo resistir, dou uma boa olhada nelas e afundo o meu nariz numa das pétalas, sentindo o delicado cheiro do florescer. Encontro outro bilhete, preso nos caules, e o puxo, sentando na cama para lê-lo.

Back to You - Tom HiddlestonDonde viven las historias. Descúbrelo ahora