Capítulo 22

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Estou de pé no deck de nossa linda cabana, apontando minha câmera para a água e tirando fotos de peixes coloridos. Tiro mais ou menos uma dúzia de fotos e então olho para cima, para tirar algumas da ilha. O sol já está quase se pondo e mal posso esperar para tirar fotos das silhuetas das palmeiras à luz do crepúsculo.

― Ei, amor. ― Tom coloca seus braços ao meu redor, abraçando-me por trás, e enterra o nariz no meu pescoço.

― Como você está?

― Acho que vou estar um pouco dolorida amanhã, mas estou bem. Tinha esquecido o quanto mergulhar é exaustivo. ― Sorrio e viro meu rosto para ele.

Ele sempre rouba meu fôlego. Está sem camisa, usando apenas um short preso em seus quadris, daquele jeito delicioso, mostrando os músculos que formam um V que desaparece dentro do tecido. Ele tomou um pouco de sol, o que fez sua pele ficar bronzeada. Minha boca fica seca todas as vezes que olho para ele. E só porque eu posso, ergo minhas lentes e tiro uma foto dele. Ele sorri, timidamente, e eu tiro outra.

― Adoro tirar fotos suas.

― Já percebi. Você ficou com essa coisa apontada para mim mais do que qualquer coisa nesses três dias em que estamos aqui.

― Não é verdade. ― Eu rio, e ele pega a câmera das minhas mãos e de repente eu me torno o assunto. ― Ei! Eu estou do lado errado das lentes!

― Virando o jogo, amor. Me dê aquele sorriso lindo. ― Inclino-me na grade e poso para ele de brincadeira, inclinando um quadril para o lado e colocando a mão na curva da minha canga. ― Temos que vir aqui com mais frequência ― ele murmura, mas continua tirando fotos minhas.

― Por quê?

― Porque eu adoro te ver andando por aí o dia inteiro de biquíni. Isso me deixa ver suas tatuagens.

Eu sorrio e me viro de costas para ele, deixando meu lado esquerdo exposto, e levanto o braço esquerdo na lateral do meu rosto, olhando para ele através da dobra do meu cotovelo.

― Tire uma foto dessa tatuagem, assim você vai poder olhar para ela quantas vezes quiser.

― Nossa, você é boa nisso. ― Ele tira a foto, com os olhos brilhando, cheios de humor e luxúria, e eu sorrio.

― Ok, espere. ― Eu tiro a canga, deixo-a cair no chão do deck e observo seus olhos se dilatarem. Sei que ele gosta do meu corpo. Minhas antigas inseguranças desapareceram. Viro-me de costas para ele e jogo meu cabelo por cima do ombro. Minhas mãos estão descansando na grade. Sei que deste ângulo ele pode ver as tatuagens das minhas costas e da coxa.

― Agora sim.

Ouço a câmera disparar desesperadamente e a respiração de Tom mudar.

― Terminou com essas? ― pergunto.

― Sim ― ele sussurra. Viro-me de frente para ele e pulo na grade, sentandome.

― Cuidado!

― Estou bem, não vou cair. ― Eu me ajeito, ficando sentada em um ângulo, colocando meu pé direito para descansar sobre a grade. Minha tatuagem fica exposta. ― Pode tirar a foto.

Ele dá um zoom no meu pé e clica umas dez vezes.

― Odeio desapontá-lo, ― murmuro secamente ― mas a última tatuagem vai ter que ser um segredinho nosso. Seus olhos se escurecem enquanto ele dá um passo atrás para tirar mais fotos minhas.

― Então ninguém mais viu estas tatuagens? ― ele pergunta com a câmera ainda em seu rosto.

― A maioria delas.

Back to You - Tom HiddlestonWhere stories live. Discover now