Capítulo 32

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― O que aconteceu? ― Sento no banco do passageiro do SUV de Emma, e ela começa a dirigir como um morcego dos infernos. Me seguro no painel quando ela faz uma curva perigosa.

― Não sei os detalhes. Papai me ligou há uma meia hora e disse que recebeu uma ligação do Hospital, avisando que Tom está lá. Eles tiveram que esperar que ele acordasse para pedir um telefone de contato.

Sua voz engasga com um soluço e instintivamente eu pego sua mão. Quem se importa se ela me odeia? Sou tudo que ela tem agora.

― Então ele está acordado? ― As lágrimas rolam pelo meu rosto. Só quero chegar até ele, abraçá-lo e me certificar que está vivo.

― Ele estava, acho que está indo e voltando. Mamãe, papai e Sarah já estão lá. Não sei por que nenhum de nós tinha seu número. Bem, eu sei por que eu não tenho, mas ninguém mais tinha, mas Tom me disse uma vez onde você morava, então, eu fui até lá. Foi quando Ronnie me disse que você tinha ido até a casa dele.

― Obrigada por procurar por mim. Eu não fazia ideia. ― Deus, dirija mais rápido!

― Meredith, me desculpe por qualquer coisa. ― Nós duas estamos chorando agora. ― Eu não tinha percebido antes de sábado o quanto gostam um do outro, e eu só estava tentando cuidar dele. Aquela piranha da Jennifer fez um estrago, e eu não poderia suportar que outra pessoa o magoasse novamente. Mas vejo o jeito como olham um para o outro, vocês realmente se amam.

― Eu sei. Não se preocupe com isso, Emma. Só nos leve até ele, por favor. ― Deus, o que vou fazer se perdê-lo? Depois de todas as coisas horríveis que falei? E se ele nunca conhecer o filho? Não, não posso pensar nisso. Ele vai ficar bem. Por favor, que ele fique bem!

Emma encontra uma vaga e checa suas mensagens de texto, enquanto corremos pelo enorme hospital, procurando pelas instruções do pai sobre onde estavam. Estamos de mãos dadas durante a mais longa subida de elevador da minha vida. Finalmente encontramos o quarto. James e Diana estão do lado de fora, falando com um médico. Diana vem até nós imediatamente quando nos vê correndo pelo corredor.

― Ele vai ficar bem. Ah, Graças a Deus!

― O que aconteceu? Posso vê-lo? ― Não consigo controlar as lágrimas que rolam pelo meu rosto, e só quero correr para meu amor.

― Sim, você pode vê-lo. Está sedado. ― Diana segura cada uma das minhas mãos nas dela. ― Podíamos tê-lo perdido.

Olho para ela e vejo as olheiras sob seus olhos azuis e a pele pálida. Abraço-a bem forte.

― O que aconteceu? ― pergunto de novo.

― Ele sofreu um acidente de carro bem cedo de manhã, por volta das duas. Um motorista bêbado atingiu a lateral de seu carro, fazendo com que ele parasse na mediana, na Interestadual 5. ― Diana seca as lágrimas sob seus olhos e eu me sinto nauseada. Foi logo depois de eu tê-lo mandado embora.

Ah, meu Deus, foi minha culpa!

― Por que ele estava tão tarde na rua? ― Emma pergunta.

― Nós brigamos ― sussurro. ― Foi minha culpa. Ah, Deus, me desculpem.

― Não, querida, não. ― Diana me envolve em seus braços e me embala. ― Não foi sua culpa.

― Mer, vá vê-lo. Vou ficar aqui com a minha mãe. ― Emma dá tapinhas em meu ombro, confortando-me, e eu vou até o quarto de Tom.

Meu mundo para de girar. Ele está deitado imóvel. Tem uma bandagem sobre o olho esquerdo com um enorme hematoma no rosto. Veste uma camisola de hospital muito parecida com a que usei ontem. Há um grampo em seu dedo indicador, um manguito de pressão arterial no braço e uma intravenosa na dobra do cotovelo. O punho esquerdo está imobilizado. Caminho até a lateral da cama e pego sua mão direita na minha, sentando-me na cadeira e começando a chorar.

Back to You - Tom HiddlestonWhere stories live. Discover now