•.¸♡ Capítulo 1 ♡¸.•

46 4 5
                                    

POV NATALIE

Acordo com o despertador tocando e ao ver as horas me levanto em um pulo. Hoje é meu primeiro dia de trabalho e já estou quase uma hora atrasada. Olho para o lado e vejo um belo moreno sem camisa todo esparramado na minha cama. A criatura se chama Daniel e nós nos conhecemos há uns 4 anos. Não rotulamos nossa relação, apenas saímos quando temos vontade, e isso é bom porque não quero mais me apegar a ninguém.

_ Anda Daniel, levanta da cama.

_ Qual foi gata, vamos ficar mais um pouco – ele diz com a voz carregada de sono.

_ Ficar mais um pouco o cacete. Eu estou atrasada para o trabalho e assim que eu sair do banho quero você fora daqui – digo assim que entro no banheiro. Não tenho tempo para ficar enrolando então apenas deixo a água cair sobre meu corpo por alguns minutos e desligo o chuveiro. Assim que saio do banho, visto a primeira roupa que vejo pela frente, faço uma maquiagem leve e saio.

Moro a mais ou menos meia hora do escritório só que para completar o meu dia o trânsito está uma merda. Sério, por que isso tinha que acontecer justo hoje? Literalmente sair para beber no domingo foi uma péssima ideia.

Poucos minutos se passam dentro do carro e escuto meu telefone tocar piscando o nome da Clara na tela.

_ Natalie, onde você está? Você deveria ter chegado aqui há uma hora – ela diz assim que atendo a ligação. – Nem preciso dizer como o Walter está.

_ Avisa para o queridíssimo Walter que estou presa no trânsito e que até onde eu saiba, ainda não inventaram carros voadores – digo revirando os olhos. – Se quiser podem começar a reunião sem mim. Já, já eu chego – concluo e desligo o celular.

Quarenta minutos se passaram desde que saí de casa e estou há exatas duas horas atrasada. Passo correndo pelos corredores do escritório e entro discretamente na sala de reunião fazendo o mínimo de barulho possível para não ser percebida. Mas como o dia não podia piorar, eu falho miseravelmente.

_ Atrasada no primeiro dia de trabalho Natalie? – diz Walter assim que fecho a porta. – Pelo visto a noite passada deve ter sido maravilhosa não é mesmo? – ele pergunta mostrando, no projetor, os stories que postei na noite anterior e o pior é que nem me lembro disso.

­­_ Sim, a noite foi maravilhosa, diga-se de passagem – digo para confrontá-lo

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

­­_ Sim, a noite foi maravilhosa, diga-se de passagem – digo para confrontá-lo. – Mas me atrasei porque... – tento me explicar, mas sou cortada.

_ Ah, me poupe dessas suas desculpinhas, já escutei muitas delas – ele diz e é notória a raiva estampada em seu rosto. – Pois bem rapazes, lamento ter que apresenta-los assim, mas essa é Natalie Bezauri e daqui pra frente é ela que cuidará das redes sociais e da imagem de vocês. Só espero que ela não se atrase nos próximos compromissos.

_ Garanto que isso não acontecerá mais... papai – digo da forma mais debochada que consigo e vejo os olhos de todos ali presentes se arregalarem. Sei que ele odeia misturar trabalho e vida pessoal, e pela forma que me apresentou imagino que não queria que soubessem que somos pai e filha.

Mas minha relação com meu pai nem sempre foi assim tão ríspida, foi um conjunto de fatores que nos levaram a essa realidade. O pontapé inicial foi no final de 2014 quando ele descobriu que eu fugia de casa para encontrar um menino, então ele resolveu que a melhor solução seria me mandar ir morar com a minha mãe. Entendam, eu amo e sempre vou ama-la, mas eu odiava Seattle e não conseguiria viver lá. Sendo assim, uma semana antes, conversei com minha mãe e a convenci a mudar o meu voo de Seattle para Amsterdã onde me matriculei na mais conceituada faculdade de publicidade do mundo.

Passei os próximos dois anos ignorando por completo a existência do meu pai, por ter me separado do cara que eu amava. Em todo esse tempo mantive contato apenas com minha mãe, ela me encobriu o máximo que pode e sempre me mandava uma quantia de dinheiro para ajudar nas despesas.

No final do meu terceiro ano de faculdade, houve um evento na cidade e minha professora havia me convidado para ir com ela. Lá a mesma, me apresentou a Anna Wintour, nada mais nada menos que a diretora da Vogue. No meio das minhas férias recebi a proposta de trabalhar com ela na revista. Eu não tenho conhecimentos apurados sobre moda então não fazia ideia de como eu seria útil, mas acabei aceitando mesmo assim.

É aí que vem o segundo motivo que arruinou minha relação com meu pai. Desde os meus dezesseis anos ele namora uma modelo, não muito conhecida, e em um evento beneficente que fomos a Vogue fez uma matéria avaliando os looks dos convidados, só que consequentemente o dela não teve uma boa avaliação e meu pai tomou as dores. Portanto, quando ele soube que eu havia sido contratada por essa revista, ele fez o maior barraco e eu quase fui demitida. Quatro anos depois eu me vi na necessidade de mudar os ares e pedi demissão. Agora cá estou eu sendo funcionária do meu próprio pai.

_ Espero que sim, caso contrário eu te mando de volta para Seattle – ele diz olhando em meus olhos e eu sinto repulsa a cada palavras proferida por ele.

_ Só lembrando que eu já sei caminhar com minhas próprias pernas, então mesmo que o senhor me demita, não sou obrigada a ir a lugar nenhum – digo como forma de mostrar a ele que eu não sou mais aquela garotinha ingênua que ele conhecia.

_ Reunião encerrada – diz sem ao menos tentar revidar e sai pela porta me deixando com um bando de garotos que eu nunca vi na vida.

_ Nat, o que foi isso? O Walter nunca te tratou assim – questiona Clara.

_ Longa história Clara, longa história – digo pegando minhas coisas e saindo dessa maldita sala.



❀ OIII XUXUS ❀

Bom, estou iniciando mais um fanfic e espero que gostem. Comentem muito e não esqueçam de votar porque isso é muito importante pra mim. 

Eighteen - [C.V/CNCO]Where stories live. Discover now