•.¸♡ Capítulo 15 ♡¸.•

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POV CHRISTOPHER

Duas semanas. Estou há duas semanas tentando lidar com o fato de que a Natalie está namorando. Isso não entra na minha cabeça de jeito nenhum. Sei que não devia me afetar tanto quanto está, mas foi difícil engolir todas as fotos que ela andou postou nesses dias.

 Sei que não devia me afetar tanto quanto está, mas foi difícil engolir todas as fotos que ela andou postou nesses dias

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Na noite em que Zabdiel me mostrou o post fiquei tão enfurecido que quebrei quase toda a decoração da sala. Não me lembro muito bem do que aconteceu depois só sei que me tranquei no quarto por dois dias seguidos. Saí de lá na base da insistência do Zabdiel.

Enfim, hoje é véspera de Natal e Walter organizou, como todo ano, uma festa só para funcionários da empresa. Pela primeira vez minha mãe não irá passar esse dia comigo, devido a problemas com passagem. Então, associado ao fato de que verei a Natalie hoje à noite, meu Natal será uma bosta.

Levanto, tomo um banho e vou até a cozinha onde encontro Zabdiel, Richard e Erick sentados à mesa.

_ Mano, nem um banho é capaz de tirar essa sua cara de cu, credo.

_ Na boa Erick, nem começa – respondo de maneira curta e grossa.

_ Bom, antes que vocês iniciem uma briga, vou pra casa do meu pai resolver algumas coisas. Vejo vocês hoje à noite. Fui.

_ Calma que eu vou com você. Preciso comprar umas coisas pra mim mãe – diz Erick e ele e Richard saem deixando eu e Zabdiel sozinhos.

Nessas semanas Zabdiel se tornou quase um psicólogo. Me ouviu reclamar a cada nova foto que surgia, me viu controlando o estresse. Perdi as contas de quantas noites ele passou jogando vídeo-game comigo, e olha que ele nem gosta.

_ E aí cara, sua mãe vai vir pro Natal?

_ O que tu acha? – ele diz e de imediato sei qual é sua resposta. – Espero conseguir ir para lá no ano novo.

_ Foda isso. Minha mãe chega dia 27, estou contando as horas pra isso – digo e vou caminhando até o sofá.

_ Animado pra hoje? – questiona Zabdiel se jogando no outro sofá.

_ Nem um pouco – respondo enquanto olho o Instagram. Passando pelos stories me deparo com uma foto recém postada pela Natalie. – Essa blusa. Ela já foi minha – digo alto o suficiente para Zabdiel escutar.

_ Que sua blusa o que. Comprei ela esses dias porra.

_ Não idiota. Não estou falando da sua blusa. Me refiro a essa blusa – respondo e mostro a ele o que Natalie acabou de postar.

 Me refiro a essa blusa – respondo e mostro a ele o que Natalie acabou de postar

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_ Tá, mas como assim essa blusa é sua? – ele questiona totalmente confuso.

_ Eu nunca cheguei a contar isso para ninguém, mas um ano antes de entrar no La Banda eu conheci uma menina enquanto engraxava uns sapatos na rua. Ela parou, pediu uma informação e era como se uma princesa estivesse bem na minha frente – digo e instantaneamente um sorriso me escapa. – Depois disso, ela sempre aparecia no mesmo horário, conversávamos um pouco e após alguns de dias tomei coragem e a chamei para sair. Foram quatro meses assim até que em março de 2015 eu a pedi em namoro. Eu sabia que eu não era o tipo de garoto que ela merecia, mas não me imaginava sem ela – faço uma pequena pausa e então continuo. – Porém, eu nunca tive coragem de leva-la a minha casa porque eu tinha vergonha e não sabia o que ela iria pensar já que a casa dela era toda chique e cercada de seguranças. Mas um dia ela foi e eu a dei uma blusa minha, mais especificamente essa – digo apontando novamente para a foto. – E ela me deu esse colar de trevo que venho usando desde então. Era para um lembrar do outro, mas de alguma forma eu sentia que aquilo era uma despedida sabe – comento e sinto uma pontada em meu peito. – No dia seguinte ela parou de me responder e de atender as minhas ligações. Achei muito estranho porque mesmo durante suas viagens ela sempre mantinha contato, então tomei coragem e fui até a casa dela. Lá um dos seguranças me disse que ela tinha se mudado para a casa da mãe, insisti para me passar o endereço, mas ele disse que não podia. Saí de lá completamente desolado e desde então nunca mais a vi – digo controlando algumas lágrimas. – Durante nossa primeira turnê eu até tentei contato, mas acho que o número não é o mesmo.

_ Cara – começa Zabdiel e depois de uma longa pausa ele conclui. – Não quero ser estraga prazeres nem nada, mas há uma grande possibilidade de você estar confundindo as coisas. Não é só você que tinha uma blusa assim. Natalie pode simplesmente ter comprado ela em uma loja qualquer.

_ Não tem como – nego com a cabeça tentando organizar as informações na minha cabeça. – Sabe quando você me encontrou abraçado com uma foto dela? – pergunto e ele assente com a cabeça. – Aquele olhar daquela foto, ele não me era estranho. Sei que já o vi em algum lugar e agora vem isso da blusa. Impossível que não seja ela Zabdiel.  

_ Que seja, mas tu não acha que se fosse ela você já não a teria reconhecido logo de cara? – ele questiona. – E outra, ela também teria te reconhecido. Sem contar que para mim não faz sentido que todo esse ódio que você sente tenha sido amor um dia.

_ Ódio Zabdiel? Acho que eu nunca odiei a Natalie de verdade, era só provocação sem motivo. No fim desconfio que você esteja certo. Provavelmente eu deva estar gostando dela desde o começo.

_ Epa, pera lá. Explica isso direito.

_ Não tem o que explicar Zabdiel. Olha a forma como reagi depois de saber que ela e aquele Daniel estão namorando. Se eu realmente a odiasse nem me importaria com isso – faço uma pausa. – Mas o que isso importa, ela realmente me odeia e agora está com o carinha lá.

_ Pô, mas isso não é o fim do mundo. Acho que você devia dizer a ela a verdade.

_ Dizer a verdade a quem? – questiona Erick assim que abre a porta do apartamento.

_ A ninguém Erick – digo e me levanto do sofá. – Bom, vou tomar um banho e me arrumar. Tchau pra quem fica. 


Eighteen - [C.V/CNCO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora