Eighteen - [C.V/CNCO]

•.¸♡ Capítulo 18 ♡¸.•

POV CHRISTOPHER

_ Não acredito que você me acordou para ir a uma boate.

_ Precisava esfriar a cabeça e necessito de alguém que me impeça de fazer algo de errado – digo assim que peço uma bebida.

_ Agora eu vou ter que bancar a babá?

_ Se está insatisfeito é só dar meia volta – concluo. Sei que Zabdiel não vai me deixar sozinho aqui e é dito e feito, o mesmo se senta ao meu lado e pedi uma cerveja.

_ Você sabe que isso não vai fazer a Natalie desaparecer da sua vida né?

_ Isso não tem nada a ver com a Natalie, eu vim porque estava com vontade. Ponto.

_ Claro. Até parece que você não veio só porque viu uma foto dela indo pra balada com a amiga.

_ Ok Zabdiel. Eu vim porque quero deletar da minha mente o fato de que ela me beijou. Quero esquecer seu gosto e a sensação de suas mãos puxando meus cabelos enquanto sua língua desesperada invade minha boca. Eu quero esquecer tudo isso porque me dói o fato de que ela ao menos se lembra – cuspo as palavras na cara do Zabdiel e saio pela porta da boate. Ouço a voz dele me gritando, mas entro no primeiro táxi que vejo estacionando e peço para o moço me levar para alguma balada que fique do outro lado da cidade.

Passo a corrida inteira relembrando e sentindo o toque suave das mãos de Natalie em meu rosto, o olhar sedutor, a doçura de seus lábios. 'Eu tenho que esquece-la' reafirmo para mim mesmo.

Quando chego ao lugar noto que está tão cheio quanto o outro e torço para que ninguém aqui me reconheça. Caminho por entre as pessoas enquanto o cheiro de álcool, hormônios e fumaça invadem minhas narinas.

Sento na frente do bar e, entre um copo e outro, mais memórias de Natalie invadem minha mente, só que agora memórias de quando nos conhecemos. Me lembro que quando abriram as inscrições para o La Banda eu não estava muito confiante em me inscrever. Natalie passou uns três dias seguidos me cobrando e quando realmente tomei coragem de me inscrever, não tive oportunidade de contar.

No dia da audição eu não tinha ninguém para estar ali me apoiando, minha mãe não tinha dinheiro para vir do Equador e a Natalie, sabe-se lá onde estava. Foram dias muito difíceis para mim dentro daquele programa e se não fosse a mãe do Zabdiel eu teria desistido bem antes de chegar à final. Lembro que na última apresentação eu insisti para cantar 'Hoy tengo ganas de ti', porque seria uma forma de me despedir da Natalie e de tudo que vivemos, mas a produção a princípio não queria deixar, só rolou depois de muita insistência da Laura.

Natalie. É até engraçado eu ter recordações com ela sendo que nem tenho certeza de nada. Por outro lado se realmente não for ela, vai ser muito difícil de lidar. "Para de pensar nisso", aconselha meu subconsciente e então escuto uma voz levemente familiar. Olho para o lado e me deparo com uma garota de cabelos ruivos e pele clara.

_ Espera. Você não é a aeromoça daquele voo para Londres? – digo e a garota se vira para mim.

_ O carinha que não queria dividir acento.

_ Bela maneira de se lembrar de mim – ela dá de ombros. – Prazer, Christopher – digo após uma longa pausa.

_ Belinda.

_ Belo nome – digo e ela agradece. Mantemos uma conversa agradável pelas próximas horas, dançamos, bebemos até que eu cometo a audácia de tentar beijá-la.

_ Pera lá cara, acho que você está confundindo as coisas – diz se afastando de mim.

_ Desculpa, eu achei que...

_ Relaxa, mas você não faz o meu tipo – ela diz. – O que você tem entre as pernas não me agrada.

_ Pera, você... – faço uma pausa e ela assente. Porra, o quanto eu bebi para não enxergar um palmo na minha frente.

Continuamos nossa conversa e a cada cinco minutos eu peço desculpas pela merda que acabei de fazer. Não sei onde eu estava com a cabeça. Também não sei o que acontece, mas quando reparo estou contando para uma desconhecida tudo o que aconteceu entre mim e Natalie.

_ Então você não tem certeza se é ela a garota de oito anos atrás? – Belinda questiona parecendo meio confusa.

_ Eu sinto que é ela, mas não posso ficar me iludindo. Não até ter certeza.

_ Situação complicada a sua, não queria estar na sua pele. 

[...]

Quando chego em casa já se passa do meio-dia e encontro Zabdiel, Erick, Richard, Clara e minha mãe sentados no sofá a minha espera.

_ Caralho Christopher, onde você estava? – questiona Richard.

_ Mano, tu não pode simplesmente sumir assim sem dizer nada – alerta Zabdiel.

_ Chris, você não é mais um adolescente então pare de agir feito um – repreende Clara. – Você simplesmente não pensou em ninguém, muito menos na sua mãe. Você tem noção de que o que acabou de fazer é muito sério?

_ Já acabaram? – pergunto e todos ainda estão olhando para minha cara. – Preciso dormir, então não me perturbem – finalizo e caminho até meu quarto. Sei que eu devia ao menos ter informado ao Zabdiel o que fiz, mas estava de saco cheio.

Tiro o tênis, a meia e a camisa, e me sento na beirada da cama enquanto analiso o Sol que brilha forte lá fora.

_ Posso entrar – ouço a voz de Zabdiel e uma pequena abertura aparece na porta. Não respondo, porém Zabdiel continua: – A Natalie ligou mais cedo, queria desejar feliz ano novo.

_ Legal – é a única coisa que digo.

_ Ela perguntou sobre você.

_ Perguntou? – questiono sem demonstrar nenhuma reação.

_ Sim, mas o Erick disse que você ainda estava dormindo – um longo silêncio se faz presente no quarto até Zabdiel continuar: – Aonde você foi essa noite? Não atendeu minhas ligações, não disse nada. Cara, sua mãe...

_ Zabdiel, na boa, me deixa sozinho. Sei que fiz merda e a última coisa que preciso é de mais sermão. A gente se vê na virada – digo e entro no banheiro esperando que a água faça algum milagre.

❀ OIII XUXUS ❀

Pelo visto o Christopher não está sabendo lidar com as coisas e muito menos com o seus sentimentos. O que será que vem por aí? O que esperar dessa relação de Christopher e Natalie? Segue cenas dos próximos capítulos.

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No mais é isso... Até quarta... bj, bj