Eighteen - [C.V/CNCO]

•.¸♡ Capítulo 14 ♡¸.•

POV NATALIE

Mais uma noite em claro. Há três dias meu pai me ligou dizendo que quer que eu entre com ele no casamento. Que apropriado não? "Agora quer se redimir", penso comigo mesma. Só essa ligação foi o suficiente para acabar com o pouco de sanidade, gentileza e paciência que havia em mim. Que havia sobrado depois da merda que o Christopher tinha feito. Não sei se sou capaz de fingir que está tudo bem para tantas pessoas.

Hoje finalmente voltaremos para casa depois de dois meses fora fazendo show. Eu já não via a hora de voltar e só de pensar que em alguns dias irei ver a Rebecca, um resquício de calma invade meu peito.

_ Bom dia – cumprimento todos que estão no hall do hotel. – Já fizeram check-out?

_ Eu fiz o meu e o dos meninos – responde Ali.

_ Ok. Já vai chamando a van que enquanto isso eu pago minha conta – comento e saio andando. Não estou a fim de muito papo e imagino que todos devem ter percebido porque ninguém mais tenta puxar assunto comigo. Ainda bem, porque odeio dar satisfações da minha vida para outras pessoas.

No mais o voo é tranquilo, Zabdiel se ofereceu para trocar de acento comigo para que eu pudesse viajar ao lado do Erick, mas neguei, na minha situação não aguentaria o falatório na minha cabeça durante oito horas seguidas.

Chegamos a Miami por volta da seis da tarde e já dentro da van recebi uma mensagem do Daniel me convidando para um jantar. Até tentei dizer não só que ele estava insistindo demais então não tive outra escolha.

Chego ao meu apartamento me sentindo um caco. Olho-me no espelho e vejo as olheiras que há dois dias estou tentando esconder. Deixo as malas onde estão e sigo em direção ao banheiro, enquanto a banheira enche aproveito para escolher uma roupa. Fico na dúvida entre calça e vestido, mas opto por um vestido verde musgo.

Entro na banheira e quando menos se espera se passa uma hora. Saio do banho, coloco o vestido, faço uma maquiagem mais leve, deixo os cabelos soltos e quando termino vejo que há uma mensagem do Daniel e desço.

Ele me leva a um restaurante japonês, nos sentamos em uma mesa mais reservada e fazemos nossos pedidos. Mantemos uma conversa amena, ele até me pergunta sobre a turnê, mas eu não entro em detalhes e agradeço o fato de o garçom chegar bem na hora.

Já para o meio do jantar Daniel inicia:

_ Nat, a gente se conhece há alguns anos e você sabe o quando eu te considero e o tanto que eu gosto de você, mas faz um tempo que eu ando meio confuso.

_ O que você está querendo dizer com confuso? – questiono e repouso os talheres sobre o prato a fim de prestar mais atenção nessa conversa que não sei aonde nos levará.

_ Calma, deixa eu falar – ele diz e como eu não digo nada ele continua. – Faz um tempo que eu ando confuso com a nossa relação. Então nesse tempo que você esteve focada no trabalho eu pensei, pensei muito, e analisei vários pontos. Quando começamos isso de ficarmos quando queríamos e tals, eu tinha medo do que poderia acontecer depois, e esse meu medo se tornou real – puta que pariu o que está acontecendo aqui. – Seu jeito de falar, de andar, seu jeito de ser, a forma como você me trata. Se lembra quando minha avó faleceu? A forma como você cuidou de mim. Você alegou que estava passando mal, só para não ir no trabalho e ficar comigo. Ninguém nunca havia feito algo assim – ele faz uma pausa. – Sem contar as coisas que você faz na cama. Sua mão, o que você faz com a boca, puta que pariu aquilo é incrível.

_ Daniel – digo completamente envergonhada e sei que minhas bochechas estão vermelhas como um tomate.

_ Desculpa – ele diz em meio a uma risadinha. – Mas é sério, eu não consigo mais me ver sem você do lado. Toda vez que quero sair, a primeira coisa que penso é em te chamar. Quando estou deitado na minha cama, tudo que eu queria era te ter ali ao meu lado – outro sorriso surge em seu rosto. – Com isso, eu gostaria de te perguntar uma coisa – diz tirando uma caixinha vermelha do bolso. Ai caralho. – Natalie Kolm Bezauri, você aceita namorar comigo?

Fico sem reação, não sei o que dizer muito menos o que pensar. Em questão de segundos tudo que vivemos nos últimos anos passa como um flash em minha cabeça. Todas as vezes que encontrava minha mãe ela perguntava quando que a gente iria oficializar e de certa forma eu até que queria isso, bem lá no fundo.

_ Claro que eu aceito.

POV CHRISTOPHER

_ A pizza já chegou – digo assim que desligo o interfone. – Quem vai buscar?

_ Você – diz Richard aparecendo na sala.

_ Por que eu?

_ Você pediu, você pega – responde Zabdiel voltando a atenção para o celular.

_ Afff, já disse que odeio vocês? – solto e saio pela porta.

Desço até a portaria, pego as pizzas e volto. Quando chego ao apartamento sinto o clima meio estranho. O silêncio predomina e os três estão sentados no sofá feito pedras e olhando para mim cautelosamente.

_ Por que vocês estão me olhando assim? – questiono colocando as pizzas sobre a mesa.

_ Você entrou nas redes sociais nos últimos minutos? – pergunta Erick.

_ Não, por que?

_ Cara, não surta – diz Zabdiel e então me mostra o último story da Natalie.

_ Que merda é essa?