SOBERANIA

Você

E aqui estamos nós, preparem os corações e não leiam em público (principalmente o inicio). Boa leitura, comentem bastante e não esqueçam da estrelinha!

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POV SARAH

Prazer. Muito prazer. Um prazer absurdo, um prazer capaz de me deixar inerte de tudo, um prazer avassalador...

A água morna umedecia nossos corpos enquanto o azulejo gelado mantinha o equilíbrio esfregando-se em minhas costas. A fumaça do chuveiro deixava tudo mais especial.

A minha boca explorava por vontade própria seu pescoço tão delicioso, tão atraente. As minhas unhas deslizavam por a pele de suas costas subindo e descendo, traçando linhas imaginárias.

O meu pé acariciava a sua panturrilha auxiliado por minha perna envolta de sua cintura, um agradecimento por estar sendo tão incrível e tão maravilhosa. Uma forma de ficar ainda mais perto.

O seu seio tão macio e enrijecido esfregando-se contra o meu. Éramos como fósforos se esfregando, incendiando, queimando. Sua boca soltando frases que me faziam sentir a mulher mais incrível do mundo, contra o meu ouvido.

A sua mão esquerda segurando a minha cintura enquanto a direita me fodia
violentamente.
lentamente.
mente.

Na minha mente só tinha você e o seu corpo, a sua energia junto da minha. A vontade de te beijar, tua boca tão viciante. A vontade de te engolir, de fundir nossos corpos, de te apertar tanto contra mim como se houvesse uma forma de virar um só corpo.

Os seus dedos tão habilidosos entrando e saindo de dentro de mim, os gemidos incontroláveis a cada vez que as estocadas aumentavam. O nosso sexo no banheiro, em pé no banheiro.

O banheiro onde tantas vezes já tomei banho com meu marido, tantas vezes... Ainda me lembro de quanto construímos a nossa casa, cada detalhe do banheiro escolhido minuciosamente.

O banheiro da suíte do casal Andrade Viana, o nosso banheiro agora sendo o palco para um dos maiores espetáculos que já presenciei: nós duas. Nós duas transando em pé no banheiro da minha casa, a casa onde criei meus filhos, onde vivi a minha vida perfeita por todos esses anos.

Onde estava a minha consciência? As minhas promessas?

"Prometo amá-lo e respeitá-lo até que a morte nos separe."

Você está vivo, e eu... Ah meu querido, eu estou muito mais do que viva. Estou com sede de viver, quero sentir o vento nos meus cabelos, quero sentir a liberdade, quero sentir Juliette Freire me fodendo pela quinta vez na suíte do nosso castelo de areia, que ironicamente parece estar desmoronando.

A cada estocada, a cada gemido, a cada beijo cheio de língua e desejo, a cada chupão, a cada "você é minha", um pedaço do nosso castelo desmorona. Talvez os jovens tenham razão, ser a bruxa é muito mais divertido do que ser a princesa.

Não, não é sua culpa. Também não é minha, a culpada é e sempre foi ela. Ela, o seu sorriso impactante , o seu charme e o seu jeito manipulador.

Ela, o seu beijo viciante, o seu toque e o jeito que encontrou de mostrar o que realmente era o amor.

A velocidade com que me envolveu, a velocidade com que entrava e saía de dentro de mim. A sua boca tão gostosa devorando o meu pescoço como um urso devorando um pedaço de carne. As suas mãos delicadas e ao mesmo tempo tão firmes me apertando, me acariciando.